terça-feira, 31 de outubro de 2017

Comunicação Social



   Emissões da RDP e RTP na Guiné-Bissau vão retomar-se à 8 de novembro

Bissau,31 Out 17(ANG) – As emissões da RDP e da RTP-África na Guiné-Bissau vão ser retomadas a 8 de Novembro do ano em curso, anunciaram hoje os ministros da tutela guineense e português, após terem assinado um acordo político nesse sentido.
A decisão foi anunciada pelo ministro da Cultura português, António Castro Mendes e pelo ministro da Comunicação Social guineense Victor Pereira apos uma reunião realizada hoje em Lisboa.
Em declarações à imprensa no final, os dois ministros indicaram que foi criada uma comissão luso guineense que vai definir agora os passos a dar para todos os aspectos ligados a renovação do acordo nessa área entre os dois países .
As autoridades guineenses anunciaram a 30 de junho último a suspensão das emissões da rádio e televisão públicas portuguesas exigindo uma renegociação com o governo português do acordo na área da comunicação social entre os dois países. ANG/Lusa

Ensino público



           Sindicatos do sector ameaçam com paralisação de quinze dias

Bissau,31 Out 17 (ANG) - Os dois sindicatos do sector do ensino ameaçam avançar com uma greve de quinze dias úteis, com inicio no dia  6  de Novembro, para exigir do governo o cumprimento do Memorando de Entendimento assinado há quatro meses. 
 
Segundo o Pré-Aviso de greve do SINDEPRORF e SINAPROF, à que a ANG teve acesso, os sindicatos exigem ao governo a resolução de vários problemas, dentre os quais, a conclusão do processo de validação e aplicação efectiva do Estatuto de Carreira do Docente e a conclusão do processo de efectivação e reclassificação doa professores em curso.

Os sindicatos exigem ainda a conclusão do pagamento dos salários aos professores contratados referentes ao ano lectivo 2016/17, nas regiões de Oio, Quinara e no sector Autónomo de Bissau, e dos retroactivos aos docentes que saíram nos diferentes centros de formação.

No mesmo documento, os dois sindicatos acusam o executivo de falta de vontade no cumprimento de 17 pontos do memorando rubricado em Junho que na altura permitiu o levantamento da greve.

Apesar de o governo ter feito a  abertura do novo ano lectivo há duas semanas, as portas das escolas públicas continuam fechados sem presença de alunos e muito menos dos professores.

Instada a pronunciar sobre a situação, a Secretária de Estado do Ensino Básico e Profissional, Iracema de Rosário disse que a instituição que dirige desconhece os motivos de não início das aulas até ao momento.

Iracema de Rosário afirmou que existem condições para o funcionamento das aulas, porque não receberam nenhum Pré-Aviso de greve, por isso disse que não sabe o motivo de não arranque das aulas.

Segundo a Rádio Jovem, a Secretária de Estado do Ensino Básico e Profissional falava esta segunda-feira durante o acto de recepção de viaturas, motorizadas e equipamentos informáticos oferecidos ao Ministério da Educação pelo Programa Alimentar Mundial PAM. ANG/LPG/ÂC/SG

Cultura



          O projecto “Cultura i no balur “é lançado quarta-feira em Bissau

Bissau, 31 Out 17 (ANG) -  O projecto “Cultura i no balur”(cultura é o nosso valor) , uma estratégia de Educação para a Cultura da Guiné-Bissau vai ser lançado amanhã, quarta-feira, no Centro Cultural Português, em Bissau.

Segundo um comunicado da União Europeia, entidade financiadora do projecto com duração de quatro anos, a iniciativa visa contribuir para a promoção inclusiva  e sustentável do património cultural guineense , para facilitar o acesso da população guineense à bens e serviços culturais.

Na cerimónia de abertura, a professora Guilhermina Miranda, do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa falará sobre “O Valor de Educar”, e apresentará o curso de pós-graduação de especialização em Educação Intercultural . ANG/SG

Consumo



         Acobes denuncia venda de produtos fora do prazo de validade

Bissau,31 Out 17(ANG) - A Associação de Defesa do Consumidor (Acobes) garante que existem produtos fora do prazo (ou sem indicações de prazo de validade) a serem comercializados no mercado guineense, sobretudo na capital Bissau.

Bambo Sanhá, secretário-geral da Acobes, pediu, por isso, a intervenção urgente do governo sob pena de a situação «ganhar graves contornos ao nível dos prejuízos da saúde pública».

