Burquina Faso/Novo balanço de 53 mortos num presumível ataque rebelde
Bissau, 18 Nov 21 (ANG) - Pelo menos 49 efectivos paramilitares e quatro civis foram mortos no ataque do passado domingo por suspeitos rebeldes num destacamento da guarda burkinabe em Inata, no norte do Burkina Faso, segundo um novo relatório divulgado quarta-feira pelo governo.
"Podemos
estabelecer o seguinte balanço: 49 guardas mortos, quatro civis [mortos].
Felizmente, encontrámos 46 guardas", disse o porta-voz do executivo
burkinabe, Ousseni Tamboura, no final do conselho de ministros.
Um
balanço anterior, divulgado na passada segunda-feira, dava conta de que 28
elementos das forças de segurança e quatro civis tinham sido mortos.
O
número de mortos hoje avançado pode ainda aumentar. O destacamento da guarda em
Inata, uma cidade da região do Sahel próxima da fronteira com o Mali, integra
cerca de 150 homens, de acordo com fontes locais.
O
destacamento foi atacado no domingo por "um grande número de indivíduos
armados", que se deslocaram "em várias 'pick-ups' e motos",
segundo uma fonte de segurança que descreveu "longas trocas de fogo"
entre os atacantes e os paramilitares.
Este
foi um dos ataques mais mortíferos contra as forças de defesa e segurança
burkinabes desde que o Burkina Faso começou a ser palco de ações 'jihadistas',
há cerca de seis anos.
Tamboura
anunciou ainda que o comandante das forças armadas no setor norte do país foi
removido do posto após o ataque.
O
Burkina Faso tem enfrentado ataques 'jihadistas' regulares e mortíferos desde
2015, particularmente nas regiões norte e leste do país, na chamada zona das
"três fronteiras", com o Mali e o Níger, outros dois países
igualmente afetados por operações frequentes de jihadistas armados.
A
violência, por vezes misturada com confrontos intercomunitários, matou até
agora cerca de 2.000 pessoas e obrigou 1,4 milhões a fugir das suas casas.
Na
terça-feira, várias centenas de pessoas participaram em manifestações em várias
cidades do Burkina Faso para exigir a demissão do executivo devido à
"incapacidade de impedir os ataques terroristas".
O
ataque em Inata levou o governo burkinabe a declarar um luto nacional no país,
entre a passada terça-feira e esta quinta-feira.ANG/Angop
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