Presidente
da Câmara Municipal de Bissau pede mudança da fisionomia da capital
Bissau,11 Out 17(ANG) – O
Presidente da Câmara Municipal de Bissau disse hoje que os arquitectos
nacionais têm um papel preponderante na mudança da fiisionomia da capital
Bissau.
Baltasar Alves Cardoso que
falava no acto da assinatura de Convênio de cooperação com a Ordem de
Arquitectos da Guiné-Bissau, disse que doravante esta organização deve assumir
as suas responsabilidades no que tange a concepção de projectos no país.
“A Ordem de Arquitectos da
Guiné-Bissau deve assumir o seu papel de planificar todos os projectos que
serão executados no país. Mesmos os projectos doados pelos nossos parceiros
devem ser implementados mediante um parecer técnico desta organização”, considerou.
A título de exemplo da
desorganização de políticas de construção no país, o Presidente da Câmara
Municipal de Bissau referiu ao Prédio de Taywan em Bissau que foi mal planeado
e construído, e que actualmente está em avançado estado de degradação.
Disse que a situação é
notória ao longo da Avenida Combatentes da Liberdade da Pátria onde perfilam
muitos edifícios inacabados e construídos sem respeito à normas
arquitectónicas.
“Sou apenas o Presidente da
Câmara Municipal de Bissau e não me cabe fazer o desenho arquitectónico da
cidade para que os nossos hospedes fiquem encantados quando visitam Bissau.
Essa missão pertence-vos enquanto arquitectos”, vincou.
Baltasar Alves Cardoso
promete combater os “arquitectos aventureiros” que estão a proliferar as
construções inadequadas em Bissau, acrescentando que dispõe de informações de
que muitos estão dentro da Câmara Municipal de Bissau.
“Vocês na Ordem de
Arquitectos têm de identificar todos os associados como condição fundamental
para o fortalecimento da parceria com a CMB”. referiu.
Por sua vez, o Presidente da
Ordem de Arquitectos da Guiné-Bissau, Fernando Jorge Pereira Teixeira disse que,
há muito, que a produção dos habitats e edifícios, praças e ruas da capital
Bissau estão nas mãos de pessoas não qualificadas e de certos técnicos sem
capacidades para o efeito.
Disse que as obras são
entregues à pessoas que não valorizam a beleza e a estética e muito menos a arquitectura
urbanismo e que as vezes têm poder económico e político de impor as suas
decisões e regras acima das normas aprovadas mundialmente.
Afirmou que o acto de
assinatura do referido Convênio entrará
nos anais da história de que um dia outros pensaram esta cidade com amor e
sabedoria e tentaram dar o seu melhor para a sua reabilitação.
“As nossas assinaturas são
testemunhas mudas de que outros tiveram uma vontade comum de olhar a cidade
como cidadãos preocupados e perceberam que este presente inglório não pode
continuar. Quiseram preparar o futuro como deve ser, criando instrumentos e melhorias de
certos actos procedimentais de forma a retirar Bissau de desorganização urbanística
em que se encontra há mais de 40 anos”, frisou Fernando Jorge Pereira Teixeira.
O Convênio de cooperação
entre a Câmara Municipal de Bissau e a Ordem de Arquitectos da Guiné-Bissau
visa, entre outros, a criação de esforços comuns para tratar de questões de
interesse comum relacionados com a arquitectura, ordenamento do território,
edificação requalificação urbana e questões ambientais da capital Bissau. ANG/ÂC/SG
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