sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Política



  PM visitou Guiné-Conacri para “voltar a aquecer relações” com Presidente Condé

Bissau, 13 Out 17 (ANG) - O primeiro-ministro afirmou quinta-feira que "voltou a aquecer as relações" com o Presidente da Guiné-Conacri, Alpha Condé, com quem se desentendeu sobre a solução para o impasse político que vive a Guiné-Bissau.

Segundo a agência Lusa, Umaro Sissoco Embalo, de etnia fula, acusou Alpha Condé, de etnia mandinga, de não gostar dele por causa da sua etnia, tendo acusado o Presidente da Guiné-Conacri de parcialidade na mediação da crise na Guiné-Bissau.

O Presidente da Guiné-Conacri foi nomeado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) mediador para ajudar a ultrapassar o impasse político guineense.

O primeiro-ministro guineense considerou que a mediação de Alpha Condé estava a ser parcial e chegou a admitir a possibilidade de solicitar a sua substituição. 

"Como sabem, tínhamos umas relações frias com o Presidente Alpha Condé, mas hoje voltamos a aquecer as nossas relações", afirmou o primeiro-ministro em Bissau, depois de uma visita de algumas horas a Conacri.

Em declarações aos jornalistas no aeroporto de Bissau, Umaro Embaló afirmou que ficou tudo esclarecido com Alpha Condé.

"A Guiné-Bissau é um Estado como qualquer outro Estado", defendeu Embalo, pedindo os guineenses para encontrarem as soluções para os problemas do país "sem arrogância".

Quanto à legitimidade do seu Governo, contestada por vários partidos, o primeiro-ministro considerou que apenas o tribunal poderá determinar uma posição definitiva sobre o assunto ou então o Parlamento.

O atual Governo da Guiné-Bissau não tem o apoio do partido que ganhou as eleições com maioria absoluta e o impasse político tem levado vários países e instituições internacionais a apelarem a um consenso para a aplicação do Acordo de Conacri.

O Acordo de Conacri, patrocinado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), prevê a formação de um governo consensual integrado por todos os partidos representados no parlamento e a nomeação de um primeiro-ministro de consenso e da confiança do chefe de Estado, entre outros pontos. ANG/Lusa

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