“A Guiné-Bissau espera reencontrar todos países lusófonos irmãos- diz
Presidente da República de Transição
Bissau, 02 Out.13 (ANG) – O Presidente da República de
Transição afirmou que é imperativo que a Guiné-Bissau reencontre as relações
com todos os países da lusofonia em África, após as eleições gerais marcadas
para 24 de Novembro.
Manuel Serifo Nhamajo que falava à rádio ONU no âmbito da
sua deslocação a Nova Yorque para discursar na Assembleia Geral da organização
internacional, sublinhou a título de exemplo que, Cabo-Verde é um país de
relações históricas muito sólidas e que não serão esses “pequenos incidentes”
que vão pôr em causa as relações com a Guiné-Bissau.
“Com São Tomé e Príncipe, Angola e Moçambique são a mesma
coisa e são todos países irmãos e nós temos uma cumplicidade histórica, que é
impensável dizer que teremos problemas maiores”, referiu o chefe de Estado de
Transição da Guiné-Bissau.
Nhamajo disse que o seu país conta com a ajuda do Brasil para a realização
das eleições gerais, marcadas para 24 de
Novembro, acrescentando temer que a posição colectiva da Comunidade dos Países
da Língua Portuguesa (CPLP), impeça o auxílio brasileiro.
“E nisso reconhece que o Brasil foi sempre um país que
deu apoio à Guiné-Bissau e que certamente continuará, assim como os outros”,
desejou.
O Brasil lidera a vários anos a estratégia de paz para a
Guiné-Bissau na Comissão de Consolidação da Paz das Nações Unidas. E ainda realiza acções de apoio ao desenvolvimento da
Guiné-Bissau no contexto da Cooperação Sul-Sul.
Ao ser perguntado se a tecnologia do sistema de urnas electrónicas
no Brasil poderia ajudar à Guiné, o presidente respondeu:
“Sim, o Brasil poderia ajudar bastante. Só que o Presidente
Ramos Horta esteve lá, eu não sei o que é que se evoluiu, e acredito que dentro da CPLP da posição que tem em relação
aos acontecimentos de 12 (de Abril) poderá contribuir para esse recuo na
participação do Brasil. Não sei, não sei…”
O Escritório das Nações
Unidas na Guiné-Bissau, Uniogbis, que é liderado pelo ex-presidente do
Timor-Leste, José Ramos Horta, está a trabalhar com as autoridades guineenses no apoio da realização
das eleições.Segundo Ramos Horta, vários doadores internacionais estão à espera de um protocolo claro sobre a realização do pleito para que possam fazer suas promessas de doação financeira. ANG/Rádio ONU
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