quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

Síria/Mohamed Al-Bachir é nomeado primeiro-ministro do governo de transição

Bissau, 11 Dez 24 (ANG) - Poucos dias após derrubar Bachar al-Assad, o grupo rebel
de Hayat Tahrir al-Cham (HTC), acaba  de nomear como primeiro-ministro interino do governo de transição sírio Mohamed al Bachir.

Este responsável que até ao momento era Presidente do "governo de salvação sírio" proclamado em Janeiro deste ano em Idlib pelo movimento jihadista, deveria dirigir o executivo interino até ao dia 1 de Março de 2025.

Mohamed al Bachir era pressentido há vários dias como futuro dirigente do governo de transição e tinha participado, nesta segunda-feira à noite, numa reunião em Damasco entre o líder do Hayat Tahrir al-Sham, Abu Mohammed al-Joulani, e o ex-primeiro-ministro de Bashar al-Assad, Mohamed al-Jalali, "para coordenar uma transição do poder que garanta os serviços" à população síria, segundo um comunicado dos rebeldes. Nomeado em Setembro por Bachar al-Assad, Mohammad Jalali expressou a sua abertura para apoiar a continuidade do governo, de acordo com os rebeldes.

Nascido em 1983 na província de Idlib, Mohamed Al Bachir tem um diploma em engenharia electrica e eletrónica, com especialização em telecomunicações, obtido na Universidade de Alepo em 2007. Igualmente titular de um diploma de direito e Sharia, obtido na Universidade de Idlib em 2021, este responsável político exerceu as funções de director dos negócios das associações, depois as de ministro do Desenvolvimento e dos Assuntos Humanitários no governo de salvação da revolução em Idleb em 2022, antes de se tornar presidente deste executivo em janeiro deste ano.

Ele tem agora como tarefa formar um governo, organizar a transição e garantir "um ambiente seguro, neutro e calmo" para realizar eleições livres. Uma fonte do grupo Hayat Tahrir al-Cham detalhou que ele vai liderar "um governo encarregado de gerir os assuntos quotidianos", até ao dia 1 de Março de 2025, altura que deveria marcar "o início do processo constitucional" e a nomeação de um novo governo.

Entretanto, paralelamente a esta nomeação, Israel tem estado a bombardear massivamente a Síria.

De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, Israel efectuou desde o fim-de-semana "cerca de 310 ataques" contra o terrítorio sírio, tendo alegadamente bombardeado aeroportos, radares e depósitos de armas em várias regiões, além de danificar navios da marinha síria ao atacar uma unidade de defesa aérea perto do grande porto de Latakia, no noroeste.

Segundo a mesma fonte, foi completamente destruído um centro de pesquisa científica em Damasco ligado ao Ministério da Defesa, onde os Estados Unidos acreditavam que se fabricava armas químicas.

Ao confirmar ter efectivamente destruído armazéns de armamento, designadamente de "armas químicas", na Síria Israel explicou que pretende evitar que os rebeldes se possam apoderar delas, por acreditar que são animados por "uma ideologia extrema do Islão radical". 

Israel desmentiu, contudo, informações de fontes de segurança sírias dando conta de movimentações de Tsahal a 25 quilómetros de Damasco, ou seja muito além da zona desmilitarizada do Golão onde se encontra nestes útimos dias, numa acção que o exército israelita afirma ser "defensiva".

A presença das tropas israelitas nessa zona, já por si, segundo a ONU, "constitui uma violação" do acordo de desvinculação de 1974 entre Israel e a Síria. algo também denunciado pelo Irão, o grupo armado Hezbollah, a Jordânia, a Arábia Saudita ou ainda a Turquia que criticou o que qualificou de "mentalidade de ocupação" de Israel.

Entretanto, depois de terem sido libertadas nestes últimos dias centenas de pessoas da prisão de Saydnaya, perto de Damasco, um símbolo do regime repressivo de Bachar al-Assad, as equipas de socorros anunciaram hoje o fim das suas buscas de possíveis masmorras subterrâneas.

Noutro aspecto, nesta terça-feira, o líder da rebelião, Abu Mohammad al-Jolani, prometeu punir os responsáveis dos abusos perpetrados pelo antigo regime."Vamos anunciar uma primeira lista que inclui os nomes dos mais altos funcionários envolvidos nas torturas contra o povo sírio", escreveu o líder rebelde na rede Telegram, ao prometer recompensas a quem permitir a captura dos ex-oficiais "envolvidos em crimes de guerra". Ele disse que "concedia amnistia" aos funcionários subalternos do exército e das forças de segurança.

Desde o início da revolta em 2011, mais de 100 mil pessoas morreram nas prisões sírias, inclusive sob tortura, estimou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos em 2022.

Refira-se ainda que a mesma organização contabilizou pelo menos 910 mortos, entre os quais 138 civis, desde que os rebeldes lançaram a sua ogensiva a 27 de Novembro de 2024. ANG/RFI

Moçambique/ Venâncio Mondlane promete tomar posse a 15 de janeiro de 2025

Bissau, 11 Dez 24 (ANG) - O candidato presidencial suportado pelo partido PODEMOS, vai tomar posse como o quinto presidente eleito da República, a 15 de janeiro de 2025.

O anúncio foi feito pelo próprio, Venâncio Mondlane, numa altura em que se reforçaram as medidas de protesto contra os resultados que dão a vitória à Frelimo e ao seu candidato presidencial, Daniel Chapo, nas eleições gerais de 9 de Outubro. 

