Ministro considera “uma obrigação” melhoria das condições
de trabalho dos professores
Bissau, 12 Out. 17
(ANG) – O ministro da Educação Nacional e do Ensino Superior disse hoje que é
uma obrigação de todos , a melhoria das condições de trabalho dos professores
guineenses, como elementos preponderantes na comunidade e agente activa no
desenvolvimento social.
Sandji Fati |
Sandji Fati
discursava no acto do fecho do ano lectivo 2016/17 e a abertura do novo ano
lectivo 2017/18, cujo o lema é “Juntos para um Sistema educativo Estável”,
disse que o acto é de muita importância, não só pelo Governo, mas para todos os
envolvidos no processo, nomeadamente os pais e encarregados de educação, os parceiros,
sindicatos e os próprios professores.
“Essa cerimónia vai
servir de reflexão sobre o que se fez no ano transacto e perspectivar o que vai
iniciar ou seja, fazer um modelo que seja capaz e eficiente para termos um
ensino de qualidade “,disse.
O governante
reconheceu o papel do professor como elemento preponderante na comunidade e
agente activa no desenvolvimento social, salientando que as melhorias das
condições dos docentes guineenses impõem-se, acrescentando que a melhoria de
condições dos docentes não é um favor por parte do executivo mas sim uma
obrigação.
O ministro da
Educação Nacional e do Ensino Superior disse que o actual Governo não tem actualmente nenhuma divida para com
os professores.
“Pelo contrário, o
nosso Governo está a pagar as dívidas atrasadas herdadas e no momento está-se a
discutir a avaliação dos Estatutos da Carreira Docente nas regiões”, explicou,
lembrando que o sistema de ensino enfrenta um conjunto de problemas ou seja o
Estado forma os professores e esses docentes são postos no sistema e quanto
efectivam simplesmente mudam para outros ministérios, o que não pode continuar.
Sandji Fati
questionou o porquê de não dar ao professor o salário igual aos funcionários de
outros ministérios para os assegurar no regime, fazendo o que mais gostam que é
dar aulas, e possibilitar a estabilização do sistema educativo guineense.
“Essa reflexão cabe à
nós todos sem excepção . Mas só será
possível encontramos soluções se o sistema estiver estável. Se isso acontecer
nos países como Ghana e Nigéria nós também temos de encontrar soluções para
estabilizar e dar um salário que faça com que o professor se mantenha a
leccionar “,disse.
Por seu turno, o
representante da Associação dos Pais e Encarregados de Educação, Duarte Nuno
Dabó pede ao governo para que, através do Ministério da Educação tenha um acordo duradouro e sólido com os
professores que garanta o cumprimento a 100 por cento do cumprimento dos dias
lectivos, estabelecido pelo calendário escolar.
Para Fernando Mendes,
em representação dos dois sindicatos do sector educativo, nomeadamente o
Sinaprof e e Sindeprof, o encerramento e abertura do ano lectivo são momentos
de exercício da cidadania activa e responsavelmente nobre, por isso devia ser
de reflexão e de análises profundas sobre as prestações nacionais no sector do
ensino.
“ E os sindicatos enquanto
parceiros do governo na implementação do sistema educativa estável, manterão
vigilantes em defesa de seus interesses, a nobre causa da luta para o bem da
estabilização não só do sistema do ensino, mas de toda a sociedade em geral,
porque uma sociedade livre e desenvolvida é aquela que é culta
cientificamente”, referiu.
Na cerimónia também
foi lançada a Campanha 6-6 que incentiva a entrada das crianças na escola com
seis anos e lá ficar até pelos menos concluir o sexto ano da escolaridade ,e
contou com as presenças dos técnicos do Ministério da Educação, parceiros casos
da UNICEF , Plan Internacional entre outros.
ANG/MSC/ÂC/SG
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