Política/"Atual CNE não
tem condições de promover o processo eleitoral" diz líder do PAIGC
Bissau, 01 Dez 22
(ANG) – O Presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde
disse que a atual Comissão Nacional das Eleições(CNE) não tem condições para
promover o processo eleitoral, porque está caduco e atngiu seu período de mandato.
Domingos Simões
Pereira falava, esta quarta feira, na
sede dos libertadores, em Bissau, após a reunião conjunta dos partidos com
assento parlamentar com o Presidente da República.
Diz achar “muito curiosas” as leituras que dizem que não
havendo condições de reunir a plenária da Assembleia Nacional Popular, pode,
eventuamente, incumbir-se o Presidente da República dessa decisão.
"Quem dissolveu
o parlamento foi o Presidente da República, e é o primeiro responsável pela Assembleia não
ter de cumprir esse desiderato, não pode chamar a si essa competência, isso é
viciar o jogo e pôr em causa a transparência do processo”, disse.
O líder do PAIGC
disse esperar a solução para a CNE resulte de algo que o Presidente da ANP seja
incumbido, em diálogo com a Comissão Permanente de ANP, que possa convocar todos os partidos políticos
legalmentes estabelecidos e tentar encontrar bases de entendimento que favoreça
a “criação de uma CNE credível com legitimidade para conduzir todo o processo”,
disse.
Para Simões Pereira,
a CNE não tem Presidente, não tem um dos
secretário-executivo adjunto, e sustenta que esses orgãos não são
eleitos por cargos mas sim individualmente.
“José Pedro Sambu foi
eleito para Presidente da CNE, esse cargo não é transmissível a outro como algumas
identidades pretenderam fazer crer”, disse.
Quanto ao encontro
com o Presidente da República, Simões Pereira disse que sairam convencidos de
terem deixados apontamentos necessários, se a intenção for de fato criar um
quadro de normalidade para que a ida as urnas possa realmente tranquilizar todos.
O líder do PAIGC
frisou que a conversa com o presidente da República foi bastante positiva e acreditam
na boa vontade que foi expressa de o Presidente ouvir todos os partidos e poder
criar os consensos necessários para a criação duma nova CNE e assim reunir todas
as condições necessárias à fixação da nova data das eleições legislativas.
Defendeu que, quando
se fala em audiência coletiva ou colegial envolvendo os partidos políticos
com assento parlamentar deviam estar todos e não estavam todos. “Nós não
pensamos que seja normal haver este tipo de avaliação e ouvimos a resposta que
foi dada na altura. Mais isto não é a resposta que aceitamos”, disse. ANG/MI//SG
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