Foi numa transmissão na sua página Facebook que Venâncio Mondlane reafirmou a sua vitória nas eleições gerais de 09 de Outubro declarando que“no dia 15 de janeiro de 2025 vou tomar posse, o quinto presidente eleito de Moçambique, presidente candidato do povo” .

Venâncio Mondlane promotor das manifestações pela verdade eleitoral anunciou uma série de medidas como a suspensão de pagamento de portagens, encerramento de explorações mineiras , assim como reforçou a necessidade de boicote das festas de natal e de fim de ano. O candidato indicou que "o natal será na rua, final de ano será na rua, na estrada. Onde vamos ter a nossa verdadeira festa vai ser no dia 15 de Janeiro de 2025. Preparam-se todos”.

Os moçambicanos aguardam com expectativa, a proclamação e validação até ao dia 23 destes mês de Dezembro, dos resultados das eleições gerais de 09 de Outubro pelo Conselho Constitucional.

Venâncio Mondlane convocou hoje uma nova onda de protestos para esta quarta, quinta e sexta-feira com ordem de paralização total das 11 capitais provinciais.

O candidato presidencial suportado pelo partido extraparlamentar Podemos garante que a luta pela reposição da verdade eleitoral vai continuar e considera que não se trata de um actos de vandalismo, mas de uma causa cidadã.

Com as principais vias de acesso ao centro da cidade de Maputo bloqueadas, assim como vários troços da estrada nacional Número 1 que liga Moçambique de norte a sul com circulação condicionada, o candidato presidencial Venâncio Mondlane que rejeita os resultados das eleições gerais de 9 de Outubro anunciados pela Comissão Nacional de Eleições, CNE, convocou nesta terça-feira uma nova onda de protestos. 

"As 11 capitais provinciais, a partir da quarta-feira, dia 13, dia 14 e dia 15, vamos paralisar todas as actividades. Todas as actividades estarão paralisadas para que percebam que o povo está cansado", disse Venâncio Mondlane numa nova mensagem aos seus apoiantes.

"O povo quer uma resposta", realçou Venâncio Mondlane ao considerar que "a resposta não pode ser como esta de dizer que se trata de vândalos. A resposta não pode ser como esta de dizer que andam a praticar vandalismo".

Numa transmissão nas redes sociais a partir de local desconhecido, o candidato presidencial suportado pelo partido Podemos que não é visto há mais de um mês, tem estado a promover manifestações para contestar os resultados das eleições gerais de 9 de Outubro que dão a vitória à Frelimo, partido no poder desde 1975, e ao seu candidato presidencial.

Refira-se ainda que de acordo com a polícia moçambicana, pelo menos 12 pessoas ficaram feridas e 27 foram detidas nos últimos cinco dias de manifestações pós-eleitorais na província de Nampula, no norte de Moçambique, após a vandalização de esquadras e escolas. A polícia garante ainda que os detidos serão responsabilizados pelos crimes de vandalização de bens públicos e privados, bem como pela perturbação da ordem e da segurança pública.

Noutro balanço estabelecido desta vez pela Organização Não-Governamental Plataforma Eleitoral Decide, pelo menos 110 pessoas morreram nas manifestações pós-eleitorais em Moçambique desde 21 de Outubro. Num relatório divulgado hoje, esta organização detalha que entre o passado dia 4 de Dezembro e esta terça-feira, foram registadas 34 mortos, dos quais dez em Gaza e outras dez em Nampula, além de cinco mortos em Sofala, quatro em Maputo e três em Cabo Delgado.

Durante este mesmo período, a plataforma contabilizou ainda pelo menos 149 detenções e 89 pessoas baleadas .ANG/RFI

terça-feira, 10 de dezembro de 2024

Regiões/Diretor do Centro de Saúde de Mansaba lamenta falta de condições para internamento de pacientes   

Mansabá, 10 Dez 24 (ANG) - O Diretor do Centro de Saúde do setor Mansabá, na região de Oio, norte do país, lamentou , segunda-feira, a falta de condições para internamento de pacientes naquele estabelecimento hospitalar.

Nalassan Adelino Martinho falava ao Correspondente regional da Agência de Notícias da Guiné(ANG), na Região de Oio.

Sublinhou que a maioria dos casos graves na sua área de jurisdição não recebem tratamentos local devido
à essa situação, razão pela qual os pacientes são transferidos para  hospitais mais próximos.

Perguntado sobre as doenças mais frequentes em Mansabá, Nalassan martinho aponta o paludismo, frisando que, contudo, está a diminuir naquela zona, e que  as crianças de até  cinco anos são as mais atingidas pela doença.

Nalassan aconselha  aos populares da sua área sanitária a lavarem sempre as mãos antes de consumir qualquer tipo de alimento  e usar sempre os mosquiteiros .

Adelino Martinho  apelo aos pais e encarregados de educação no sentido de levar as suas crianças de seis meses à 14 anos de idade para qualquer lugar de vacinação em curso no âmbito da campanha que decorre a nível nacional de 06 à 15 de Dezembro ,  contra sarampo e rubéola.

