quinta-feira, 4 de abril de 2013

EMGFA desmente tentava da revolta militar e aponta consul holandes de espalhar boatos

Bissau,04 Abr. 13 (ANG) -O Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), António Indjai desmentiu hoje as informações, segundo as quais houve tentativa revolta militar na noite passada.

"São apenas especulações de pessoas de má-fé e só servem para desestabilizar o país", acusou António Injai em declarações a imprensa, tendo de seguida apontado o cônsul da Grã-Bretanha na Guiné-Bissau, Jan Van Manen de ser um dos autores destes "boatos"

O CEMGFA sublinhou que com esta atitude, os autores visavam apenas lançar o país numa nova confusão.
“Os boatos que estão na rua são de malfeitores que não querem ver a Guiné-Bissau em paz", criticou António Injai que revelou que Jan Van Manen teria feito varias chamadas telefónicas para espalhar o "boato" de que estava em curso uma revolta militar.

"Liguei-o para conhecer a fonte que lhe deu informação, ao que me respondeu para não lhe questionar sobre isso", indignou-se o CEMGFA que revelou ter, de seguida, informado o Director dos serviços de informação do Estado para conhecer a origem da referida informação.

Acusou ainda os alegados panfleteiros de quererem comprometer a presente campanha de comercialização castanha de caju e apelou, por isso, calma a população da Guiné Bissau.

Entretanto, informou que as Forças Armadas guineenses e os efectivos da força de alerta da CEDEAO (ECOMIB), estão a movimentar no terreno para prevenir contra qualquer eventualidade.

O CEMGFA aproveitou a ocasião para esclarecer os rumores sobre a possibilidade de eclosão de um novo conflito armado, por causa das barricadas de sacos de arreia erguidas a frente de alguns quartéis aqui da capital. "Aquilo estão dentro de normas militares. Quando estão em grupo têm o direito de se protegerem".

Um outro desmentido feito na altura por António Indjai tem a ver com as informações que davam conta de que teria mandado deter o Presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP), Ibraima Sori Djaló. "Os militares apenas foram assistir a cerimónia de lançamento de passaporte biométrico, a convite das instituições organizadoras. dete-lo porquê e para quê", questionou

O CEMGFA conclui a intervenção com uma exortação a comunidade internacional, particularmente, ao Representante do Secretario Geral da ONU, José Ramos Horta "para se intervir antes que seja tarde".

ANG/LPG
Saúde do Presidente da República melhora satisfatoriamente
Bissau, 04 Abr. 13 (ANG) - A saúde do Presidente da República de Transição (PRT),Serifo Nhamajo está a melhorar satisfatóriamente, ao contrário das especulações que dão conta em Bissau de que  esteja a piorar-se.
Em entrevista telefónica à  Rádiodifusão Nacional, a partir da Alemahha,  esta quinta-feira, o PRT   disse que neste momento está a sentir-se  melhor, inclusive já fez todas as análises clínicas e foi recomendado   a tomar alguns comprimidos e xaropes para controlar diabetes, doença de que padece há vários anos , e prometeu voltar o país o mais breve possível.
Serifo Nhamado explicou que, ultimamente, tem vindo a perder peso consideravelmente e quando chegou a Nigéria foi aconselhado pelo seu homólogo nigeriano, Good Luck Jonathan a  efectur exames de rotina numa clinica  especializada na Alemanha.
Sobre a situação política do país , o PRT disse estar em permanente contacto com o representante do Secretário-Geral da ONU, Ramos Horta, da União Africana, Ovídio Pequeno e com as autoridades de transição, nomeadamente, o Presidente da ANP, o PM, o CEMGFA para saber do roteiro da nova agenda política em preparação e a situação ao nivel das Forças Armadas.
E por fim, Serifo Nhamajo lançou um vibrante apelo aos actores políticos e a sociedade civil para, em conjunto com a comunidade internacional, redobrarem esforços por forma a que seja concluida, de forma satisfatória, o processo de transição.  ANG/ AMS


Inaugurado centro de produção de Passaporte Biométrico

Bissau, 04 Abr.13 (ANG) – O Primeiro-Ministro de Transição, Rui Duarte de Barros afirmou que a implementação do sistema de passaporte biométrico no país, constitui mais um acto de reafirmação da soberania.
  
Rui Barros que discursava na quarta-feira, dia 3 do corrente, quando presidia a cerimónia da inauguração do Centro de Produção de Passaportes Biométricos, disse que, a utilização daquele documento, irá contribuir para a limpeza da imagem negativa do país no exterior.

“Pensamos que a emissão do passaporte biométrico, vai permitir o país passar a dispor de dados de todos os portadores desse documento”, explicou o chefe do executivo transitório.