Em declarações ao site RFI, o responsável deu como exemplos a venda de farinha de trigo e manteiga, produtos que assegurou estarem a ser vendidos «fora do prazo para consumo humano».

Segundo Bambo Sanhá, vários estabelecimentos comerciais em Bissau estão a receber de volta alguns dos produtos que venderam.

Fonte do ministério da Saúde Pública, assegurou à RFI a existência de relatos de produtos fora do prazo «que estão à venda».

Segundo a mesma fonte, em caso de apreensão desses produtos, «o Ministério da Saúde Pública aconselhará imediatamente a sua incineração para evitar que sejam novamente apropriados pela população, caso fossem deitados ao lixo».
ANG/Lusa

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Política



Líder da UPG diz que o Acordo de Conacri não aponta soluções claras para a saída da crise

Bissau,30 Out 17(ANG) – O líder do partido União Patriótica Guineense(UPG), afirmou que o Acordo de Conacri não aponta soluções muito claras para a saída da actual crise política que assola o país.
 
Fernando Vaz em declarações exclusivas à ANG, disse contudo que a primeira solução que devia contar, bastante clara e inequívoca, era a nomeação de um primeiro-ministro de consenso.

“Falou-se em três nomes e o próprio Acordo não traz qual dos três foi escolhido pelos signatários. Daí ter gerado logo a chegada à Bissau várias interpretações dos subscritores. O que não abonou em nada que o Acordo de Conacri fosse um instrumento credível e que pudesse possibilitar a solução da crise”, explicou.

Fernando Vaz disse que o Acordo de Conacri falhou ao não indicar de forma clara um nome entre os três escolhidos para as funções de primeiro-ministro.

“Se não o faz, deixa em aberto aquilo que era essencial da crise ou seja escolha de um primeiro-ministro aceite pelas partes. Pelo menos isso não está plasmado no referido Acordo”, sublinhou.

Segundo o líder da UPG, o que ouviram dos subscritores do Acordo de Conacri são as trocas de mimos de quem de facto foi escolhido para ser o chefe do executivo, situação que até hoje não ficou esclarecida.

“Por isso, a nossa posição é que o Acordo de Conacri não constitui um instrumento capaz de resolver a crise”, salientou.

O Presidente da UPG frisou que é do conhecimento de todos que o Acordo de Conacri tem dez pontos e um dos quais fala do regresso incondicional dos 15 deputados expulsos do PAIGC.

“O próprio Acordo foi contraditório neste capítulo porque diz regresso incondicional dos 15 deputados expulsos do PAIGC observando os estatutos do partido. Se o regresso é incondicional e logo a seguir diz respeitando os estatutos. Como é incondicional. Assim é complicado”, considerou.

Fernando Vaz sublinhou que a saída da actual crise deverá ser encontrada pelos representantes do povo na Assembleia Nacional Popular.

“Portanto que se abra a Assembleia Nacional Popular para que a maioria dos deputados que representam o povo guineense  pronuncie qual é o caminho que quer para o país”, disse, referindo-se que é assim que se funciona nos países democráticos.

Vaz afirmou que um órgão da soberania como ANP não pode fazer greve, salientando que aquilo que estamos a assistir é uma greve de zelo de um órgão da soberania.

“Se existir interpretações dúbias e que não são coincidentes sobre  determinada matéria, a plenária da ANP é quem deve decidir sobre a matéria não são as partes. Portanto que se convoca a ANP para que se pronuncie maioritariamente”, revelou.

O político sublinhou que não é uma Comissão Permanente que vai decidir pela plenária da ANP ou seja um universo de 102 deputados que representa todo o povo. ANG/ÂC/SG

Religião


“Os vícios passaram a ocupar lugar de valores morais na sociedade guineense”, diz Vice-Pároco da Igreja de Santa Luzia

Bissau, 30 Out 17 (ANG) - O Vice-Paroco da igreja de Santa Luzia afirmou esta segunda-feira  que os vícios dos homens passaram a ocupar o lugar dos valores morais na sociedade guineense e que estes estão a desaparecer cada vez mais. 
Vista da Sê Catedral de Bissau

Citado pela  Rádio Sol Mansi , o Padre Francisco Fernandes falava num encontro com os jovens e adolescentes académicos da referida paróquia destinado a reflexão sobre a situação dos valores morais no país.

