Eleições
em Angola/ Observadores
relatam dificuldades na acreditação
Bissau, 09 Ago
22 (ANG) - A acreditação, em Angola, de observadores estrangeiros decorre a um
ritmo pouco satisfatório afirma a sociedade civil, denunciando violações da
lei, já que a observação eleitoral devia ter começado antes da campanha e não o
contrário.
Movimento vê manobras que poderiam beliscar a transparência
eleitoral ao conceder tardiamente a acreditação aos observadores.
As eleições gerais angolanas têm lugar
dentro de quinze dias, mas a organização está a ser afectada por uma suposta
morosidade na acreditação de instituições estrangeiras, que pretendem
fiscalizar as eleições de 24 de agosto.
Face ao atraso, o Observatório Eleitoral
Angolano (OBEA) já reagiu e reconhece que o atraso no credenciamento dos
observadores internacionais pode condicionar a transparência eleitoral.
Luís Jimbo salienta que o processo está repleto de vícios
desde o começo, por isso, responsabiliza a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) de
violar a lei eleitoral ao atribuir, tardiamente, o credenciamento aos “fiscais
eleitorais” nacionais e estrangeiros.
“Até este preciso momento, a verdade é
que não há observadores internacionais credenciados que publicamente tenhamos
conhecimento, por isso é uma grande preocupação de que o processo possa ocorrer
numa circunstância sem haver observadores eleitorais internacionais. Coloca
em causa a questão da lei. Os observadores deveriam ser credenciados antes do
início da campanha”, esclareceu Luís Jimbo.
Para justifica o seu posicionamento, o
também jurista explica que a observação tinha que começar antes da campanha,
porque os fiscais eleitorais passam por um processo complexo, em contacto com a
Comissão Nacional Eleitoral (CNE), com a comunicação social e os agentes
eleitorais. ANG/RFI
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