Rússia/Tensões aumentam na Ucrânia
Bissau, 19 Nov
21 (ANG) - Aumentam as dúvidas da Comunidade Internacional sobre as intenções
de Moscovo na Ucrânia, numa altura em que a presença das tropas russas se
intensifica junto à fronteira oriental do país.
Moscovo,
que não nega as movimentações militares, acusa os países ocidentais
de agravarem as tensões na Ucrânia e no Mar Negro.
A preocupação foi novamente demonstrada,
esta sexta-feira, pelo ministro francês dos Negócios Estrangeiros, durante uma
entrevista ao jornal Le Monde. Jean
Yves le Drian afirmou que “qualquer ataque à integridade territorial da Ucrânia teria
necessariamente consequências sérias e massivas".
A NATO, os Estados Unidos, a França e a
Alemanha já tinham denunciado, nos últimos dias, a forte presença de
tropas russas na fronteira oriental da Ucrânia.
Moscovo, que não nega as
movimentações militares, acusa os países ocidentais de agravarem
as tensões na Ucrânia e no Mar Negro, denunciando ainda os voos de
"bombardeiros estratégicos" perto das fronteiras russas.
"Os nossos
parceiros ocidentais estão a agravar a situação ao entregarem armas modernas a
Kiev e ao fazerem exercícios militares provocatórios no Mar Negro e noutras
regiões próximas da nossa fronteira. Os bombardeiros estratégicos voam a
20 quilómetros das nossas fronteiras e transportam, como sabemos, armas muito
perigosa", disse Putin.
A Rússia já realizou manobras militares em
larga escala perto da Ucrânia na primavera de 2021, suscitando receios de uma
invasão.
A Ucrânia, que minimizou inicialmente a
dimensão do destacamento de forças russas nas suas fronteiras, mudou
de tom na quinta-feira, ao apelar aos aliados ocidentais para que lhe forneçam
armas.
De acordo com a Ucrânia, cerca de 100.000
soldados russos estão estacionados junto à fronteira entre os dois
países, uma presença que os Estados Unidos questionam, descartando por agora a
preparação de um ataque militar.
Kiev e Moscovo estão tecnicamente em guerra há mais de sete anos, quando Vladimir Putin invadiu e anexou a Crimeia. Os confrontos na fronteira e as movimentações de militares russos são frequentes na região. ANG/RFI
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