O Centro de Saúde de Sector de Mansabá conta com nove camas, três na sala de pós-parto, quatro na sala de observação, uma na pequena cirurgia e  uma igualmente na consultoria. ANG/AD/AALS/ÂC//SG


Agricultura
/ Chefe do Gabinete de Ligação dos EUA na Guiné-Bissau satisfeita com melhoria da produção de sementes por  mulheres horticultoras

Bissau, 10 Dez 24 (ANG) – A Chefe do Gabinete de Ligação dos EUA na Guiné-Bissau, Deneyse Kirkpatrick  disse estar satisfeita com melhoria da produção de sementes por parte das mulheres horticultoras do campo da Granja de Pussubé, em Bissau.

A satisfação foi manifestada por Deneyse Kirkpatrick no final de uma visita efetuada hoje por uma delegação da Embaixada dos EUA ao mini parcela de demonstração do campo da Granja  de Pussubé, no âmbito de um projeto financiado pela Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional, no valor de um milhão de dólares.

No âmbito do projeto, os agricultores, na sua maioria mulheres, aprendem técnicas modernas de pós-colheita para reduzir a perda de alimentos e assegurar a  conservação dos seus produtos.

De acordo com um documento distribuído à imprensa,   trata-se de  uma iniciativa de três anos do Laboratório de Inovação em Horticultura da Universidade da Califórnia em Davis(EUA), que procura aumentar a capacidade do setor hortícola,  melhorar a produtividade e assegurar o acesso aos ensaios de sementes viáveis e de qualidade na Guiné-Bissau.

O objectivo, conforme o documento, é  pôr fim a dependência da importação de sementes a partir dos países vizinhos, nomeadamente Senegal.

Neste campo trabalham cerca de 300 mulheres de diferentes organizações do Setor Autónomo de Bissau(SAB).

O projecto intervêm no SAB, região de Oio e Cacheu e visa aumentar a capacidade do setor  hortícola através da promoção da transferência de conhecimentos  e de desenvolvimento de competências.

Deneyse Kirkpatrick  disse que estão a investir por acreditar que o futuro do país passa pela agricultura.

"Hoje, estou aqui para constatar “in loco” os avanços obtidos no âmbito da Inovação em horticultura da Universidade da Califórnia em Davis nos trabalhos das horticultoras”, afirmou.

Deneyse Kirkpatrick  destacou a forma como os Estados Unidos estão a trabalhar com os  parceiros para formar os agricultores guineenses na utilização de novas variedades de culturas resistentes ás alterações climáticas, e que irão diversificar a produção, aumentar os rendimentos e reforçar a capacidade dos agricultores para sustentar as suas famílias.

A diplomata acrescentou que um dos pontos centrais desta atividade é o investimento em organizações da Guiné-Bissau e o reforço da capacidade das instituições locais, como o INPA, a UCA e outras.

Em representação da Associação das Mulheres da Actividade Económica(AMAE), Ana Maria Almeida Moto elogiou o apoio dos UEA para melhorar as dificuldades de alimentação e sobretudo financeira das mulheres e jovens.

Ana Almeida disse que através deste projeto as mulheres têm  agora condições para produzir as suas sementes e  conservar os produtos.

Em nome das mulheres de Granja de Pussubé, Ermelinda Pedro Mendonça agradeceu a Embaixada dos Estados Unidos pelo apoio e defendeu a continuidade do projecto, porque , diz ela, contribui muito para a  redução das suas  despesas relacionadas  a compra de sementes.

“Este  projeto possibilitou ou seja adotou-nos de capacidade para produzir e conservar  os nossos produtos, por meio de técnicas de tratamento das sementes até a sua transplantação administradas durante várias seções de formações”, informou.

Ermelinda Pedro Mendonça exortou ao Executivo no sentido de apoiar as mulheres, promovendo a  mudança do sistema de irrigação.

Pediu igualmente a conceção de um espaço para prática de horticultura, para que as mulheres, agrupadas em várias organizações, tenham a capacidade de abastecer o mercado nacional com produtos de qualidade.

Os parceiros guineenses envolvidos nesta atividade são Ajuda de Desenvolvimento de Povo para Povo Guiné-Bissau (ADPP-GB), a Confederação das Associações de Mulheres de Actividades Económicas (AMAE)  a Universidade Amílcar Cabral (UAC) e o Instituto Nacional de Investigação Agrária (INPA).ANG/LPG/ÂC//SG

Regiões/Presidente da LGDH de Cacheu responsabiliza ao Estado guineense pelas violações dos Direitos Humanos no país

Cacheu, 10 Dez 24(ANG) – O Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos da região de Cacheu, responsabiliza o Estado guineense pelas sucessivas violações dos direitos humanos no país.

Clemente Mendes falava ema entrevista à ANG, por ocasião do Dia Mundial da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que se assinala hoje, 10 de Dezembro.

Dentre as violações dos direitos humanos, Clemente Mendes  enumerou os casos de violação dos direitos humanos na região de Cacheu, o casamento forçado e precoce, a insuficiência dos serviços de saúde e educação, o aumento dos preços dos produtos da primeira necessidade, a falta de juízes nos Tribunais Setoriais de Canchungo, Bula e Ingoré e a situação de roubo dos gados.

Mendes pede ao Governo da Guiné-Bissau a normalização do funcionamento da educação, saúde, justiça, segurança de pessoas e bens na região de Cacheu, para que haja a paz entre os cidadãos e o entendimento harmonioso e sustentável na Guiné-Bissau.ANG/AG/ÂC//SG

Mudanças climáticas/Ano de 2024 é o primeiro acima do limite de aquecimento de 1,5°C estabelecido pelo Acordo de Paris

Bissau, 10 Dez 24(ANG) - O ano de 2024, ainda mais quente do que o recorde estabelecido em 2023, passa a ser o primeiro ano a exceder 1,5 °C acima dos níveis pré-industriais, o limite de longo prazo estabelecido pelo Acordo de Paris, segundo anunciou segunda-feira (9) o Serviço de Alterações Climáticas (C3S) do observatório europeu Copernicus. 

