Portugal/Madureira e outros 11
detidos em buscas no Porto
Bissau, 01 Fev 24 (ANG) - Mulher do líder dos 'Super Dragões' também foi detida, assim como Vítor Catão, adepto do FC Porto e antigo presidente do São Pedro da Cova. Porsche e BMW de Fernando Madureira foram apreendidos.
Mais de uma dezena de buscas domiciliárias a vários elementos dos 'Super Dragões' foram hoje levadas a cabo na zona do Grande Porto, culminando na detenção de 12 pessoas, entre as quais Fernando Madureira, líder da claque do FC Porto, a mulher deste e Vítor Catão, adepto do FC Porto e antigo presidente do São Pedro da Cova.
Em comunicado, o Ministério Público (MP)
revela quais os crimes em causa. "Está em causa a prática dos crimes
de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo ou em
acontecimento relacionado com o fenómeno desportivo, coação agravada, ameaça
agravada, instigação pública a um crime, arremesso de objeto ou de produto
líquidos e atentado à liberdade de informação, lê-se na nota .
O MP confirmou as 12 detenções, "fora de flagrante delito", no
âmbito da abertura de um "inquérito" em que se investigam
"os incidentes na assembleia geral do Futebol
Clube do Porto", de 13 de novembro de 2023, "que corre termos no
DIAP da Procuradoria da República do Porto [Porto, 4.ª secção]" e revelou
que "apresentará os detidos para primeiro interrogatório judicial,
promovendo a aplicação de medidas de coação".
Também a Polícia de Segurança Pública (PSP)
confirmou, em comunicado, que, no âmbito da Operação Pretoriana, realizou
"12 detenções no âmbito do combate aos crimes de ofensas à integridade
física qualificadas, coação agravada, ameaça agravada, instigação pública à
prática de crime e atentado à liberdade de informação" e deu cumprimento
a 11 mandados de busca domiciliária.
"O dispositivo da Polícia de Segurança
Pública do Comando Metropolitano do Porto (COMETPOR), através da Divisão de
Investigação Criminal, com o apoio da Unidade Especial de Polícia e demais
valências policiais, no dia de hoje, desencadeou uma operação policial que
visou a identificação e detenção dos autores dos ilícitos em foco, bem como
apreensão de meios de prova", indicou a autoridade.
Na operação, que culminou na detenção de 11
homens e uma mulher, foi possível apreender "equipamentos eletrônicos e demais documentos de interesse
para a investigação em causa, estupefacientes vários, nomeadamente cocaína e
haxixe, três veículos automóveis e vários milhares de euros, uma arma de fogo, artefatos
pirotécnicos e mais de uma centena de ingressos para eventos desportivos".
Na nota, a autoridade sublinhou que, após o
início da investigação ao ocorrido na AG do FC Porto, "determinou uma ação
conjugada no sentido de devolver às instituições e aos cidadãos a sua liberdade
de decisão e, promover ainda, que o sentimento de impunidade e insegurança
seriam restaurados no âmbito desta realidade desportiva e não só".
Ainda de acordo com a PSP, os detidos
serão presentes hoje, quinta-feira, junto das autoridades judiciais competentes
para primeiro interrogatório judicial de arguido detido.
Segundo a Lusa, entre os detidos estará
também um funcionário do FC Porto, o oficial de ligação aos adeptos. Além das
detenções, a PSP terá apreendido também carros, entre os quais um Porsche e um BMW do líder dos Super Dragões.
O que está em causa é a Assembleia Geral
(AG) do FC Porto que decorreu em 13 de novembro e as eventuais ameaças feitas
ao candidato à presidência do clube André Villas-Boas.
No dia seguinte à realização da AG (14 de
novembro), o MP anunciou a abertura de um inquérito aos incidentes ocorridos na
sessão magna do clube.
"Tendo em conta os acontecimentos
sucedidos na AG do FC Porto, que teve início em 13 de novembro, amplamente
divulgados na comunicação social e suscetíveis de integrarem infrações
criminais de natureza pública, foi determinada a instauração de inquérito, que
corre termos no DIAP [Departamento de Investigação e Ação Penal] da
Procuradoria da República do Porto", dava conta a Procuradoria-Geral
Distrital do Porto, em comunicado.
O presidente da Mesa da Assembleia Geral (MAG) dos dragões, José Lourenço Pinto, suspendeu os trabalhos na sequência de uma AG agitada e com confrontação entre sócios, que incidia na deliberação dos novos estatutos dos vice-campeões nacionais de futebol, mas, face à forte afluência, mudou de local à última hora. ANG/Notícias ao minuto
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