EUA-Eleição/Norte-americanos escolhem hoje o próximo Presidente
Depois de um dia intenso
de comícios por parte dos dois principais candidatos eleitorais, o democrata
Joe Biden e o republicano Donald Trump, espera-se hoje uma das mais baixas
taxas de abstenção na história recente das eleições presidenciais dos Estados
Unidos.
As autoridades estão
preocupadas com a possibilidade de incidentes em algumas cidades, especialmente
depois de grupos organizados de cidadãos terem anunciado manifestações de apelo
ao voto ou operações de vigilância das mesas eleitorais, que podem ser
confundidas com manobras de intimidação de eleitores.
As sondagens mais
recentes dão uma confortável vitória a Joe Biden, com cerca de 10 pontos de
vantagem no voto popular nacional, mas na análise aos resultados dos Estados
considerados essenciais para determinar uma vitória (como é o caso da
Pensilvânia, Florida, Wisconsin, Michigan e Texas) as diferenças de intenção de
voto são mais próximas (em alguns casos caem na margem de erro) pelo que o
desfecho é ainda imprevisível.
Para além de Biden e
Trump, na maioria dos Estados, aparecem ainda no boletim de voto os nomes de Jo
Jorgensen, pelo Partido Libertário, e de Howie Hawkins, do Partido Verde, para
além de um leque de candidatos de pequenas organizações cívicas, que apenas
concorrem em alguns círculos.
O elevado número de
votos antecipados (presenciais e por correspondência) pode atrasar a contagem
dos votos, especialmente depois de o Supremo Tribunal ter permitido a aceitação
de boletins até sexta-feira, em alguns Estados, fazendo com que o vencedor
oficial apenas possa vir a ser conhecido dentro de alguns dias ou semanas.
Com o Presidente em
exercício, Donald Trump, a lançar a suspeita de “fraude eleitoral” na contagem
de votos antecipados, as autoridades eleitorais antecipam mesmo a possibilidade
de litígios legais sobre os resultados, que podem atrasar o anúncio do vencedor
das eleições.
Em último caso, e depois
de eventualmente o Supremo Tribunal se ter pronunciado sobre as possibilidades
de recontagem de votos em alguns estados, o processo pode transitar para o
Congresso, onde o número de Grandes Eleitores (a figura abstracta que
representa o peso de cada Estado no resultado final) pode ser disputado pelos
membros da câmara de representantes, até haver um resultado final.
Num caso extremo, a
líder da câmara de representantes, a democrata Nancy Pelosi, pode ser chamada a
assumir o cargo de Presidente, interinamente, no dia 20 de Janeiro (data em que
um novo líder deve, pela Constituição, tomar posse), até que se processem todas
as decisões, onde o senado terá uma palavra final. ANG/Inforpress/Lusa
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