Após o segundo novembro mais quente de que há registo, “é de fato certo que 2024 será o ano mais quente de que há registo e excederá o nível pré-industrial em mais de 1,5 °C”, concluiu o C3S.

E estes níveis históricos poderão se manter nos próximos meses, prevendo-se que as temperaturas globais estejam “próximas dos níveis recorde” no início de 2025, disse à AFP Julien Nicolas, cientista do C3S, especialmente porque o regresso do fenômeno La Niña, sinônimo de arrefecimento, permanece incerto este ano. 

O mês de novembro, marcado por uma sucessão de tufões devastadores na Ásia e pela continuação de secas históricas na África Austral e na Amazónia, foi 1,62ºC mais quente do que um novembro normal, quando a humanidade não queimava petróleo, gás ou carvão à escala industrial. 

 

Este valor é superior à marca simbólica de +1,5 °C, que corresponde ao limite mais ambicioso do  Acordo de Paris de 2015, cujo objetivo era manter o aquecimento global bem abaixo dos 2 °C e prosseguir os esforços para limitá-lo a 1,5 °C. 

No entanto, este acordo se refere a tendências a longo prazo: para se considerar que o limite foi ultrapassado, será necessário observar um aquecimento médio durante pelo menos 20 anos.

 

Segundo este critério, o clima aquece atualmente cerca de 1,3 °C. O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC na sigla em inglês) estima que a marca dos 1,5 °C será provavelmente atingida entre 2030 e 2035. E isto independentemente da evolução das emissões humanas de gases com efeito de estufa, que estão perto do seu pico, mas ainda não estão em declínio. 

 

De acordo com os últimos cálculos das Nações Unidas, o mundo não está de modo algum no bom caminho para reduzir a sua poluição por carbono, a fim de evitar um agravamento significativo das secas, ondas de calor e chuvas torrenciais já observadas, que têm um custo elevado em termos de vidas humanas e de impacto econômico. 

Conforme o Programa das  Nações Unidas para o Ambiente, o mundo caminha para um aquecimento global “catastrófico” de 3,1 °C neste século, ou de 2,6 °C caso as promessas anunciadas sejam cumpridas. 

Os países têm até fevereiro para apresentar às Nações Unidas os seus objetivos climáticos revistos para 2035, conhecidos como “contribuições nacionalmente determinadas” (NDC). 

Mas o acordo mínimo alcançado na COP29 na capital do Azerbaijão, no final de novembro, poderá ser utilizado para justificar ambições pouco ambiciosas. Os países em desenvolvimento obtiveram US$ 300 bilhões em promessas de ajuda anual dos países ricos até 2035, menos de metade do que pedem para financiar a sua transição para o clima.ANG/RFI

França/Exilados sírios na Europa comemoram queda de Bashar al-Assad e planejam visitar o país

Bissau, 10 Dez 24 (ANG) - Diversas manifestações de apoio à ofensiva rebelde na Síria, que culminou na queda de Bashar al-Assad, foram registradas ,no domingo, na Europa.

Na segunda-feira (9), apesar das incertezas que pairam sobre o futuro, relatos de exilados do regime sírio sobre a saída de Assad levam esperança para os sírios que vivem fora do país.

Centenas de refugiados sírios na França se reuniram na Praça da República, no centro de Paris, para celebrar a vitória contra o regime, com amigos ou familiares que se juntaram de forma espontânea para exprimir a alegria pelo momento histórico.  

Para muitos deles, a “esperança vem acompanhada da angústia”, à espera dos próximos dias e semanas. Para outros, o importante é manter viva a memória das prisões sírias, símbolos dos piores abusos de Bashar al-Assad.  

“Estou respirando pela primeira vez em muito tempo, é um dia especial”, confidenciou uma estudante durantes as manifestações em Paris. “Esta é a primeira vez que podemos dizer 'Assad foi embora'”, declarou uma síria que acompanhava a manifestação. “Não tenho como descrever esse dia. Pela primeira vez, podemos dizer 'Assad não nos governa'. A família de Assad já não está mais no poder”, comemoravam os sírios no centro da capital francesa.

O chefe de redação do Syria Report e pesquisador associado do Conselho Europeu de Relações Externas (ECFR), Jihad Yazigi, reagiu com espanto à queda do ditador sírio Bashar al-Assad.

 

“Hoje, podemos ver a esperança renascer, mesmo que haja muitas preocupações. A queda de Bashar al-Assad é o melhor dia dos últimos 13 anos”, afirmou em entrevista à RFI nesta segunda-feira (9). “Eu pensei que nunca veria esse dia”, confessa. 

De acordo com ele, há também angústia pelo que pode vir pela frente.“Muitos amigos meus desapareceram, muitos ainda esperam entes queridos saírem da prisão, mas não sabem se estão mortos, em outro lugar ou foram enterrados pelo regime”, conta Yazigi. 