 “Penso que isso é muito importante, e para tal, queremos felicitar a direcção da Imprensa Nacional-INACEP, pela parceria que conquistou. Os guineenses devem começar a lutar para ter-mos a nossa autonomia. O que é possível fazer no país é bom fazê-lo”, exortou Rui Duarte de Barros.

O chefe do executivo referiu que, o passaporte da Guiné-Bissau era produzido por diversas empresas estrangeiras e isso fez com que as autoridades nacionais perdessem controlo da sua emissão.

Por sua vez, o Director-geral da Imprensa Nacional, Victor Cassamá afirmou que o novo modelo de passaporte garante mais segurança.

 “É a nova tecnologia mundial e  a Guiné-Bissau é o sétimo país do mundo a adoptar esse sistema de passaporte”, sublinhou.

Cassama frisou que o Centro tem a capacidade para produzir 250 mil passaportes anualmente.

O DG da INACEP, revelou que algumas embaixadas da Guiné-Bissau no exterior vão dispor de centro de emissão do novo tipo de passaporte, cuja adopção satisfaz uma recomendação da Cedeao, organização subregional a que a Guiné-Bissau faz parte.


ANG/ÂC




quarta-feira, 3 de abril de 2013


PM reitera empenho do governo no combate ao terrorismo e branqueamento de capital 

Bissau, 28 Mar. 13 (ANG) - O Primeiro-ministro de Transição, Rui de Barros, sublinhou que a questão de Branqueamento de Capitais e Financiamento do Terrorismo constitui  maior problema não só na sub-região africana, mas sim em todo o Mundo.
Rui Duarte de Barros falava na cerimónia de abertura da 6ª edição de jornadas “portas abertas”, organizada pelo Grupo Intergovernamental de Acção contra o Branqueamento de Capitais e Financiamento do Terrorismo (GIABA), sob o lema “mobilização da juventude face aos crimes organizados”.
“Esses crimes tiveram um impacto nefasto sobre a segurança e o desenvolvimento na região e, sobretudo, nos estados membros, através de perda de investimentos estrangeiros e o fraco desenvolvimento das respectivas infra-estruturas”, disse.
Barros recomendou o reforço de medidas para assegurar a implementação dos dispositivos sólidos de forma a engendrar o crescimento económico regional, face a crise económica mundial e dificuldades política em muitos estados da sub-região.
Rui Duarte de Barros lembrou que a GIABA já organizou várias actividades que conseguiram incutir a cultura de luta contra o branqueamento de capitais e o combate ao financiamento de terrorismo e manifestou a satisfação do seu governo em relação a esta e outras iniciativas levadas a cabo por esta organização.
O chefe do governo referiu que apesar dos fracos recursos, a Guiné-Bissau mantêm-se firme perante os seus compromissos de apoiar a GIABA na prossecução dos seus objectivos, e revelou que foram adoptadas várias medidas e práticas importantes para lidar com o problema de branqueamento de capitais e financiamento de terrorismo, cuja luta  conta com apoios, não só desta colectividade sub-regional como também do gabinete da ONU de luta contra a droga e criminalidade, do Banco Mundial e outras entidades.
Riu Barros reafirmou na ocasião a determinação da Guiné-Bissau em estabelecer parcerias com a comunidade internacional para derrotar o terrorismo em todas as suas manifestações e para deter e punir aqueles que fizeram d esse fenómeno sua escolha.
Barros exortou a comunidade internacional para que compreenda os problemas que a Guiné-Bissau enfrenta e pediu mais apoios e assistência técnica ao país, porque este, por si só, não é capaz de resolve-los.
Entretanto, a Coordenadora Nacional do GIABA, Teresa António Viegas referiu que a jornada é dedicada a juventude da sub-região em particular a da Guiné-Bissau, tendo em conta a importância da matéria no contexto actual do país, visado como um estado de narcotráfico.
Teresa Viegas acrescentou que pela dimensão global do branqueamento de capital e financiamento do terrorismo, o tráfico de drogas requer um plano nacional e internacional de prevenção e combate.
Entretanto, o Ministro da Justiça, Mamadú Saído Balddé, disse na cerimónia do encerramento do mesmo evento que o crime organizado põe em causa a ordem económica e social, e que, em alguns casos, a própria organização do Estado pelo que  pediu a determinação de todos no seu combate.
Mamadu  Baldé informou que a Guiné-Bissau, com poucos meios, tem obtido resultados necessários, graças a uma forte convicção e determinação política do governo no combate ao tráfico do estupefacientes, Branqueamento de Capital e Financiamento do Terrorismo (BCFT). 
Os participantes deste seminário recomendaram que seja divulgada todos os programas do GIABA, em todo o território nacional, e na sub- região oeste africana, e a  criação de programas radiofónicos de GIABA, nos órgãos da comunicação social guineense e da sub-região.
O apoio às iniciativas das organizações juvenis em matéria de luta contra o branqueamento de capital e financiamento de terrorismo. a promoção das formações específica aos jornalistas como forma de reforçar a capacidade destes na abordagem dos problemas de BCFT,são outras recomendações feitas pelos participantes deste seminário que ainda exortaram as autoridades nacionais  maior engajamento na implementação das recomendações do GIABA com vista a criação, no país, de um ambiente credível de negócio e  investimento estrangeiros.ANG/LPG   












