Deputados expulsos do PAIGC apelam ao diálogo com a direção do partido
Bissau,12 Out 17(ANG) - O grupo de deputados expulsos
do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) , denominado
grupo dos 15, apelou quarta-feira ao partido para o diálogo e para cumprir com
o Acordo de Conacri.
Em conferência de imprensa, realizada em Bissau, e em comunicado distribuído aos jornalistas, os deputados pediram à direção do partido para "acionar mecanismos e medidas concretas e imediatas conducentes à reconciliação no seio da família do PAICG (vencedor das legislativas de 2014 na Guiné-Bissau), privilegiando o diálogo franco e sincero como única via para a saída da presente crise".
No comunicado, os deputados, que foram expulsos do PAIGC, depois de terem chumbado no parlamento o programa de Governo de Carlos Correia, insistem que a direção do partido deve cumprir os acordos de Bissau e Conacri em ´relação à reintegração incondicional dos dirigentes ilegalmente expulsos ou sancionados, bem como cessar imediatamente´ o que consideram ser ´afastamentos sumários e exclusões ilegais´ no partido.
Os deputados dissidentes propõem também a criação de uma comissão paritária entre a direção do PAIGC e do grupo dos 15 para iniciarem um diálogo para a ´reintegração daqueles deputados e de todos os dirigentes, responsáveis e militantes do partido, penalizados por se terem associado ou simpatizado com a causa dos 15 deputados expulsos do partido´.
No comunicado, os deputados dissidentes informam também a ´opinião nacional e internacional´ que o grupo dos 15 ´nunca reconheceu as sanções instrumentalizadas e ilegais impostas pelo Conselho Nacional de Jurisdição do PAIGC´.
O grupo salienta também que as sanções visaram correr com os ´adversários internos´ e ´implantar uma autocracia no seio do partido´ com vista ao reforço dos poderes do presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira.
No documento, os deputados dissidentes denunciam que Domingos Simões Pereira tem ´inviabilizado inúmeras tentativas de mediação, de facilitação, tanto no país, como no exterior, ou de diálogo aberto e franco entre as partes desavindas do partido, radicalizando-se profundamente em posições assumidas como categoricamente irreversíveis´.
O grupo voltou a sublinhar que continua aberto ao diálogo para uma ´verdadeira reconciliação´.
O grupo dos 15, coordenado por Braima Camará, que ficou em segundo lugar na corrida à liderança do partido, que foi ganha por Domingos Simões Pereira, entrou em rutura com a direção do PAIGC, tendo-se juntado ao PRS no parlamento para chumbar o programa de Governo do então primeiro-ministro, Carlos Correia.
O grupo dos 15 é um dos signatários do Acordo de Conacri, patrocinado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e que prevê a formação de um Governo consensual integrado por todos os partidos representados no parlamento e a nomeação de um primeiro-ministro de consenso e da confiança do chefe de Estado, bem como a reintegração daqueles elementos no PAIGC, de acordo com os estatutos do partido, entre outros pontos. ANG/Lusa
Em conferência de imprensa, realizada em Bissau, e em comunicado distribuído aos jornalistas, os deputados pediram à direção do partido para "acionar mecanismos e medidas concretas e imediatas conducentes à reconciliação no seio da família do PAICG (vencedor das legislativas de 2014 na Guiné-Bissau), privilegiando o diálogo franco e sincero como única via para a saída da presente crise".
No comunicado, os deputados, que foram expulsos do PAIGC, depois de terem chumbado no parlamento o programa de Governo de Carlos Correia, insistem que a direção do partido deve cumprir os acordos de Bissau e Conacri em ´relação à reintegração incondicional dos dirigentes ilegalmente expulsos ou sancionados, bem como cessar imediatamente´ o que consideram ser ´afastamentos sumários e exclusões ilegais´ no partido.
Os deputados dissidentes propõem também a criação de uma comissão paritária entre a direção do PAIGC e do grupo dos 15 para iniciarem um diálogo para a ´reintegração daqueles deputados e de todos os dirigentes, responsáveis e militantes do partido, penalizados por se terem associado ou simpatizado com a causa dos 15 deputados expulsos do partido´.
No comunicado, os deputados dissidentes informam também a ´opinião nacional e internacional´ que o grupo dos 15 ´nunca reconheceu as sanções instrumentalizadas e ilegais impostas pelo Conselho Nacional de Jurisdição do PAIGC´.
O grupo salienta também que as sanções visaram correr com os ´adversários internos´ e ´implantar uma autocracia no seio do partido´ com vista ao reforço dos poderes do presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira.
No documento, os deputados dissidentes denunciam que Domingos Simões Pereira tem ´inviabilizado inúmeras tentativas de mediação, de facilitação, tanto no país, como no exterior, ou de diálogo aberto e franco entre as partes desavindas do partido, radicalizando-se profundamente em posições assumidas como categoricamente irreversíveis´.
O grupo voltou a sublinhar que continua aberto ao diálogo para uma ´verdadeira reconciliação´.
O grupo dos 15, coordenado por Braima Camará, que ficou em segundo lugar na corrida à liderança do partido, que foi ganha por Domingos Simões Pereira, entrou em rutura com a direção do PAIGC, tendo-se juntado ao PRS no parlamento para chumbar o programa de Governo do então primeiro-ministro, Carlos Correia.
O grupo dos 15 é um dos signatários do Acordo de Conacri, patrocinado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e que prevê a formação de um Governo consensual integrado por todos os partidos representados no parlamento e a nomeação de um primeiro-ministro de consenso e da confiança do chefe de Estado, bem como a reintegração daqueles elementos no PAIGC, de acordo com os estatutos do partido, entre outros pontos. ANG/Lusa
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