Austrália/Funcionário de creches
acusado de abusar de 91 crianças
Bissau,
01 Ago 23 (ANG) - Um antigo funcionário de creches na Austrália foi hoje
acusado de agressão sexual de 91 crianças, no que a polícia australiana
descreveu como um dos casos de abuso infantil "mais horríveis" que o
país já viu.
O homem de 45 anos,
detido desde Agosto, foi acusado de 1.623 crimes, incluindo 136 violações e 110
actos sexuais com crianças menores de dez anos, acrescentou a polícia.
Os investigadores
detiveram o suspeito depois de encontrarem pornografia infantil na chamada
“dark Web”, que os levou até Brisbane, a cidade mais populosa do estado de
Queensland, no nordeste da Austrália.
A polícia descobriu mais
de quatro mil imagens e vídeos de abusos sexuais de menores no telefone e
computador do homem.
Das 91 supostas vítimas,
87 são australianas, e a polícia acredita que as outras quatro foram abusadas
pelo suspeito entre 2013 e 2014, quando ele trabalhou brevemente no estrangeiro.
A polícia australiana
disse que está a cooperar com agências internacionais para encontrar as quatro
vítimas, mas não revelou que países foram contactados.
"Não posso trazer
muito consolo aos pais e aos filhos que foram identificados", admitiu a vice
comissária federal Justine Gough.
"Este é um momento
difícil para as famílias, para os cuidadores de crianças e para a comunidade em
geral", acrescentou.
O vice-comissário da
polícia do estado de Nova Gales do Sul, Michael Fitzgerald, disse que este é um
dos piores casos que já viu, sublinhando que "esta pessoa fez com essas
crianças está além da compreensão".
Cerca de 35 detectives e
investigadores dos estados de Queensland e Nova Gales do Sul formaram a equipa
encarregada de analisar o conteúdo de pornografia infantil descoberto pela
polícia.
A equipa disse que o
homem tinha passado nas verificações de antecedentes criminais exigidas para
trabalhar em creches na Austrália.
O suspeito deve
comparecer perante um tribunal em Queensland em 21 de Agosto.
Assim que os
procedimentos legais forem concluídos, ele será extraditado para Nova Gales do
Sul, onde terá que responder a outras acusações. ANG/Angop
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