terça-feira, 2 de abril de 2013


 Páscoa: 23 Casos de feridos ligeiros

Bissau, 02 Abr. 13 (ANG) –A Quadra festiva de Páscoa 2013 registou 23 casos de feridos ligeiros, soube a ANG através de serviço de urgência de Hospital Nacional Simão Mendes.

Em declarações à ANG a enfermeira-chefe, Tombom da silva Ié disse que no serviço de pequena cirurgia deram  entrada 13 casos resultantes de três acidentes de viação, e dez agressões física.

No serviço da ortopedia deram entrada 10 casos, cinco de agressão física e cinco de acidente de viação.

Tombom da Silva Ié considerou de positivo o balanço da quadra festiva da páscoa deste ano, porque não houve nenhum morto.

ANG/JD

 

Governo abre campanha de comercialização do Caju com novo requisito para exportação do produto

  

Bissau, 02 Abr 13 (ANG) – A Carta de Crédito Irrevogável, passará a ser o requisito principal para a obtenção de autorização para a exportação da castanha de Caju durante a campanha de comercialização do presente ano.

O novo requisito foi transmitido aos operadores do sector pelo ministro do Comércio, da Indústria e Valorização dos Produtos Local Abubacar Balde,  no último fim-de-semana, em Quinhamel, na cerimónia da abertura oficial da campanha de comercialização da castanha do Caju, presidida pelo Primeiro-ministro de Transição, Rui de Barros, que não usou de palavra.

O governante que no seu discurso, não anunciou o preço indicativo de base, disse  que durante a campanha, não será aceite a utilização de outros tipos de modalidades que ao longo dos anos têm causado prejuízos, particularmente aos operadores económicos, às instituições financeiras,  ao Governo e país em geral.

Abubacar Baldé sublinhou que a intervenção dos exportadores da castanha será limitada apenas ao recinto portuário de Bissau e os mesmos não devem interferir directa ou indirectamente na comercialização.

“Será reforçada a fiscalização e aplicadas penalizações pesadas, aos agentes que, sem estabelecimento comercial, exercem actividades de intermediação, e que igualmente não pagam impostos, taxas e outros contribuições exigidas por lei”, avisou o titular da pasta do Comércio.

Por sua vez, o Presidente da recém criada, Agência Nacional de Caju da Guiné-Bissau (ANCA), Henrique Mendes, disse que o país atingiu um sucesso notável no desenvolvimento do sector cajueiro, tendo a produção passado de 49 mil toneladas em 1995, para 115 mil em 2005 e aproximadamente 180 mil, em 2011.

“Calcula-se ainda que, a plantação de cajueiros cobre actualmente 210 à 220 mil hectares, o que representa cerca de 6.7 à 7.4 da área total cultivável do país. Em nenhum outro país do mundo a plantação do cajueiro cobre mais de 2% dessa área”, revelou Mendes.

Mendes informou que, o Caju suporta mais de 48 por cento das despesas de alimentação das famílias do mundo rural, acrescentando por isso, que é urgente uma mudança de actitude de forma coerente e sustentável.

“Devido a plantação, em grande escala, que está a ser realizada na Índia, o principal importador da castanha de Caju da Guiné-Bissau associada ao aumento de produção do Caju à nível mundial, assim como a constante volatilidade dos preços da amêndoa, torna-se extremamente importante e urgente a criação de condições reais para a promoção e o desenvolvimento de actividades  de transformação de Caju  e demais produtos agrícolas na Guiné-Bissau”, aconselhou.

Henrique Mendes destacou que a capacidade potencial de indústrias de transformação instaladas no país, que é de 15.000 toneladas, permitiria a criação de 5.000 postos de trabalho directos e permanentes durante todo o ano e mais 5.000 empregos indirectos.

“A criação da Agência Nacional de Caju da Guiné-Bissau revela a preocupação ao interesse e determinação do Governo em criar condições técnicas indispensáveis para a organização de toda a fileira do Caju no interesse dos principais actores”, salientou.

