Cop26/G20 estabelece consenso sobre aquecimento global mas incógnita persiste
Bissau, 01 Nov
21 (ANG) - Os líderes do G20 encerraram
a cimeira de Roma sob pressão para chegaram a um consenso, no que
toca à redução de gases com efeito de estufa,uma das principais causas do
aquecimento climático.
Pressionados,de forma a chegarem a um
consenso sobre a implementação das metas definidas na Cop de Paris
em 2015, os dirigentes do G20, encerraram a cimeira de Roma sob a
incerteza, não obstante terem estabelecido um acordo , no que diz
respeito ao futuro da luta contra o aquecimento global.
As economias dos 20 países mais ricos do
mundo representam cerca de 80% das emissões de gases poluentes no mundo.
Segundo os analistas, o que se espera dos
chefes de Estado e de Governo presentes em Roma é que eles enviassem uma
mensagem positiva aos povos do mundo inteiro, no que toca à sua real vontade de
combater o aquecimento climático.
As negociações destinadas a concluir
um acordo na matéria, decorreram durante toda a noite de 30 de
Outubro de 2021, mas segundo fontes europeias em Roma, as mesmas
revelaram-se difíceis.
De acordo com os especialistas, o objectivo de
uma redução de 1,5° grau centígrado, no respeitante às
emissões poluentes, poderá quando muito, ser atingido dentro de 10
anos.
Em matéria de fiscalidade, o G20 aprovou o imposto mínimo de
15% que deverá ser pago pelas firmas multinacionais.
Considerado o mínimo, o acordo entre os países do
G20 para lutar contra o aquecimento climático, repercutiu-se sobre
o texto do comunicado final da cimeira de Roma, qualificado
de menos ambicioso na matéria.
Contudo o comunicado do G20 reconheceu finalmente a importância
de atribuir aos países em desenvolvimento os 100 mil milhões de
dólares por ano a partir de 2020, prometidos há 12 anos
pelas nações ricas, para ajudar os referidos Estados a lutar contras a
consequências das mudanças climáticas.
Tradicionalmente uma ocasião para reuniões bilaterais, o segundo e
último dia da cimeira do G20 foi marcado pelo encontro entre o Presidente
Francês, Emmanuel Macron e o Primeiro-ministro britânico, Boris Johnson,
que abordaram o conflito das zonas de pesca entre a França e o Reino Unido.
Macron e Johnson apelaram ao desanuviamento da recente escalada
que marcou o diferendo, nomeadamente com a abordagem de uma traineira
britânica pelas autoridades marítimas francesas.
Todavia, o chefe de Estado francês afirmou que, o Reino Unido deve respeitar o estabelecido no acordo do Brexit e conceder as autorizações de pesca, em águas britânicas, aos navios franceses que ainda não as possuem. ANG/RFI
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