Teerão/Grupo pró-Irão ameaça continuar ataques a soldados dos EUA
Bissau, 02 Fev 24 (ANG)- O movimento iraquiano Al-Nujaba, um influente grupo armado pró-Irão, declarou hoje que pretende continuar os ataques contra as tropas norte-americanas no Médio Oriente.
Apesar das ameaças de
represálias feitas por Washington, noticiou a Reuters.
"Qualquer ataque
(norte-americano) resultará numa resposta apropriada", alertou Akram
al-Kaabi, líder de Al-Nujaba, que faz parte do grupo de combatentes
"Resistência Islâmica no Iraque", num comunicado.
Este conjunto de
movimentos armados pró-Irão está a ser directamente acusado pelos Estados
Unidos pelo ataque com 'drones' realizado no final de Janeiro contra a
"Torre 22", uma base logística localizada no deserto da Jordânia, na
fronteira com a Síria.
O porta-voz do Conselho
de Segurança Nacional norte-americano, John Kirby, afirmou mesmo que o ataque,
que matou três soldados norte-americanos, "tinha certamente a
marca" das Brigadas do Hezbollah, outro grupo armado iraquiano considerado
como um dos principais líderes da "Resistência Islâmica no Iraque".
As Brigadas do Hezbollah
anunciaram no final de Janeiro "a suspensão" dos seus ataques contra
as tropas norte-americanas no Iraque e na Síria, uma decisão que o movimento
Al-Nujaba garantiu, no seu comunicado de hoje, diz compreender e
"respeitar".
Mas "a Resistência
Islâmica no Iraque, com as suas outras facções, continuará" as suas ações,
até que as suas "exigências sejam satisfeitas", nomeadamente "a
cessação das operações em Gaza" e a saída dos soldados norte-americanos do
Iraque, afirmou a nota.
O comunicado afirma
ainda que, “quanto ao que é libertado pela máquina de guerra psicológica
norte-americana, que nunca para de trovejar, ameaçar e intimidar, não nos
abalará nem um fio e não nos dissuadirá”.
Desde meados de Outubro,
pelo menos 165 ataques tiveram como alvo tropas norte-americanas e da coligação
internacional anti-jihadista no Iraque e na Síria, uma repercussão direta do
conflito entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas em Gaza. ANG/Angop
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