Disse que, considerando a vantagem comparativa da qualidade da castanha da Guiné-Bissau em relação aos demais países emergentes,  o Governo,  através da ANCA-GB, decidiu, a partir deste ano, certificar todas as castanhas destinadas à exportação.

ANG/ÂC

quarta-feira, 27 de março de 2013


Pascoa nas Ilhas:  Instituições Marítimas aumenta controlo nas Embarcações

Bissau 26 Mar. 13 (ANG) – O Instituto Marítimo Portuário (IMP) em colaboração com a Sociedade de Transportes Marítimo da Guiné-Bissau (SOTRAMAR) aumentou o número de efectivos de segurança para maior controlo das embarcações que fazem ligações as ilhas no quadro da festa de Páscoa.

A informação foi dada a ANG pelo Capitão dos portos de Bissau, Mário domingos Gomes e ainda corroborada por Alberto Tipote, Chefe de serviços de Segurança da navegação e Controle da SOTRAMAR, que justificam a medida foi adoptada para responder a afluência de passageiros nestas férias de pascoa.

Alberto Tipote afirmou que as medidas de precauções nesta quadra festiva passam necessariamente pelo aumento de elementos de segurança para fiscalizar o processo de embarque dos passageiros mediante apresentação de bilhetes previamente adquirida junto a SOTRAMAR.

Acrescentou que o navio em funcionamento tem a capacidade de transportar no máximo 450 passageiros.

Falando dos riscos de eventual avaria do navio, uma vez que é o único, de momento, que garante ligações entre o continente e às ilhas este responsável reconheceu o facto, mas no entanto, assegurou que a SOTRAMAR está empenhada interessada na reparação das duas outras embarcações (Bária e IV Centenário), de forma a satisfazer as necessidades dos utentes.

“Dificuldades financeiras com que a empresa depara estão a condicionar a reparação destes navios”, reconheceu.

Por sua vez, o Capitão dos Portos de Bissau, prometeu que o IMP em parceria com o corpo de seguranças da brigada costeira, vai zelar pelo cumprimento rigoroso do embarque em termos de números de passageiros no navio.

ANG/BI  

terça-feira, 26 de março de 2013


Ramos Horta defende Eleições este ano e sem interferências e ameaças de militares

Bissau, 26 Mar.13 (ANG) - O representante do secretário-geral da ONU na Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, defendeu que as eleições no país têm de ser realizadas no decurso deste ano e sem interferências nem ameaças dos militares.

Em declarações aos jornalistas este fim-de-semana em Cacheu, José Ramos-Horta disse ser muito importante que cada político e militar guineense ganhe consciência de que as eleições terão de ser transparentes, sem interferências e nem ameaças da classe castrense, porque “serão inaceitáveis” para a comunidade internacional.

Aquele diplomata sublinhou que a comunidade internacional não vai aceitar que queira ajudar e invista aqui e que, no entanto, seja testemunha de possíveis ameaças, de violência, antes ou depois das eleições.

“Os guineenses têm de entender que, para convencer a União Europeia a levantar sanções tem de haver na Guiné-Bissau um respeito escrupuloso pelos princípios da democracia, dos direitos humanos e da justiça", aconselhou José Ramos Horta, que lembra que o mundo vive em pleno o século 21 e a África não foge a regra.

“Já não estamos na década de 60, quando se faziam golpes e se matavam com impunidade”, vincou.

O responsável da UNIOGBIS considerou que o país vive talvez a “última janela de oportunidade” para que as elites políticas e militar se entendam, depois de décadas de problemas, conflitos, ódios e desconfianças, que arruinaram o país.

O representante da ONU no país, disse que a comunidade internacional, apoiará a Guiné-Bissau se houver vontade política séria para que haja eleições no ano em curso e que seja constituído um Governo credível e legítimo, seguindo-se depois para uma séria reorganização das Forças Armadas e de todo o Estado guineense.

“O momento actual é de grande oportunidade. Se essa oportunidade se perder as elites guineenses é que saberão explicar ao mundo e terão de tentar convencer para mais uma nova oportunidade, e mais outra. Mas do que eu sei da comunidade internacional, esta é a última janela de oportunidade", precisou Ramos-Horta.

 Aquele responsável admitiu que tem sido difícil defender a Guiné-Bissau junto da comunidade internacional. De Abuja (Nigéria) à Bruxelas, de Lisboa a Nova Iorque, há uma enorme falta de crença em relação ao país.

“Embora alguns concordem que é necessário dar outra oportunidade à Guiné-Bissau”, informou, acrescentando contudo, estar convencido de que vão dar, mas depende do que vai acontecer nos próximos meses.