O cartunista Najah Albukai é refugiado político e autor do livro “Tous témoins” (“Todas as testemunhas”, em tradução livre). Ele descreveu à RFI o terror que presenciou quando foi capturado várias vezes pelas forças de Damasco entre 2012 e 2015, acusado de envolvimento em manifestações contra o regime e, posteriormente, acusado por apologia ao terrorismo. Ele conta que sofreu violência física e que ficou detido em celas que chegavam a comportar “80 pessoas dentro de espaços que nem chegavam a 10 metros quadrados”.  

“Os interrogatórios eram feitos em locais onde havia marcas dos golpes, de sangue, pessoas eletrificadas. Cada vez que saíamos do corredor víamos pessoas penduradas pelas mãos, sendo torturadas (...) Na saída, eu via cadáveres de prisioneiros mortos pelas torturas ou pelas péssimas condições sanitárias”, detalhou Najah Albukai. 

O cartunista revelou que os prisioneiros sobreviventes eram obrigados a transportar corpos para valas comuns. “O primeiro corpo que carreguei tinha o número 5.535”, escrito a caneta, se recorda. “Mais do que o regime, ele (Assad) construiu muitas prisões e jamais imaginou que milhões de pessoas se manifestariam contra ele”, conclui o cartunista. 

Mesmo que não saibam nada sobre o futuro que os espera, muitos sírios dizem agora que querem regressar ao seu país para ajudar a reconstruí-lo. 

“É um momento de alegria, medo, ansiedade e a certeza de que há esperança, a esperança de construir uma Síria democrática”, declarou Rudi, presidente da União dos Estudantes Exilados, no domingo, em Paris.  

A Alemanha acolheu um milhão de refugiados sírios desde 2015, quando Angela Merkel abriu as suas fronteiras. Milhares deles também mostraram a sua alegria este domingo com a notícia da queda de Bashar, em todo o país. Em Kreuzberg, no centro de Berlim, uma manifestação espontânea reuniu milhares de pessoas. Dezenas de carros, com as capotas cobertas com as cores da Síria percorreram as ruas da cidade, saudados pela multidão. 

Sabah e as suas amigas conduziam com as janelas abertas, os cabelos ao vento, cantando a plenos pulmões. “Não, eles não são islâmicos, é apenas a população que está contra Assad! E a mídia alemã está apresentando isso como se fossem soldados islâmicos...”, disse. 

“Dois de nossos primos, que pensávamos estarem mortos há doze anos, hoje encontramos seus nomes em uma lista de pessoas vivas que acabaram de ser libertadas da prisão”, relatou um homem na multidão.  

Na capital grega, várias centenas de sírios também foram à Praça Syntagma para comemorar. Mas, embora o clima fosse de júbilo, alguns sírios estavam mais uma vez se perguntando sobre o futuro político de seu país, preferindo ser cautelosos antes de considerar um retorno imediato. 

Foi em grego que um idoso sírio, vestindo um terno azul antigo, deu início às festividades. No entanto, na praça central de Atenas, assim como em Paris, foram principalmente homens jovens que cantaram e dançaram para celebrar com os conterrâneos.  ANG/RFI

EUA/Indicação de Robert Kennedy Jr. para pasta da Saúde nos EUA é contestada por 77 vencedores do Nobel

Bissau,10 Dez 24 (ANG) - Mais de 75 ganhadores do Prêmio Nobel enviaram, segunda-feira (9), uma carta aberta aos senadores americanos, demonstrando sua oposição à nomeação de Robert Kennedy Jr. como secretário de Saúde dos Estados Unidos.

 Os parlamentares criticam sua "falta de experiência" e seu posicionamento antivacina.

"Levando em conta seu histórico, nomear Kennedy à frente do Departamento de Saúde representaria um risco para a saúde pública", escreveram na carta os 77 prêmios Nobel de Medicina, Física, Química e Economia.

Entre os signatários está Drew Weissman, Nobel de Medicina em 2023 pelo  seu trabalho no desenvolvimento das vacinas de RNA mensageiro, que foram decisivas na luta contra a Covid-19.

Robert Kennedy Jr., sobrinho do presidente assassinado John F. Kennedy, foi candidato à Presidência, antes de desistir da corrida presidencial e declarar apoio a Donald Trump. Seu pai, o senador Robert Kennedy, também foi assassinado em 1968 durante a campanha.

O republicano o recompensou o nomeando para um ministério, mas esta nomeação deve ser submetida à votação no Senado, como determina a Constituição.

Ex-advogado de direito ambiental, sem formação científica,ele espalhou teorias conspiratória sobre as vacinas contra a Covid-19 e supostos vínculos entre a vacinação e o autismo.

Robert Kennedy Jr. também milita pela suspensão da adição de flúor à água encanada, apesar da medida ser considerada um grande êxito sanitário no combate às cáries.

"Além de sua falta de qualificação ou experiência relevante nos campos da medicina, da ciência, da saúde pública ou do governo, Kennedy se opôs a muitas vacinas que permitiram proteger a saúde e salvar vidas, como as do sarampo e da poliomielite", denunciam os signatários da carta.

"Instamos que votem contra a confirmação à sua nomeação como secretário da Saúde", pedem aos senadores.

Várias escolhas de Donald Trump para sua futura administração geraram polêmica. Este foi o caso, por exemplo, de Pete Hegseth, ex-militar e apresentador da Fox News, indicado para chefiar o Pentágono apesar das acusações de agressão sexual e consumo excessivo de álcool.

