Guerra
na Ucránia/Erdogan propõe a Putin alargar corredor de cereais a outros
produtos
Bissau, 12 Dez (ANG) – O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, propôs Domingo, ao homólogo russo alargar o âmbito do corredor de exportação de cereais ucranianos a outros produtos, numa conversa telefónica em que Putin insistiu na eliminação de bloqueios a produtos russos.
De acordo com um comunicado
da Presidência turca, citado pelas agências de notícias Anadolu e EFE, Erdogan
propôs a Vladimir Putin expandir as funções do corredor para exportação de
cereais ucranianos, para incluir também a outros produtos alimentares, de forma
gradual, bem como outras matérias-primas.
Na mesma conversa
telefónica, o Presidente russo insistiu na necessidade do cumprimento integral
do acordo de exportação de cereais a partir dos portos ucranianos e na
eliminação dos bloqueios ao fornecimento de produtos agrícolas e fertilizantes
russos, segundo o Kremlin.
Nenhuma das presidências
revelou a posição de Putin sobre a proposta que lhe foi feita pelo Presidente
turco durante a conversa telefónica.
Putin e Erdogan discutiram a
aplicação dos acordos de Istambul de 22 de Julho, que foram prorrogados por
mais 120 dias, em 19 de Novembro, sob a condição de que a exportação de
produtos russos, prejudicada por sanções, seja também facilitada.
Os dois presidentes
discutiram ainda a cooperação bilateral e destacaram a importância de projectos
conjuntos de energia, principalmente na indústria de gás.
Segundo o Kremlin, Putin
aproveitou a recente reunião entre Erdogan e o presidente da empresa estatal
russa Gazprom, Alexei Miller, na sexta-feira, em Istambul, para trocar opiniões
sobre o centro de distribuição de gás russo que quer implementar na Turquia.
Os dois chefes de Estado
abordaram ainda a situação no norte da Síria, face à ameaça de uma possível
operação terrestre turca naquela zona do país árabe.
Erdogan reiterou, nas
últimas semanas, que a Turquia pretende lançar uma ofensiva terrestre na Síria
para expulsar as milícias curdas YPG da fronteira, que considera uma
subsidiária do grupo armado curdo PKK, activo em solo turco.
A Turquia exigiu que a Rússia honrasse o acordo russo-turco de Sochi de 2019, no qual Moscovo assumiu a responsabilidade de ‘limpar’ a zona de “terroristas”.ANG/Inforpress/Lusa/Fim
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