Saúde público/ PR compara boicote de técnicos de saúde a "ato
de terrorismo"
Bissau,27 Set 21(ANG) - O Presidente Umaro Sissoco Embaló comparou na sexta-feira o boicote de técnicos que tem paralisado o setor da saúde do país a um "ato de terrorismo" e garantiu que haverá consequências para os responsáveis.
Foto Arquivo
Em declarações aos
jornalistas à chegada ao aeroporto de Bissau, vindo dos Estados Unidos da
América, onde representou o país na Assembleia-Geral das Nações Unidas, Sissoco
Embaló afirmou que o pessoal da saúde jurou defender a vida e não pode agora
boicotar serviços.
"Os médicos
juram salvar vidas, agora não se pode levantar e dizer que há um boicote, isso
não pode acontecer. Toda a gente tem o direito à vida. Haverá consequências e
os responsáveis têm que ser responsabilizados", disse o presidente
guineense.
Para reclamar o
pagamento de salários e subsídios em atraso, o seu enquadramento no chamado
Estatuto da Carreira Médica e ainda a melhoria de condições laborais nos
centros de atendimento de doentes com a covid-19, os técnicos da saúde pública
guineense deixaram de comparecer nos serviços segunda e terça-feira.
A partir de
quarta-feira retomaram os serviços mínimos nos hospitais e centros de saúde
após uma intervenção da central sindical (UNTG, União Nacional dos
Trabalhadores da Guiné-Bissau), mas, de modo geral, mantiveram o boicote
"por tempo indeterminado".
Umaro Sissoco Embaló
instou o Governo e a Procuradoria-Geral da República a assumirem as suas
responsabilidades perante o que considerou ser "terrorismo por parte de
pessoas falhadas"
"Matar pessoas é
um ato de terrorismo", declarou Embaló, criticando o comportamento dos
médicos que aderiram ao movimento de protesto laboral e frisou que primeiro
tinha que haver negociações com o Governo só em último caso poderia haver uma
greve, mas previamente comunicada, disse.
Ainda na sexta-feira,
o Procurador-Geral da República, Fernando Gomes, ordenou que sejam abertas
averiguações para se apurar eventuais responsabilidades criminais dos
responsáveis das organizações representativas do pessoal da saúde e o Governo
considerou a iniciativa como tendo motivações políticas.ANG/Lusa
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