Matt Gaetz, sua primeira opção para o cargo de procurador-geral foi obrigado a desistir após ser acusado de ter mantido relações sexuais com uma menor de idade. ANG/RFI/AFP

Israel/ Netanyahu começa a depor por Fraude, quebra de confiança e suborno

Bissau, 10 Dez 24 (ANG) - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, começa a ser ouvido como testemunha no julgamento que mobiliza a sociedade e também a política, a imprensa e o sistema judicial de Israel.

Netanyahu entra para a história do país como o primeiro líder em exercício no cargo a ser peça-chave e testemunha em três casos: Netanyahu é acusado de fraude, quebra de confiança e suborno. O premiê nega todas as acusações. 

O julgamento pretende encerrar um ciclo de investigação que começou em 2017, apresentou uma acusação em 2020, mas apenas em 2021 passou a ouvir testemunhas em virtude da pandemia de Covid. Em meados de 2024, a promotoria concluiu o seu trabalho, cabendo agora a Netanyahu ser interrogado.

Devido à guerra atual, o processo sofreu inúmeros atrasos a pedido da defesa do primeiro-ministro, que queria que ele fosse ouvido no tribunal em dias não consecutivos e apenas duas vezes por semana entre 10h e 15h. 

Apesar disso, em conferência de imprensa na véspera, Netanyahu disse estar pronto para testemunhar. 

"Ouvi pessoas dizerem que quero evitar o julgamento. Eu? Há oito anos espero apresentar a verdade e finalmente explodir as acusações dirigidas contra mim", disse. 

O premiê vai depor num tribunal subterrâneo em Tel Aviv porque o Shin Bet, o serviço de segurança interno de Israel, considerou que não havia segurança suficiente na corte de Jerusalém. Lembrando que durante a guerra atual um drone disparado pelo Hezbollah conseguiu atingir a casa de Netanyahu em Cesareia, no norte de Israel. 

A juíza que preside o Tribunal Distrital de Jerusalém, Rivkah Friedman Feldman, que condenou o ex-primeiro-ministro Ehud Olmert por corrupção em 2014, rejeitou três pedidos de adiamento por parte da defesa, que queria inclusive que Netanyahu fosse testemunhar apenas em março de 2025. E assim ficou estabelecido que o premiê deveria testemunhar em 10 de dezembro. 

Importante lembrar que, ao contrário de Netanyahu, Olmert renunciou ao cargo de primeiro-ministro antes de sua acusação, depoimento, condenação e prisão. Ehud Olmert ficou preso por 16 meses até ser solto em julho de 2017. 

O Caso 1.000 marca a primeira acusação; supostamente, o primeiro-ministro teria recebido do empresário Arnon Milchan US$ 75.800 em charutos e US$ 52.300 em champanhe entre 2011 e 2016. A mulher de Netanyahu, Sara, também teria recebido US$ 3.100 em joias, mas a acusação alega agora que este valor seria de US$ 45 mil. Outro associado de Milchan, o australiano James Packer, também teria dado US$ 65 mil em charutos e champanhe ao casal Netanyahu. 

O premiê é acusado de ajudar Milchan em questões relativas ao visto norte-americano e outros interesses comerciais em troca de presentes caros.

A avaliação em Israel é de que este seja o caso no qual Netanyahu corre maior risco de ser condenado.

No Caso 2.000, o primeiro-ministro é acusado de buscar prejudicar o Israel Hayom, jornal distribuído gratuitamente, para beneficiar outro veículo, o Yediot Ahronot. Em troca, o jornal beneficiado deveria mudar a abordagem jornalística da cobertura sobre o primeiro-ministro que ele considerava negativa . 

Já o Caso 4.000, também conhecido como caso Bezeq-Walla, tem como foco as alegações de que Netanyahu teria aprovado decisões regulatórias que beneficiariam financeiramente Shaul Elovitch, acionista da companhia de telecomunicações Bezeq. A acusação é de que, em contrapartida, Netanyahu teria passado a receber cobertura jornalística favorável do popular portal de notícias Walla, também de propriedade de Elovitch.

Netanyahu vai testemunhar entre duas a três vezes por semana num processo que deve durar semanas ou meses. Com a situação do país durante a guerra, Netanyahu pode encontrar caminhos para se ausentar: a possibilidade de um novo acordo para libertar os refens israelenses a partir de um cessar-fogo na Faixa de Gaza; a situação de segurança no norte de Israel, e os acontecimentos em curso na Síria são alguns dos exemplos de eventos que podem solicitar a presença urgente do primeiro-ministro para tomar decisões.

  

A exposição da defesa não deve se encerrar antes do final de 2025, podendo chegar até 2026. Há ainda os argumentos finais e a possibilidade de recurso, o que pode empurrar ainda mais a data da decisão. 

Em entrevista ao jornal Maariv, Sassy Gez, um dos principais advogados de Israel, acredita que Netanyahu poderá ser absolvido da acusação de suborno no Caso 4.000, mas que poderá ser condenado por quebra de confiança. Mas isso não resolve de todo a situação do premiê, segundo o advogado.

"Se ele for condenado por quebra de confiança, o tribunal deverá determinar se é um crime que envolve difamação (das funções do cargo que ele ocupa). Se o tribunal decidir que os crimes implicam difamação, Netanyahu não poderá continuar na sua posição de primeiro-ministro", avalia. 