“O objectivo deste encontro consiste igualmente em propostar as soluções para recuperar valores morais e social que estão a desaparecer no país”, informou.

Para o padre Francelino Nhaga, o valor significa honestidade, amor e respeito pela vida.
Nhaga sublinhou que o mesmo significa fazer bem e ter a consciência de aconselhar os outros a seguirem um bom caminho.

Por sua vez, o coordenador da Universidade Aberta, Inácio Badinca disse que criaram a referida instituição do ensino aberta na perspectiva de promover um espaço de reflexão e de debates entres os jovens académicos religiosos de forma a encontrarem solução para melhorar a situação do país no que toca com a situação dos valores morais.

“Iniciamos essa sessão com a igreja católica e o próximo será com os muçulmanos e vamos fechar o ciclo com a comunidade evangélica”, disse aquele responsável. ANG/AALS/ÂC/SG

Caso RDP/RTP África


   Ministro da Comunicação Social guineense em Lisboa para ultrapassar situação

Bissau,30 Out 17(ANG) - O ministro da Comunicação Social , Vítor Pereira, reúne-se esta segunda-feira em Lisboa com o homólogo português para ultrapassar a situação que levou ao corte das emissões da RTP em território guineense.

«Recebi um convite com muito agrado. Desta feita creio que estão já reunidas as condições para conversamos de forma franca, aberta, fraternal, que é o que preside as boas relações existentes entre Portugal e a Guiné-Bissau», afirmou à Lusa o ministro guineense.

Segundo Vítor Pereira, o encontro vai realizar-se no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, com o ministro da Cultura, Luís Castro Mendes, e a reunião servirá para «passar em revista toda a situação».

«Da nossa parte gostaríamos de ver fechado este dossiê com a assinatura de um acordo de princípio», salientou o ministro.

Questionado se a assinatura do acordo de princípio significa o fim da suspensão das atividades da RTP na Guiné-Bissau, o ministro disse acreditar que «depois da assinatura do acordo de princípio estarão reunidas as condições para reabertura do sinal no território nacional».

O governo guineense desligou os emissores da RTP África e RDP África no país e proibiu os jornalistas de enviarem peças desde 1 de julho, alegando caducidade do acordo com a parte portuguesa, questões técnicas, de cooperação e por discordar de conteúdos transmitidos. ANG/Lusa

Política


Partido Democrático para o Desenvolvimento pede demissão do ministro da Energia e Industria

Bissau,30 Out 17 (ANG) - O Partido Democrático para o Desenvolvimento (PDD) pediu recentemente a demissão do ministro da Energia e Indústria Florentino Mendes Pereira,alegando a falta de fornecimento regular da corrente elétrica e da água em Bissau.
 
Em comunicado à imprensa à que a ANG teve hoje acesso,produzido após uma reunião da Comissão Política Nacional desta formação política, o PDD sustenta que o ministro não despõe de competências para dirigir o sector.

No referido comunicado o PDD criticou que as salas de aulas continuam encerradas não obstante o ministro da educação ter já feito a abertura do presente ano lectivo.

O PDD exortou igualmente aos ministros da Função Pública e das Finanças para imprimirem celeridade na gestão salarial, “porque a situação criada é insustentável e inaceitável para os funcionários público”.

Por outro lado, esta formação política exige ao Presidente da República, um esclarecimento ao Povo, sobre como o projeto público “Mon na lama” se transformou numa fundação privada de que o Chefe de Estado guineense é proprietário.

Justifica a sua exigência com a idoneidade e ética que se impõe aos titulares dos cargos públicos de prestarem esclarecimento ao povo sobre um determinado assunto de interesse geral.

O partido fez saber que lhe é reservado o direito de contestar judicialmente esta alteração, caso os esclarecimentos não forem convincentes e se denotarem, claramente, desvio de fundos públicos para interesses particulares.
ANG/LPG/SG

Desporto/futebol


Empresário Catió Baldé investe cinco milhões de euros em academia de futebol em Bissau

Bissau, 30 Out 17 (ANG) – O empresário Catió Baldé anunciou o investimento de cinco milhões de Euros na construção, no próximo ano, de uma academia de futebol e um centro de estágios com padrões internacionais.

«A Guiné-Bissau gerou em termos de lucros de futebol em Portugal mais de 50 milhões de euros. Este é um investimento que vai ter o seu retorno. O novo futebol hoje não compadece daquilo que era a cultura dos anos 60, 70 e 80», afirmou o empresário à Lusa.

