segunda-feira, 22 de novembro de 2021

 

Função Pública/”A UNTG vai continuar a luta até os direitos dos trabalhadores serem respeitados”, afirma Júlio Mendonça

Bissau,22 nov 21(ANG) - O Secretário-geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné-Bissau (UNTG), Júlio Mendonça, afirmou no sábado que a luta dos guineenses vai continuar até  todos os seus direitos fossem respeitados, com  protestos  em Bissau.

"A nossa luta vai continuar enquanto não conquistarmos os nossos direitos", afirmou Júlio Mendonça, dirigente da principal central sindical do país, no final de um protesto de trabalhadores, que percorreu algumas das principais avenidas da cidade, nomeadamente a João Bernardo Vieira e Domingos Ramos.

Os manifestantes percorreram cerca de três quilómetros a gritar palavras de ordem como "abaixo  Governo incompetente", "abaixo  deputados", "abaixo  subsídios milionários" e "abaixo o Orçamento de Estado".

Acompanhados pelas forças de segurança, o protesto decorreu de forma pacífica, tendo terminado na sede da UNTG.

"É evidente que desde a independência para cá assistimos apenas à desestruturação do aparelho do Estado  e consequentemente à exploração permanente do povo guineense. Nós fizemos esta marcha percorrendo esta distância para demonstrar a nossa indignação e acordar a consciência do povo", afirmou Júlio Mendonça.

Segundo o dirigente sindical, o povo tem sido impedido de refletir e "agir com a sua cabeça" e cabe à central sindical "acordar o povo e mostrar-lhe a responsabilidade que tem para conquistar a sua dignidade".

"A dignidade do povo não será dada de bandeja aos políticos", salientou.

Júlio Mendonça manifestou preocupação com o facto de os dirigentes políticos da Guiné-Bissau ainda não terem percebido a "gravidade do sacrifício que impuseram ao povo".

"Hoje as condições de vida da população estão a agravar-se cada vez mais. Prova disso é que os produtos de primeira necessidade alimentares estão a aumentar sem controlo nenhum. Para nós isso é impossível, um país tão rico como o nosso não pode continuar a ser governado desta forma", afirmou o sindicalista.

A central sindical tem convocado, desde dezembro de 2020, ondas de greves gerais na função pública.

Os trabalhadores exigem do Governo, entre outras reivindicações, a exoneração de funcionários contratados sem concurso público, melhoria de condições laborais e o aumento de 100 por cento do  salário mínimo.ANG/Lusa

 

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