PM visitou Guiné-Conacri para “voltar a aquecer
relações” com Presidente Condé
Bissau, 13 Out 17 (ANG) - O primeiro-ministro
afirmou quinta-feira que "voltou a aquecer as relações" com o
Presidente da Guiné-Conacri, Alpha Condé, com quem se desentendeu sobre a
solução para o impasse político que vive a Guiné-Bissau.
Segundo a agência
Lusa, Umaro Sissoco Embalo, de etnia fula, acusou Alpha Condé, de etnia
mandinga, de não gostar dele por causa da sua etnia, tendo acusado o Presidente
da Guiné-Conacri de parcialidade na mediação da crise na Guiné-Bissau.
O Presidente da
Guiné-Conacri foi nomeado pela Comunidade Económica dos Estados da África
Ocidental (CEDEAO) mediador para ajudar a ultrapassar o impasse político
guineense.
O
primeiro-ministro guineense considerou que a mediação de Alpha Condé estava a
ser parcial e chegou a admitir a possibilidade de solicitar a sua substituição.
"Como sabem,
tínhamos umas relações frias com o Presidente Alpha Condé, mas hoje voltamos a
aquecer as nossas relações", afirmou o primeiro-ministro em Bissau, depois
de uma visita de algumas horas a Conacri.
Em declarações aos
jornalistas no aeroporto de Bissau, Umaro Embaló afirmou que ficou tudo
esclarecido com Alpha Condé.
"A
Guiné-Bissau é um Estado como qualquer outro Estado", defendeu Embalo,
pedindo os guineenses para encontrarem as soluções para os problemas do país
"sem arrogância".
Quanto à
legitimidade do seu Governo, contestada por vários partidos, o
primeiro-ministro considerou que apenas o tribunal poderá determinar uma
posição definitiva sobre o assunto ou então o Parlamento.
O atual Governo da
Guiné-Bissau não tem o apoio do partido que ganhou as eleições com maioria
absoluta e o impasse político tem levado vários países e instituições
internacionais a apelarem a um consenso para a aplicação do Acordo de Conacri.
O Acordo de
Conacri, patrocinado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental
(CEDEAO), prevê a formação de um governo consensual integrado por todos os
partidos representados no parlamento e a nomeação de um primeiro-ministro de
consenso e da confiança do chefe de Estado, entre outros pontos. ANG/Lusa
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