Etiópia/Líder da União Africana
apela ao diálogo entre forças no Senegal
Bissau, 05 Fev 24 (ANG) - O Presidente da Comissão da União Africana (CUA), Moussa Faki Mahamat, manifestou hoje preocupação com o adiamento das eleições presidenciais no Senegal.
No entanto,
apelando às forças políticas e sociais para que resolvam "qualquer
conflito político através de consulta, compreensão e diálogo civilizado.
"O Presidente da
Comissão da União Africana (CUA) (...) tomou conhecimento do adiamento das
eleições presidenciais na República do Senegal com preocupação sobre a situação
política neste país, onde o modelo de democracia sempre foi saudado com grande
apreço, e que não pode deixar nenhum africano indiferente", lê-se num
comunicado divulgado hoje por aquela organização.
De acordo com a nota,
Moussa Faki Mahamat também "convida as autoridades nacionais competentes a
organizarem as eleições o mais rapidamente possível, com transparência, paz e
harmonia nacional".
Além de encorajar
vivamente todas as forças políticas e sociais a resolverem qualquer conflito
político" através da consulta, compreensão e diálogo civilizado, no
estrito cumprimento dos princípios que regem o Estado de direito, no qual o
país tem uma tradição histórica profundamente enraizada".
O Presidente do Senegal,
país vizinho da lusófona Guiné-Bissau, Macky Sall, anunciou, no sábado, a
revogação do decreto que convocava as eleições presidenciais para 25 de
Fevereiro.
Na sequência desta
revogação, o processo eleitoral foi adiado por tempo indeterminado, face a uma
polémica levantada em torno da lista final de candidatos.
Perante esta decisão, a
oposição convocou protestos para Dakar, capital do país, e planeia manter a
campanha eleitoral conforme projetado.
Na sequência disto, já
houve confrontos entre manifestantes e a polícia senegalesa que usou gás
lacrimogéneo para dispersar as centenas de pessoas que responderam ao apelo dos
partidos da oposição, constatou um jornalista da agência de notícias
France-Presse no local.
O Presidente senegalês,
que não se candidata a um novo mandato, garantiu que vai iniciar um
"diálogo nacional aberto", de modo a reunir as condições para que as
eleições decorram de forma livre, transparente e inclusiva.
A suspensão eleitoral é
motivada por um "conflito aberto no contexto de um alegado caso de
corrupção de juízes", referiu Sall numa declaração televisiva.
O Presidente do Senegal
anunciou ainda que a Assembleia Nacional avançou com uma investigação sobre o
processo de seleção de candidatos. ANG/Angop
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