ANG 

UA pronta a apoiar reformas das FA, s guineenses

Bissau, 26 de Mar. de 13 (ANG) -O representante especial da União Africana (UA) na Guiné-Bissau disse esta segunda-feira que a reforma das forças armadas guineense "é uma etapa inevitável e necessária para edificar um Estado republicano" no país.

Em declarações à agência PANA, Ovídio Pequeno asseverou que a reforma é possível e deve ser feita pelo interesse do país e que os militares devem entender que ela não é dirigida contra eles.

"Isto deve cessar, os militares devem voltar definitivamente aos quartéis. Só assim poderá ser construído um Estado Republicano. A UA e a comunidade internacional estão prontas para ajudar os guineenses a livrar-se desta situação”, disse Ovídio Pequeno.

O representante da UA revelou que a reforma dos sectores da defesa e segurança guineense programada sob a égide da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), enfrenta dificuldades para ser lançado devido à oposição de vários oficiais.

Recentemente, segundo agencia PANA, o Presidente burkinabe Blaise Compaoré recebeu em Ouagadougou o chefe do Estado-Maior das forças armadas António Indjai para exortar a hierarquia militar a aceitar a reforma.

Actualmente o país é dirigido por um regime de transição instalado após o golpe de estado que depôs em Abril de 2012 o governo liderado por Carlos Gomes Júnior.

ANG/LPG

Sindicato da RDN admite nova greve “caso mantiver impasse” nas negociações

Bissau, 26 Mar.13 (ANG) - O Sindicato de Base da Radiodifusão Nacional (RDN) admite recorrer a uma nova paralisação, desta feita de quinze dias, caso se mantiver o impasse nas negociações com a Secretaria de Estado da Comunicação Social.

A advertência é do seu Presidente, em declarações esta terça-feira em Bissau a ANG para informar o ponto da situação das negociações entre a duas partes, com vista ao levantamento da greve decretada desde o dia 21 do mês em curso.

De acordo com Aliu Seide, na sequência das negociações levadas a cabo entre as duas partes, houve um “entendimento verbal” que culminou com a assinatura, ontem, de Memorando de entendimento que prevê o pagamento de 60 mil Fcfa a cada jornalista e técnico sob o contrato interno e a calendarização do cumprimento de outras reivindicações dos trabalhadores.

“A assinatura formal dum acordo estava prevista para ontem as 10 horas, mas o Secretário de estado não apareceu. Somente viria a aparecer as 19 horas e no encontro com os trabalhadores e em que disse que  o executivo não está em condições de pagar estas dívidas com pessoal da RDN.

E mais, diria ainda Rogério Dias, o seu gabinete lhe aconselhou de que a greve em curso é ilegal, descreveu Aliu Seidi para acrescentar que neste momento, verifica-se um “recuo nas negociações”.

Ainda sabe a ANG junto dum membro da Comissão Negocial do Sindicato da RDN, de que o mal-estar aumentou, dada a alegada declaração do Secretário de Estado da Comunicação Social ontem a Rádio Jovem, na qual terá alegadamente, posta de novo em causa, a legalidade da referida greve e terá dito que o seu pelouro não tem nenhuma obrigação a cumprir com os trabalhadores estagiários e em regime de contrato interno.

Segundo esta fonte, haverá uma Assembleia Geral dos trabalhadores da Rádio esta sexta-feira, para deliberar o “próximo passo a dar” que, segundo a mesma, poderá vir a consumar-se numa nova paralisação laboral.

No pré-aviso de greve, os Sindicato de Base da Radiodifusão Nacional,  reivindica, entre outros,” o pagamento da dívida” com o pessoal no valor de quase de 100 milhoes de Fcfa, a concessão de novas instalações e com respectivos equipamentos, a efectivação do pessoal sob o regime do contrato e a actualização das letras do pessoal efectivo que, segundo o sindicato, ficou suspensa desde 1992.

Caso não houver o acordo entre as partes para o seu levantamento, esta greve decretada pelo Comité Sindical de Base da RDN termina as “24 horas do dia 29” deste mês de Março.

Entretanto, ainda sobre a greve na RDN a Secretaria de Estado produziu uma nota informativa datada de dia 21, em que afirma que a melhoria de condições de funcionamento dos meios de Comunicação Social é um imperativo para que estes desempenhem o papel que lhes cabe e colaborar com o governo na implementação da política do diálogo social.

ANG/QC

segunda-feira, 25 de março de 2013


A Cooperação pela água é crucial para preservação de recursos hídricos e ambiente, defende UNICEF

Bissau, 25 Mar. 13 (ANG) – A cooperação pela água é crucial para preservar os recursos hídricos, proteger o ambiente e aumentar o acesso a este precioso líquido, defendeu sexta-feira o representante da UNICEF.

