Mulheres
CEDEAO/“ Sem
envolvimento das mulheres e jovens não será possível encontrar soluções para a
paz no país”, diz Denize Indeque
Bissau, 22 Nov 21 (ANG) – A
Coordenadora do grupo de trabalho sobre Mulheres, Juventude, Paz e Segurança na
Guiné-Bissau da CEDEAO afirmou que não será possível equacionar e encontrar
soluções para os complexos problemas de paz e estabilidade em África, no espaço
CEDEAO e em particular na Guiné-Bissau sem o envolvimento das Mulheres e
jovens.
Denise Indeque fez esta
declaração hoje, na abertura da Assembleia Geral do Grupo de Trabalho sobre
Mulheres, Juventude, Paz e Segurança na África Ocidental e no Sahel (GTFJPS-AOS)
e o Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA).
“Ao nível do nosso continente,
as aspirações africanas expressas na Agenda 2063 refletem o nosso desejo de ter
uma África Pacífica e Segura. E a nossa convicção é de que é preciso apostar no
potencial das Mulheres e da Juventude para alcançar a prosperidade e o
bem-estar de todos”, frisou.
Indeque acresecentou que não há motivos para se continuar a ignorar
os contributos indispensáveis das mulheres e jovens nos processos de resolução
de conflitos e manutenção da paz, uma vez que são elas os mais afetados.
“A própria demografia vai
nesse sentido quando se verifica que 65
por cento da população tem, em média, 35 anos ou que 40 por cento tem a idade
compreendida entre os 15 e 30 anos”, sustentou Denise dos Santos.
Sublinhou que esta realidade
representa um grande potencial, em termos de desenvolvimento económico,
político e social, fato que, segundo diz, deve implicar a sua participação na
concentração de políticas lúcidas e efetivas, assentes em estratégias direcionadas para o
aproveitamento desse dividendo demográfico.
Para Denise Santos investir na capacitação das gerações mais
novas é assegurar o futuro, é projetar o desenvolvimento inclusivo e
sustentável do país.
De acordo com Denise dos Santos
Indeque, o percurso da Guiné-Bissau no que diz respeito à igualdade de género
tem tido fraca representatividade nas
últimas décadas, em todas esferas.
Por sua vez, a Presidente do
Grupo de Trabalho de Cabo Verde, Maria Vicente Fernandes disse que seu país
ainda está na fase embrionária da criação do Grupo de Trabalho 1325, mas que estão
a trabalhar para ter esse plano de
trabalho, e disse esperar contar com a colaboração da Guiné-Bissau que já
realizou mutios trabalhos do género.
Segundo, Maria Fernandes,
Cabo Verde não tem conflito político e nem armado mas tem outro que é violência
baseada no género, juvenil, que segundo ela, é preciso travar para que se possa
viver com harmonia e solidariedade.
Presente no ato, estava a Coordenadora da Rede de Mulheres, Paz e
Segurança, no Espaço da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental(CEDEAO)
e mulheres representantes das oito regiões do país.
O Grupo de Trabalho
Mulheres, Juventude, Paz e Seguança é uma plataforma regional de intercâmbio,
coordenação e harmonização das ações das agências e missões da ONU, da CEDEAO,
organizações nacionais, institutos de investigação, sociedade civil, doadores e
entre outros. ANG/DMG/ÂC//SG
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