A academia de futebol vai estar equipada com refeitório, dormitório, escola, piscinas, uma unidade hoteleira para o centro de estágio e dois campos de futebol, que se podem transformar em quatro campos de futebol de sete.

Tudo conforme as regras da Federação Internacional de Futebol (FIFA).

«Antes, os europeus vinham a África buscar jogadores altos, corpulentos, com força, mas hoje o futebol mudou e os grandes clubes da Europa querem jogadores com formação base», disse.

O objetivo, segundo o empresário, é o negócio, mas também `oferecer aos jovens as melhores condições de trabalho´.

«Quando saem daqui para a Europa saem preparadíssimos. Hoje, na Europa, querem jogadores inteligentes, porque hoje é preciso saber que um jogador é capaz de decidir um jogo numa fração de segundos», salientou.

Apaixonado pelo futebol, Catió Baldé assumiu que está no desporto pelo negócio, mas `acima de tudo porque acredita no talento dos jovens guineenses´.

«Dos PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa), a Guiné-Bissau é o país mais próximo do Brasil tecnicamente e eu acredito neste talento», salientou.

Com investimento já feito de cinco milhões de euros, porque todo o equipamento foi importado da Europa, Catió Baldé não tem dúvidas que a ´academia vai estar preparada para exportar jogadores para a Europa e para os grandes mercados internacionais´.

Baldé considera que a Guiné-Bissau podia ganhar anualmente milhões de euros se houvesse legislação que protegesse os jogadores guineenses
ANG/Lusa

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

CPLP




Ministros da Saúde decidem criar uma rede de bancos de leite

 Bissau, 27 Out 17 (ANG) -  Os ministros da Saúde e representantes dos Governos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) decidiram quinta-feira numa reunião em Brasília, criar uma rede de bancos de leite humano na comunidade.

"Considerando que os avanços alcançados nos países que implementaram Bancos de Leite Humano conferem legitimidade para propor a Rede da CPLP no âmbito dos compromissos dispostos na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável do setor da Saúde", informaram os membros da CPLP, numa resolução divulgada após o encontro.
Os ministros e representantes de Governo da CPLP destacaram "as experiências positivas da iniciativa de Bancos de Leite Humano nos países da CPLP, como Brasil, Cabo Verde e Portugal".

O plano prevê que todos os países da CPLP possam atuar de forma integrada na criação de um Banco de Leite que atenda às necessidades da população local.

O projeto é uma das ações promovidas no grupo para atingir as metas da agenda 2030, que defende o desenvolvimento sustentável, da Organização das Nações Unidas (ONU).
Numa outra declaração assinada no mesmo evento, os representantes da CPLP informaram que também decidiram "estabelecer o Grupo de Trabalho sobre Saúde, no Contexto da Agenda 2030, composto por representantes dos Estados-membros e especialistas na matéria".

O texto frisa que o grupo irá, num prazo de 120 dias, apresentar à consideração dos ministros uma proposta de cooperação técnica visando à implementação dos objetivos do desenvolvimento sustentável e a contribuição intersetorial da Saúde.

Outra decisão tomada no encontro diz respeito ao plano estratégico de cooperação em Saúde dentro da própria CPLP, que será revisto pela fundação Oswaldo Cruz e pelo Instituto de Higiene e Medicina Tropical, que, em colaboração com o Secretariado Executido da CPLP, será apresentado ao Grupo Técnico em Saúde no prazo de 90 dias.

Estiveram no encontro os ministros da Saúde do Brasil, Ricardo Barros, de Cabo Verde, Arlindo Nascimento do Rosário, de São Tomé e Princípe, Maria de Jesus Trovoada dos Santos, e o vice-ministro da Saúde de Angola, Valentim Altino Chantal Matias.

Portugal foi representando por Fernando José Ramos Lopes de Almeida, presidente do Conselho Diretivo do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA).

O diplomata Jorge Luis Mendes representou a Guiné-Bissau e os embaixadores Manoel Tomás Lubisse, de Moçambique, e Gregório de Sousa, do Timor-Leste, também participaram do encontro.

O Brasil ocupa a presidência rotativa da CPLP desde a XI cimeira, realizada em Brasília nos dias 31 de outubro e 01 de novembro de 2016, sob o tema "A CPLP e a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável".

O Brasil passará em 2018 a presidência da organização para Cabo Verde. 

ANG/Lusa