Abduraman Soltam falava na cerimónia alusiva ao dia Mundial da Agua que este ano se assinalou na localidade de São Domingos sob o lema “Ano Internacional pela Agua”.

Na sua óptica, a tal cooperação deve envolver os usurários, instituições académicas e de pesquisas, ministérios, parceiros de desenvolvimento e o sector privado.

“Ela permite a recolha e partilha de informação sobre as melhores formas de gerir a água, dissemina as boas práticas melhorando o bem-estar geral”, sustentou o representante do UNICEF no país.


Abduraman Soltam é da opinião que para um país como a Guiné-Bissau, que tem rios transfronteiriços, a cooperação pode conduzir ao uso dos recursos hídricos de forma mais eficiente e sustentável, através de planos de utilização conjunta da água e gerar benefícios económicos mútuos.

A cooperação pela água, através de gestão participativa e inclusiva em água envolvendo diversos interessados e afectado, ajuda a erradicar a pobreza e promover a igualdade social e a equidade de género.

Por isso, acrescentou, quando devidamente implantada, ela pode resultar na mitigação da escassez do preciso líquido, melhorar as condições de vida e dar mais oportunidades educacionais para a mulher e criança.

De acordo com dados de indicadores múltiplos (MICS) 2010, na Guiné-Bissau apenas 53 por cento da população de zonas rurais tem acesso a água potável, enquanto 5 deles é que possuem saneamento adequado.

A diarreia, doença associada a falta de higiene e saneamento adequados, é o responsável pela morte de 1 em cada 5 crianças e na educação, perdem-se vários dias de escola por causa de enfermidades relacionadas com a água.

Tudo isso tem a ver com insuficiência de investimentos e de atenção política, que, por sua vez, reflecte nos poucos fundos concedidos aos serviços de água e de saneamento.

“Se persistirem o franco financiamento e planeamento no sector de agua e saneamento, os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio para o saneamento não irá ser cumprida durante muitos anos na África ao sul do sahara”, profetizou, Abduraman Soltam.

ANG/JAM

Presidência do PAIGC: Braima Camará pede voto dos militantes da região Cacheu

Bissau, 25 Mar. 13 (ANG) - O candidato a presidência do PAIGC, Braima Camara esteve este domingo nos sectores de Cacheu e Cachungo onde apelou os delegados desta formação política ao seu VIII Congresso em Maio, a apoiarem o seu projecto.

De acordo com um comunicado da Directoria da sua campanha a que a ANG teve acesso, nestas duas localidades, Bá Quecuto, como também é conhecido reuniu com os responsáveis regionais e militantes do Partido, tendo-os informado que o seu projecto visa uma “liderança democrática e inclusiva”.

 O “futuro e o bem-estar do PAIGC e da Guiné-Bissau, em especial, passam pela realização do VIII Congresso, que podemos, desde já, considerar como uma missão libertadora que temos enquanto militantes a cumprir para com este partido, em especial e o país em geral nessa magna reunião do partido”, escreve o comunicado, cintando as declarações de Braima Camara nestas duas localidades norte do país.

Braima Camara frisou ainda que as várias crises que abalaram este partido nos últimos dez anos e que também, atingiram o país, justificam-se “com o seu estatuto histórico e a sua dimensão nacional e internacional”.

Por isso, defende que a resolução duradoura dos problemas do país, passa necessariamente pela resolução dos problemas do PAIGC.

Bá Quecuto acrescentou que o “mal-estar no interior do Partido”, mostra que o caminho que está a ser conduzido “não é o melhor” e acrescentou que o mesmo “não corresponde” aos ideais que nortearam a sua fundação enquanto “partido portador de valores modernos”.

Assim, o político e deputado defende adopção de um “novo rumo” que corresponda aos actuais desafios e que unam e congreguem os guineense e, em especial, os seus militantes em torno nomeadamente, da reconciliação e unidade, visando o progresso dos guineenses sem descriminação.

No encontro os responsáveis e militantes do PAIGC daquela zona, nomeadamente Mamadu Candé e Teresa Sanca Ndoy respectivamente, Secretario e Presidente da Comissão política da região de Cacheu e que foram unânimes em exortar os delegados a escolherem um Presidente a altura de dirigir o partido.

 Sem citar nome, Mamadu Cande, acrescentou que essa escolha deve recair na pessoa que “já deu provas da sua capacidade e da sua competência”, porque liderar o PAIGC significa “liderar o próprio país”.

