Nigéria/Pelo
menos 40 pessoas mortas em ataque de grupo armado
Bissau,26 Ago 21(ANG) – Pelo menos 40 pessoas foram mortas na terça-feira à noite num ataque de um grupo armado não identificado no centro da Nigéria, disse hoje o líder de uma associação comunitária.
O
ataque ocorreu em Yelwa Zangam, no estado do Plateau, ao final de terça-feira,
quando um grande número de homens armados (localmente apelidados de
pistoleiros) invadiu a comunidade, atacou aldeões e ateou fogo a várias casas.
“Posso
confirmar que mais de 40 pessoas foram mortas durante o ataque e muitas ficaram
feridas. Ainda estamos a procurar no mato para ver se há mais corpos”, disse o
vice-presidente do Movimento Juvenil Anaguta, Samson Maikanu, citado pela
agência Efe, por telefone, acrescentando que os feridos estão a ser tratados no
hospital.
Num
comunicado, o governador do Plateau, Simon Bako Lalong, confirmou o ataque, mas
não deu números de vítimas.
Lalong
atribuiu o ataque a “bandidos” especializados em raptos e disse que as forças
de segurança lançaram uma operação e que seis criminosos foram mortos e 10
suspeitos detidos.
O
Estado de Plateau tem sido, recentemente, palco de confrontos entre comunidades
indígenas e pastores Fulani, que são principalmente muçulmanos, por causa do
uso da terra.
Os
pistoleiros realizaram um ataque que durou três dias – entre 31 de Julho e 02
de Agosto – a aldeias nas zonas de Bassa e Riyon naquele estado, matando pelo
menos 45 pessoas e arrasando mais de 200 edifícios.
Malison
Davidson, porta-voz da Associação de Desenvolvimento de Irigiwe, essencialmente
cristã, atribuiu a culpa do ataque aos pastores fulani.
No
dia 14, pistoleiros mataram 22 viajantes muçulmanos, quando atacaram uma
caravana de autocarros em Jos, capital do Plateau.
A
polícia atribuiu a responsabilidade do ataque aos jovens de Irigiwe, mas
Davidson negou.
Os
confrontos interétnicos são comuns nesta região da Nigéria, especialmente entre
os fulani, que são muçulmanos e pastores, e os cristãos indígenas, que lutam
pelos escassos recursos naturais disponíveis. ANG/Inforpress/Lusa
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