Portugal/Investigação portuguesa descobre remédios para combater a Covid-19
Bissau, 31 Ago
21 (ANG) - Uma equipa de cientistas do Instituto de Tecnologia Química e Biológica
da Universidade Nova de Lisboa (ITQB NOVA) descobriu três fármacos que inibem a
multiplicação do SARS-CoV-2 em 60% a 70%.
A procura por uma terapia alternativa à
vacina que atenue e trate a infecção por SARS-CoV-2 surgiu de uma ideia da
cientista Margarida Saramago, que teve o apoio imediato de Cecília Arraiano,
líder do Laboratório do Controlo da Expressão Génica, e de Rute Matos,
especialista em ribonucleases.
Ao projecto, que começou há mais de um
ano, juntaram-se os colegas do ITQB NOVA Susana Domingues, Cátia Bárria, Sandra
Viegas e Vanessa Costa; os virologistas Miguel Fevereiro e Margarida Henriques
Mourão, do Laboratório Nacional de Referência de Saúde Animal do Instituto
Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV), e uma equipa do
Laboratório Modelação de Proteínas formada pelos cientistas Diana Lousa, Caio
Souza e Cláudio Soares, líder do grupo.
Depois dos testes laboratoriais em células
animais, agora é necessário concluir a fase de registo de patentes e publicar
os respectivos artigos científicos. Posteriormente, cabe à industria
farmacêutica avançar.
Graças à tenacidade e sentido de missão
dos investigadores envolvidos, e apesar do trabalho realizado não ter recebido
qualquer financiamento da Fundação de Ciência Tecnologia (FCT) no âmbito dos
concursos para o combate à COVID-19, a ciência feita em Portugal voltou a
mostrar resultados que podem ter repercussão a nível planetário.
E quando perguntamos se consideram que a
investigação está concluída, a resposta é "não". "Nós ainda não
estamos satisfeitos", "queremos criar um composto de raiz. Se nós
conseguirmos desenvolver um composto muito forte, acho que podemos ter um
potencial medicamento no futuro", afirma Rute Matos. E acrescenta, "o
trabalho de um cientista não pára!" .ANG/AFP
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