O VIII Congresso Ordinário do PAIGC na cidade de Cacheu, vai decorrer entre os dias 08 à 12 de Maio próximo nele concorrem seis candidatos, incluindo o  Presidente cessante e Primeiro-ministro deposto no golpe de Estado de 12 de Abril de 2012, Carlos Gomes Júnior.

ANG/QC


Os apoios da UE são expressão de solidariedade para com o povo guineense

Bissau, 25 Mar. 13 (ANG) – O reforço, neste momento, de apoios directos da União Europeia às populações da Guiné-Bissau e ao processo de transição, constituem expressão de solidariedade que existe entre o povo guineense e a Europa comunitária.

A constatação foi feita na passada sexta-feira pela representante da UE na cerimónia alusiva ao dia Mundial da Agua que este ano se assinalou na localidade de São Domingos sob o lema “Ano Internacional pela Agua”.

Com efeito, de momento, a UE, de acordo com Pauline Gibourdel, financia três projectos no valor total de 8 milhões de Euros, para beneficiar as populações mais carenciadas das áreas rurais e Semi-urbanas nas regiões de Bafata, Gabú, Oio, Quinará e Tombali, associando os parceiros locais e nacionais, reforçando-lhes capacidades.

“Eles estão perfeitamente alinhados com as orientações sectoriais e vem reforçar outros projectos actualmente em execução, financiados seja pelos Estados Membros da EU ou por outros parceiros internacionais”, adicionou.

As intervenções e financiamento da Europa Comunitária no sector da Agua na Guiné-Bissau, segundo a representante dos “27”, demonstra a determinação da organização com vista a contribuir para que mais pessoas possam ter acesso ao líquido precioso saudável e ao saneamento básico.

“Julgo que não é preciso relembrar o engajamento permanente da UE e dos seus Estados membros em apoiar os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio”, salientou Pauline Gibourdel que acrescenta que a luta contra a pobreza constitui um dos pilares da política de cooperação da EU e dos seus Estados membros.

Para terminar, reiterou o engajamento da EU e seus Estados Membros em prol das populações desfavorecidas e reafirmou a importância de estreitamento da colaboração entre a Europa Comunitária, a Sociedade Civil e os parceiros nacionais e internacionais, a fim de promover o desenvolvimento nacional e contribuir para uma luta eficaz contra a pobreza.

ANG/JAM

LGDH Condena ``Manobras de Intimidação e Perseguição” contra Jornalistas de órgãos Públicos

Bissau, 25 Mar. 13 (ANG) - A Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) condenou no passado dia 21 do mês em curso em Bissau, as ”manobras” de “intimidação e Perseguição” contra jornalistas assim como as ordens de censura por parte do poder político.

Em comunicado à imprensa, a LGDH depois de analisar aquilo que chamou de grosseiras intromissões do poder político na gestão técnica e editorial dos órgãos de Comunicação Social Públicos exigiu o levantamento imediato das ordens e de censura nos órgãos Públicos, justificando que tais factos violam os princípios de igualdade garantido aos cidadãos na Constituição da República.

No documento, a organização defensora dos direitos humanos manifestou sua solidariedade para com os Sindicatos dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social e de base da Rádio Difusão Nacional, assim como todos os profissionais da Imprensa, encorajando-os a prosseguirem com as suas lutas pela defesa de uma imprensa independente, livre e objectiva.

“A LGDH manifesta a sua firme determinação em combater sem tréguas todas as acções tendentes a limitar ou reduzir os princípios da liberdade de imprensa e de expressão na Guiné-Bissau”, escreve a nota da organização humanitária.

Os actos de intimidação, de perseguição e censuras aos jornalistas dos órgãos públicos, para além de se traduzirem em medidas ilegais e antidemocráticas, têm como fim limitar o estado de direito, e corresponde a uma vã tentativa de instaurar um regime ditatorial na Guiné-Bissau, acusa a liga.

Para finalizar, a organização reconhece que os órgãos de Comunicação Social, constituem a espinha dorsal de uma democracia Pluralista onde a liberdade de expressão e de opinião são fundamentais para a consolidação da paz e do estado de direito na Guiné-Bissau.

O SINJOTECS e o sindicato de base da RDN denunciaram, na semana passada, uma alega intromissão do governo nos trabalhos da redacção daquela estação, com o Secretário de Estado da Comunicação Social a proibir a cobertura da pré-campanha de alguns candidatos a presidência do PAIGC no seu congresso de Maio em Cacheu.

ANG-MSC

  


“Balconistas das Farmácias devem zelar pela defesa dos doentes”, avisa o ministro da Saúde

Bissau, 21 Mar 13 (ANG) – Cerca de 130 balconistas e ajudantes das farmácias, terminaram hoje um curso de capacitação em matéria de eficácia de atendimento dos pacientes.

