terça-feira, 15 de outubro de 2013

Internacional




Taylor pediu para cumprir pena em Rwanda em vez de Reino Unido

Bissau, 15 Out. 13 (ANG/Jornal Angola) - O Rwanda anunciou nesta terça-feira ter sido contactado pelo Tribunal Especial para Serra Leoa (TSSL), para permitir que o ex-presidente liberiano Charles Taylor cumpra a sua pena no país dos Grandes Lagos, em vez do Reino Unido.

"Os responsáveis do Tribunal especial para a Serra Leoa já contactaram as autoridades rwandesas para saber qual seria o processo para pedir oficialmente ao Rwanda a receber o prisioneiro “Charles Taylor”, afirmou o ministério rwandês da justiça, num comunicado.
"Taylor (...) pediu para cumprir a sua pena no Rwanda, em vez do Reino Unido, onde, segundo ele, teme ser atacado por colegas de prisão e por ser muito caro para sua família visitá-lo", prossegue o ministério.
O governo rwandês está pronto para"deliberar" a questão, uma vez que um " pedido oficial" foi transmitido, segundo o comunicado.
Charles Taylor, 65 anos, foi condenado em Abril de 2012 a 50 anos de prisão por crimes contra a humanidade cometidos durante a guerra civil na Serra Leoa (1991-2002).
Taylor foi reconhecido culpado por ter ajudado e encorajado uma campanha de terror para obter o controlo da Serra Leoa, fornecendo armas, munições e outro tipo de apoio logístico para a Frente Revolucionária Unida (RUF) em troca de diamantes. A guerra na Serra Leoa causou 120 mil mortos e milhares de civis mutilados.
O TSSL decidiu enviar para o Reino Unido onde devia cumprir a pena de prisão , na sequência da confirmação em apelação em Setembro. A defesa de Taylor imediatamente denunciou esta decisão, considerando que o prisioneiro estaria "ainda mais isolado da família, dos amigos e das estruturas de apoio se cumprisse a sua pena de prisão no Rwanda".
Oito antigos rebeldes do RUF condenados pelo TSSL já cumpriram a sua pena no Rwanda, na prisão de Mpanga, inicialmente projectada para acolher os condenados do Tribunal Penal Internacional para o Rwanda (TPIR), que julga os supostos responsáveis do genocídio de 1994. (Jornal de Angola)

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