Apesar das questões internas em Israel, uma nova realidade na Síria também mobiliza as autoridades do país, que tem dúvidas sobre as reais intenções do Hayat Tahrir Al-Sham (HTS), grupo jihadista que protagonizou o rápido processo de tomada da Síria e deposiçao do agora ex-presidente Bashar al-Assad.

O HTS foi formado em 2017 como uma espécie de versão 2.0 da Frente Nusra, um braço da Al-Qaeda. O líder do grupo, Abu Mohammed al-Golani, procura passar a impressão de que pretende adotar postura pragmática e deixou claro à CNN que o objetivo era derrubar o regime de Assad. Não se sabe muito mais além disso.

Israel não sabe o cenário que irá emergir do caos e da instabilidade na Síria. Se por um lado tem a notícia positiva de derrota de Rússia, Irã e Hezbollah, por outro trabalha com a possibilidade de que grupos vinculados no passado à rede al-Qaeda e ao Estado Islâmico (EI) se estabeleçam próximos à fronteira israelense. Por isso, as autoridades do país decidiram tomar a zona tampão entre Israel e Síria, uma área de 235 quilômetros quadrados.

Israel corre contra o tempo para “limpar o terreno” a partir de um objetivo que considera prático e fundamental: impedir que o armamento deixado para trás pelo regime de Assad seja acessado pelos diferentes grupos que atuam neste momento no território.ANG/RFI

     Coreia do Sul/Justiça proíbe presidente Yoon Suk Yeol de deixar o país

Bissau, 10 Dez 24 (ANG) - O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, não poderá deixar o país, anunciou o Ministério da Justiça na segunda-feira (9).

Há menos de uma semana, o chefe de Estado sul-coreano desencadeou uma grave crise política ao decretar uma lei marcial temporária.

O presidente sul-coreano enviou forças especiais e helicópteros para o Parlamento na noite de 3 de dezembro, antes de ser obrigado a revogar o decreto. Yeol foi alvo de uma votação de impeachment que o manteve no poder, apesar das manifestações de milhares de pessoas que pediam sua renúncia.

Bae Sang-up, secretário dos Serviços de Imigração no Ministério da Justiça, confirmou nesta segunda-feira a proibição da saída de Yeoldo país, durante uma audiência no Parlamento.

Yoon decretou uma lei marcial que permaneceu em vigor por seis horas, até os deputados conseguirem romper o bloqueio militar, entrar no Parlamento e votar a revogação da medida. A votação obrigou Yoon a recuar e desistir da lei marcial.

A oposição da Coreia do Sul acusou, nesta segunda-feira, o partido do governo de organizar um "segundo golpe" ao rejeitar o impeachment do presidente Yoon Suk Yeol e declarar a lei marcial.

"Não importam as justificativas, esses atos são ilegais e inconstitucionais", disse o líder do Partido Democrático, Park Chan-dae, que pediu ao partido no poder que "pare imediatamente com isso".

Segundo a Constituição sul-coreana, o presidente é chefe de Governo e comandante do Exército, a menos que renuncie ou não seja mais considerado capaz de exercer o cargo.

Neste caso, a função passa a ser exercida interinamente pelo primeiro-ministro até que novas eleições sejam organizadas.

O líder do Partido Democrático disse que Yoon poderá permanecer no cargo, mas deverá delegar seus poderes ao premiê, que não foi eleito, é em sua opinião uma "violação constitucional flagrante, sem nenhum fundamento legal".

Investigadores anunciaram a detenção do ex-ministro da Defesa, e também realizaram uma operação de busca em seu gabinete. Além disso, a Justiça proibiu vários funcionários de alto escalão de deixarem a Coreia do Sul e convocaram, nesta segunda-feira, o general que assumiu o comando da lei marcial para um interrogatório.

Yoon também pode ser convocado a depor, segundo a polícia."Não há restrições sobre quem pode ser alvo de investigações", afirmou Woo Jong-soo, comandante de investigação da Agência Nacional de Polícia. Ele acrescentou que a polícia investigará "segundo a lei e os princípios, sem exceções".ANG/RFI/ AFP

Ambiente/Governo entrega viaturas e motorizadas às instituições ligadas a gestão e proteção das zonas costeiras

Bissau,10 Dez 24(ANG) – O Governo, através do Ministério do Ambiente, Biodiversidade e Ação Climática, procedeu hoje a entrega de 10 viaturas marca Toyota dupla cabine, 20  motorizadas e alguns equipamentos  às instituições ligadas a gestão e proteção das zonas costeiras.

Os referidos equipamentos foram adquiridos no âmbito do Projecto de Investimento para a Resiliência das Zonas Costeiras da África Ocidental(WACA) e destina-se aos departamentos chaves do Ministério do Ambiente, nomeadamente Alta Autoridade da Avaliação do Impacto Ambiental(AAAC), Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas(IBAP) Gabinete de Planificação Costeira(GPC), Fundo de Bio-Guiné e Inspeção Geral do Ambiente.

No seu discurso no ato da entrega oficial dos equipamentos, o ministro do Ambiente, Biodiversidade e Ação Climática, Viriato Luís Soares Cassamá disse que o WACA é um programa que reflete o compromisso do Governo da Guiné-Bissau e dos seus parceiros na gestão sustentável das zonas costeiras, um dos recursos mais preciosos do país.

“Este ato de entrega de viaturas e materiais informáticos às instituições parceiras é muito mais do que uma simples transferência de bens, pois representa a materialização de um esforço coletivo para fortalecer as capacidades das nossas instituições, dotando-as de meios essenciais para enfrentar os desafios relacionados à conservação das nossas zonas costeiras e a adaptação às mudanças climáticas”, frisou.