Na cerimónia do encerramento do curso que durou um mês, o ministro da Saúde e Solidariedade Social, exortou aos formandos no sentido de se pautarem pela defesa do interesse dos doentes em detrimento do lucro em excesso.

Agostinho Cá sublinhou que ele, na qualidade de médico de profissão, já foi confrontado com inúmeros casos de denúncias, por parte de doentes que foram receitados medicamentos que lhes complicaram a saúde.

“Claro que, um paciente pode adquirir um medicamento já fora de uso nas farmácias ou alguns podem ter reacções incompatíveis no corpo dos pacientes provocando casos de alergia”, esclareceu o governante.

Cá informou que, as vezes, a referida situação tem a ver com a fraqueza dos farmacêuticos em termos de conhecimentos básicos.

“Pelo conhecimento que temos, numa determinada farmácia, os medicamentos devem estar bem organizados nas prateleiras conforme as ordens alfabéticas, porque um paciente pode chegar com uma receita e o balconista em estado de aflição ou descuido pode vender-lhe o contrário”, explicou.

Agostinho Cá avisou igualmente aos balconistas das farmácias para terem muita atenção com as formas de escrever dos médicos, acrescentando que, internacionalmente eles redigem as receitas com letras, as vezes, confusas e que exigem muita atenção para serem interpretadas.

O titular da pasta de Saúde e Solidariedade aconselhou aos farmacêuticos para darem tratamento igual aos doentes, independentemente do seu estado social.

O ministro louvou a altitude de alguns farmacêuticos que, em muitas circunstâncias, aceitam pedidos de pacientes impossibilitados financeiramente para adquirir medicamentos.

Por sua vez, o Inspector Geral da Saúde Pública, Benjamim Lourenço Dias frisou que doravante nenhum balconista pode exercer actividade nas farmácias sem dispor de habilitações para tal.

 Lourenço Dias afirmou que, a Polícia Judiciária tenha razão suficiente na recente operação que desencadeou de apreensão dos farmacêuticos que vendem medicamentos fora de uso. Referiu que as pessoas estão a desempenhar funções sem habilitações.

“Quando um farmacêutico não dispor de nenhum certificado ou diploma e cometer alguma infracção em termos de incompatibilidade de medicamentos, é automaticamente apelidado de um criminoso, e caso estiver habilitado para exercer essa função, esse erro pode ser considerado um acidente profissional”, explicou aquele responsável.

Intervindo no acto o Presidente da Associação Nacional dos Proprietários das Farmácias, Abdalahui Sallem, agradeceu o Ministério de Saúde e Solidariedade Social pela iniciativa apelando a continuidade da referida acção de formação que considerou de muito importante para a elevação do nível dos balconistas tendo em conta a necessidade de melhorar a eficácia do atendimento aos pacientes.

ANG/ÂC













GPE/GB congratula-se com  acordo entre governo e sindidicatos dos professores

Bissau, 22 Mar 13 (ANG) -  O grupo dos Parceiros da Educação na Guiné-Bissau saúdam o acordo recentemente alcançado entre o Governo e os Sindicatos dos Professores, o qual pôs fim à greve dos professores.

Através de um comunicado, sem data, ao qual a ANG teve acesso, o grupo (Nações Unidas, agências de desenvolvimento, doadores, ONGs internacionais e nacionais), disse que este acordo foi possível graças a prevalência do bom-senso e do sentido de responsabilidade de ambas as partes, perante o dever de garantir o direito das crianças Guineenses à educação.

Os Parceiros da Educação reconheceram e enalteceram igualmente os esforços e a contribuição das associações de pais e encarregados de educação e dos estudantes, bem como da rede das escolas privadas para o alcance deste objectivo.

Segundo a organização, em consequência das duas últimas greves de professores ocorridas no país, os alunos das escolas públicas perderam o equivalente a um terço do ano escolar.

Entretanto, restam apenas 80 dias de aulas, durante os quais será de crucial importância evitar mais interrupções, e realizar um esforço especial para que as crianças possam adquirir o nível de aprendizagem mínimo para transitarem de ano.

A organização apelou a todos os professores e alunos para o seu regresso à escola e às salas de aulas, de forma a permitir a recuperação e a aquisição dos conteúdos necessários de ensino no escasso tempo lectivo ainda disponível.

“ O papel das associações de pais, encarregados de educação e dos estudantes continuará a ser importante na mobilização para o regresso às aulas”, sublinhou a nota.

No comunicado, o grupo sublinhou a importância duma atenção acrescida do Governo às necessidades do sector educativo e reitera a sua vontade, disponibilidade e compromisso em apoiar o desenvolvimento do sector educativo da Guiné-Bissau.

FGS/ANG