Uganda/Kampala sob vigilância reforçada após duplo atentado
Bissau, 17 Nov 21(ANG) - A capital do
Uganda, Kampala, teve hoje a sua vigilância reforçada, com ruas bloqueadas e
postos de controlo e patrulhas armadas instalados nas ruas, um dia depois de um
duplo atentado suicida reivindicado pelo grupo do Estado Islâmico (EI), que
deixou quatro mortos e mais de 30 feridos.
ês minutos de intervalo, perto do quartel-general da polícia e do Parlamento, no distrito financeiro e administrativo de Kampala.
"A segurança foi reforçada em
Kampala e no seu entorno para garantir que a população esteja protegida de
qualquer perigo", disse à AFP o porta-voz da polícia metropolitana da
capital ugandesa, Like Owoyesigyire.
Durante a manhã, via-se muitos
agentes da polícia e militares nas ruas de Kampala, assim como pontos de
controlo em algumas avenidas, provocando engarrafamentos, observou um
jornalista da AFP no local.
Os investigadores continuam a
inspeccionar os locais dos ataques, que deixaram quatro mortos e 36 feridos,
segundo as forças policiais. De acordo com a Cruz Vermelha do Uganda, a maioria
dos feridos são agentes da polícia.
O primeiro ataque teve como alvo
um posto de controlo próximo ao Comando Geral da polícia por um homem que
carregava uma bomba numa mochila. No segundo, dois homens "disfarçados de
mototáxis" deflagraram a sua carga explosiva, perto da entrada do
Parlamento.
As forças de contra-terrorismo
detiveram um quarto terrorista e "apreenderam um dispositivo explosivo
caseiro não detonado da sua casa", relatou terça-feira a polícia.
A explosão perto das instalações
da polícia destruiu janelas, e a outra, perto do Parlamento, incendiou veículos
estacionados na área.
A polícia do Uganda atribuiu o
duplo atentado de terça-feira (16) a um "grupo local ligado às ADF",
as Forças Democráticas Aliadas, uma rebelião ativa no leste da vizinha
República Democrática do Congo (RDC).
Posteriormente, no entanto, o
Estado Islâmico (EI) assumiu a responsabilidade pelos ataques, em nota
publicada terça-feira no aplicativo de mensagens instantâneas Telegram. Nela, o
EI anunciou que os ataques foram cometidos por três homens-bomba.
Este é o segundo atentado mortal
no Uganda reivindicado pelo EI em poucas semanas. Em 23 de Outubro, o grupo já
havia reivindicado a autoria de atentado a bomba num restaurante de Kampala.
Nesta ocorrência, uma garçonete morreu e várias pessoas ficaram feridas.
Desde Abril de 2019, o EI assume a responsabilidade por alguns ataques cometidos pelas ADF, às quais se refere como a sua "Província da África Central" (Iscap, na sigla em inglês).
Em Março, os Estados Unidos incluíram as ADF à sua lista de "organizações terroristas" afiliadas ao EI.ANG/Angop
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