Senegal/ONU pede inquérito independente sobre repressão e mortes de manifestantes
Bissau,
14 Fev 24 (ANG) - O Alto-Comissariado da
ONU para os Direitos Humanos (ACNUDH), disse na terça-feira estar
“profundamente preocupado” com a grave crise política no Senegal, gerada pelo
anúncio do adiamento das eleições presidenciais, denunciando um “recurso inútil
e desproporcional à força contra os manifestantes e, crescentes restrições do
espaço cívico”.
Segundo declarações da
porta-voz da ACNUDH, Liz Throssell, durante uma conferência de imprensa em
Genebra: "Pelo menos três homens jovens foram mortos durante as
manifestações que até aqui ocorreram e, foram detidas pelo menos 266 pessoas em
todo o país, incluindo jornalistas."
A mesma porta-voz
acrescentou que: "Devem ser rapidamente conduzidos inquéritos aprofundados e
independentes e, os responsáveis têm de prestar contas."
Soube-se por outro lado
que a internet móvel foi suspensa no Senegal esta terça-feira, num dia em que
estava prevista uma manifestação mas que, foi entretanto proibida pela segunda
vez desde o início desta crise política, pelas autoridades governamentais.
O governo do Senegal
justificou tal proibição por via de um comunicado do Ministério das
Telecomunicações e do Digital, dizendo que “Devido às mensagens de ódio de carácter
subversivo, que já provocaram manifestações violentas, a internet móvel de
dados foi suspensa , terça-feira, 13 de Fevereiro”.
ANG/RFI
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