Brasil/Bolsonaro declara estar pronto para “servir
e colaborar” com o Presidente Sissoco
Bissau,
25 Ago 21 (ANG) - O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, declarou estar
pronto a "servir" e "colaborar" com
o seu homólogo Umaro Sissoco Embaló, depois de um encontro em que os dois
estadistas falaram sobre a saúde, agricultura e defesa.
O chefe de Estado guineense efectua visita oficial de quatro dias ao Brasil.
"Temos
a felicidade de receber o Presidente da Guiné-Bissau. O seu país é porta de
entrada para a África Ocidental. Já firmei o compromisso com ele de visitarmos
o seu país na primeira oportunidade. Temos laços bastante antigos de amizade e
cooperação entre os nossos países", disse Bolsonaro, em
Brasília, ao lado de Embaló.
Sobre a breve reunião que
teve com o mandatário guineense, Bolsonaro afirmou que conversou
"rapidamente sobre algumas questões, como agricultura, saúde e
defesa" e disse ao seu homólogo que "está pronto para servi-lo".
"Considero
o país irmão e temos muito a colaborar com a Guiné-Bissau e eles também, em
relação à segurança do Atlântico sul. (...) A gente torce e vamos colaborar
para que tenha também uma participação do Brasil, com soluções para o seu país.
Estou muito honrado com a sua presença", disse Bolsonaro,
dirigindo-se a Embaló, a quem chamou de "irmão".
Já Umaro Sissoco Embaló
declarou aos jornalistas que o Brasil "nunca virou as costas" ao país africano,
apesar das "crises cíclicas" que
atingem a Guiné-Bissau.
"Estou
no Brasil a convite do meu amigo Presidente Bolsonaro. O Brasil foi um dos
primeiros países a reconhecer a independência da Guiné-Bissau, proclamada em
1974, e desde essa data que o Brasil nunca deixou de nos apoiar e assistir
(...) Quero dizer ao Presidente Bolsonaro que os laços que os nossos países têm
são muito fortes", começou por dizer Embaló.
"Temos
passado por crises cíclicas e o Brasil nunca virou as costas ao povo irmão da
Guiné-Bissau e isso é uma grande satisfação. O futuro da cooperação entre a
Guiné-Bissau e o Brasil promete uma maior diversificação e um maior
aprofundamento das relações entre os povos", acrescentou.
O chefe de Estado argumentou
ainda que o país sul-americano "tem tudo o que a Guiné-Bissau precisa
neste momento", tendo referido a modernização da
agricultura e da saúde, a título de exemplo.
"O
Brasil tem uma tecnologia muito importante, que é capaz de apoiar a
Guiné-Bissau na formação pessoal, para podermos desenvolver o nosso país. Também
ajudar a Guiné-Bissau na transformação e na intensificação das nossas relações
económicas e empresarias com o Brasil. Trata-se de uma agenda extensa, mas
realista", admitiu o chefe de Estado guineense.
Umaro Sissoco Embaló
aproveitou para reforçar publicamente o convite para que Bolsonaro visite o seu
país "em setembro ou outubro, o mais tarde", para poderem
"fortificar as relações".
"Aproveito
também para dar orientação à nossa ministra de Estado e dos Negócios
Estrangeiros, para ver como é que nós podemos fazer uma comissão mista, em
termos ministeriais de diferentes áreas, para aprofundarmos as nossas
relações", concluiu o general e Presidente da
Guiné-Bissau.
Embaló iniciou hoje uma
visita oficial de quatro dias ao Brasil, com passagens por São Paulo e Rio de
Janeiro, além da capital, Brasília, onde seguirá para um almoço fechado à
imprensa, oferecido por Bolsonaro.
Na tarde de hoje, a previsão
é que o Presidente da Guiné-Bissau visite ainda o Congresso Nacional.
Já na quarta-feira, os dois
Presidentes deverão participar numa cerimónia alusiva ao Dia do Soldado, data
que celebra a atividade exercida pelos soldados do Exército brasileiro.
Umaro Sissoco Embaló, que
partilha com o mandatário brasileiro um passado militar, terminará a sua visita
de quase uma semana com viagens a São Paulo e ao Rio de Janeiro.
"Na
capital paulista, deverá visitar o Museu da Língua Portuguesa e
entrevistar-se-á com o governador do estado. No Rio de Janeiro, visitará o
Comando de Operações Navais da Marinha do Brasil",
indicou o Ministério das Relações Exteriores em comunicado.ANG/Lusa
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