Marinha portuguesa vai fazer nova carta de navegação do porto de Bissau
Bissau, 18 Out 17 (ANG) - A Marinha portuguesa vai fazer um
levantamento hidrográfico da bacia de Bissau no rio Geba, para fazer uma nova
carta de navegação que permita aos navios decidirem um percurso mais seguro
para chegar ao porto da capital guineense.
O levantamento hidrográfico vai decorrer no âmbito
da missão "Mar Aberto" e que trouxe à capital guineense o navio D.
Carlos I, especialmente construído e equipado para a execução de trabalhos
hidrográficos ou oceanográficos.
"Aqui especificamente vai fazer-se o
levantamento hidrográfico da bacia de Bissau e entendemos que será muito bom
para as autoridades guineenses até como um estímulo para as atividades
portuárias do porto de Bissau", afirmou à agência Lusa o comandante do
navio, o capitão-de-fragata Palmeira Ribeiro.
Depois do levantamento hidrográfico da bacia de
Bissau será possível fazer uma nova carta de navegação, disse o
capitão-de-fragata, recordando que a última foi feita há 50 anos.
"A carta de navegação permite dar segurança à
navegação para praticar o porto. O último levantamento feito na Guiné-Bissau e
no rio Geba foi feito em 1967 e com este intervalo de tempo a probabilidade de
terem ocorrido assoreamentos é muito grande, o que significa que não havendo
informação atualizado e vindo um navio que não saiba que fundos é que tem para
entrar corre o risco de encalhar", explicou.
O levantamento hidrográfico vai também permitir
identificar carcaças de navios naufragados, bem como outros objetos que
acabaram no rio, incluindo contentores do porto de Bissau, e precisar a sua
localização.
O D. Carlos I, de origem norte-americana, dispõe de
áreas laboratoriais para pesquisar parâmetros biológicos, físicos e químicos,
entre outras capacidades, e executa missões científicas de apoio às operações
militares e à comunidade científica, em águas nacionais e internacionais.
O navio vai permanecer na Guiné-Bissau até 27 de
outubro.
A bordo do navio seguem 50 militares, incluindo uma
guarnição de 37 militares, uma equipa da Brigada Hidrográfica, uma equipa de
fuzileiros do pelotão de abordagem, uma equipa de mergulhadores e um médico
naval.
A missão enquadra-se no âmbito da cooperação
técnico-militar e de ações de apoio à diplomacia, em particular com os países
da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
O navio vai realizar também missões em Cabo Verde,
Senegal, Mauritânia e Marrocos. ANG/Lusa
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