Governo
diz que aumento de consumidores está na origem de cortes e apagões registados
em Bissau
Bissau, 23 Oct 17 (ANG)
– O governo através do ministro de Turismo, tornou público no último
fim-de-semana que o aumento de número de consumidores de luz eléctrica na
capital Bissau, está por detrás das cortes e apagões registados nos últimos
tempos.
Em conferência de
imprensa, Fernando Vaz destacou que a actual central eléctrica não tem
capacidade para responder ao grande aumento de procura, facto que origina
falhas no fornecimento de luz e água à capital.
O ministro de Turismo
acrescentou, por outro lado, que outra razão tem a ver com a quebra de receitas
do Estado, porque trata-se de um período de fraca movimentação fiscal.
Aquele governante disse
que o executivo já está a accionar mecanismos para contornar a situação que tem deixado osconsumidores.
Entretanto, o
governante aproveitou a ocasião para pronunciar sobre os recentes acontecimentos
registados na sede de Partido Africano da Independência da Guiné-Bissau e
Cabo-verde (PAIGC), os quais disse tratar-se de um acto isolado e que não tem nada a ver
com o Presidente da República e muito menos com o grupo dos 15 deputados
expulsos do partido.
Acrescenta que o governo está a envidar esforços para
apurar a veracidade dos factos para, posteriormente, responsabilizar os
presumíveis autores desse ato.
“Em nenhum momento, o
executivo liderado pelo Umaro Sissoco Embalo compactua com actos do gênero. Por
isso, entendeu ser um assunto interno no PAIGC e que deve ser resolvido no
partido”, disse o governante.
Relativamente a polémica
entre a Câmara Municipal de Bissau (CMB) e feirantes de Mercado de Bandim,
Fernando Vaz garantiu que tudo será resolvido sem que as partes beligerantes
voltem a entrar em conflitos, acrescentando que o assunto está a ser analisado no sentido
de pôr fim ao desentendimento vigente entre as duas partes.
Em reacção as
declarações do ex-Presidente da República de Cabo-Verde, Pedro Pires, o
ministro de Turismo da Guiné-Bissau disse que este foi muito contraditório com
as suas próprias palavras porque, antes disse que desde que saiu de poder não
tem acompanhado a evolução da situação política na Guiné-Bissau e, ao mesmo
tempo, vem dizer que a Constituição da República está a ser interpretada de forma
pessoal, o que tem provocado a crise prolongada no país.
Para este responsável,
José Mário Vaz nunca foi ditador, não entrou na política dos regimes
ditatoriais e nunca fez parte de um partido ditador, salientando que o
Presidente da República sempre foi um homem de paz, que zela pela promoção de
unidade nacional.
“Desde que José Mário
Vaz assumiu o poder, na Guiné-Bissau não foi registado nenhum caso de
assassinato político, de perseguição e, muito menos, de violação de direitos
humanos”, sublinhou.
No entender deste
político, Pedro Pires não tem nada contra o chefe de Estado, porque é ele que
desconhece a Constituição da República da Guiné-Bissau. ANG/LLA/ÂC/SG
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