Viriato Cassamá disse que a Guiné-Bissau, um país costeiro por excelência, enfrenta riscos crescentes associados à elevação do nível do mar, à erosão costeira e à degradação dos ecossistemas costeiros.

O governante afirmou que estes fenómenos não apenas ameaçam os  ecossistemas e a biodiversidade mas também afetam as comunidades que dependem diretamente dos recursos costeiros para a sua subsistência e bem-estar.

Acrescentou que o projeto WACA surge como uma resposta estratégica e integrada aos  desafios que o setor enfrenta , e promove  ações concretas para reduzir a vulnerabilidade das zonas costeiras, por meio de proteção e restauração de ecossistemas chave e fortalecimento da resiliência das comunidades locais, criando alternativas sustentáveis de subsistência.

“Hoje com a entrega de viaturas e equipamentos informáticos, estamos a reforçar a capacidade técnica e operacional das instituições que desempenham um papel fundamental na implementação das ações do projeto”, disse.

O ministro do Ambiente, Biodiversidade e Ação Climática acrescentou que estão a melhorar a mobilidade e o alcance nas áreas costeiras, facilitando a monitorização e o acompanhamento das intervenções no campo. ANG/ÂC//SG


Desporto
/Sporting CGB assume liderança da nova temporada da Guinés-Liga ao derrotar por 3-0 a sua congénere de São Domingos

Bissau, 10 Dez 24 (ANG) – O Sporting Clube da Guiné-Bissau (SCGB), recebeu e derrotou em casa por 3-0, no último fim-de-semana, a sua congénere de São Domingos, e com essa vitória, lidera provisoriamente o arranque de época 2024/25, com dois golos de vantagem, sobre o seu rival da capital, o Sport Bissau e Benfica.

As restantes partidas, produziram os seguintes resultados: Sport Bissau Benfica-1/Flamengo de Pefine-0, FC.Cumura-2/Hafia de Bafatá-1, FC.Pelundo-1/União Desportiva Internacional de Bissau (UDIB)-2, Portos de Bissau-1/CDR. Gabú-0, Os Balantas de Mansoa-0/FC.Cuntum-0.

O encontro entre FC.Canchungo e Nuno Tristão de Bula,  assim como dos Arados de Nhacra/FC.Sonaco, foram adiados, devido as   más condições  do  estádio indicado para a realização da partida, e ainda devido a  falta de licença atribuído aos seus jogadores     .

Eis a tabela classificativa da 1ª jornada de presente época desportiva 2024/25:

1º - Sporting lube da Guié-Bissau-03 pts

2º - UDIB-03 pts

3º- Cumura- 03 pts

4º -Sport Bissau Benfica-03 pts

5º -Portos de Bissau-03 pts

6º -Os Balantas de Mansoa-01 pts

7º -FC.Cuntum-01pts

8º -FC Canchungo.0 pts (-1jogo)

9º -NT.Bula-0 pts (-1jogo)

10º -Arados de Nhacra-0 pts (-1jogo)

11º -FC.Sonaco-0pts (-1jogo)

12º -São Domingos-0 pts

13º -Hafia de Bafata-0 pts

14º - CDR.Gabú-0 pts

15º -FC.Pelundo-0 pts

16º -Flamengo de Pefine-0 pts

Para a 2ª jornada, estão previstos os seguintes encontros: Portos de Bissau/FC.Canchungo, Flamengo de Pefine/Os Balantas de Mansoa, FC.Sonaco/SportingC.Guiné-Bissau, São Domingos/FC.Cumura, Bula/SB.Benfica, CDR.Gabú/Hafia FC Bafatá, FC. Cuntum/FC.Pelundo, UDIB/Arados de Nhacra.ANG/LLA/ÂC//SG


    Regiões/Administração de Catió convida setor privado para investir no setor

Catió, 10 Dez 24 (ANG) – O inspetor sectorial de Educação de Catió convida a entidades privadas a investirem no setor para a criação de melhores condições de vida  e laboral naquela localidade.

“A administração  de Catio está disponível para abraçar  iniciativas privadas nomeadamente abertura das escolas privadas, tendo em conta que o Estado não pode responder à todas as demandas das comunidades”, disse Fernando Mamadú Alfa Djau. .

Mamadú Alfa Daju falava no último fim de semana, em representação do administrador do sector de Catio na cerimónia de entrega de diplomas para a primeira geração de finalistas do Centro de Formação Superior de Educação de Infância denominado de “Polo-Catió”.

Disse que qualquer iniciativa privada que vai ajudar no desenvolvimento local será bem-vinda, desde que esteja em conformidade com as regras estabelecidas.

Este responsável apelou aos pais e encarregados de educação dos formados a continuarem a investir na formação  dos seus educandos.

Para o Diretor Executivo do referido Centro de Formação,  os estudantes fizeram a história ao passaram por etapas até chegarem a meta, sendo a primeira geração  de finalistas do Polo-Catió.

Mário Gomes Fernandes lembrou aos formandos que esta é a primeira etapa, porque  vão ter que colocar na prática o que aprenderam, parafraseando Nelson Mandela que dissera .”A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo”,.

No total foram 75  novos profissionais da educação prontos a ingressar no mercado  de trabalho.ANG/JQ/MSC/ÂC//SG