terça-feira, 15 de outubro de 2013

Internacional





Dhlakama nega retorno à guerra

Bissau, 15 Out. 13 (ANG/Jornal Angola) - O chefe do partido RENAMO, Afonso Dhlakama, qualificou de “boato” informações segundo as quais o seu partido está disposto “a uma guerra mais longa que o conflito de 16 anos” que travou contra Moçambique.
“É boato a notícia de que a RENAMO quer fazer a guerra. Quando iniciámos a guerra em 1977, ninguém sabia quem era André Matsangaíssa, primeiro líder da RENAMO) nem quem era Afonso Dhlakama. Não se avisa uma guerra”, disse Afonso Dhlakama.
O chefe do principal partido da oposição moçambicana acrescentou: “tenho netos e filhos. Quero conduzir o meu carro com a família e escrever tudo o que fiz durante os 16 anos para trazer a democracia. Com 60 anos, com cabelo branco, não preciso de pegar mais numa espingarda para disparar”.
Afonso Dhlakama insistiu que um encontro com o Presidente Armando Guebuza deve acontecer no centro do país, onde está desde o ano passado, “para evitar um ataque do exército” aos guerrilheiros da RENAMO que estão nas antigas bases do movimento.
“Gostava que o encontro fosse aqui perto, entre 15 e 20 quilómetros. As forças do Governo estão aqui, como é que posso sair? Não posso, retirem a força e assim posso ir mais longe, incluindo Maputo e Beira”, afirmou.
Um encontro entre o Presidente de Moçambique e Afonso Dhlakama é visto como crucial para a solução da tensão política em que o país está mergulhado, na sequência do boicote do partido RENAMO às eleições autárquicas.
Por ocasião do Dia da Paz, no dia 4, a RENAMO emitiu um comunicado em que diz estar pronta a um “sacrifício mais longo que os 16 anos de guerra civil” em que esteve envolvido até 1992, ano da assinatura do Acordo Geral de Paz com o Governo de Moçambique. Na semana passada, a população de Gorongosa, província de Sofala, em Moçambique, fez um apelo à primeira-dama Maria da Luz Guebuza: “Não queremos mais guerra”.
O apelo foi feito no âmbito de uma visita de Maria da Luz Guebuza ao distrito, durante a qual reuniu com as populações, visitou o centro de saúde de Nhambondo, dirigiu uma aula de alfabetização de adultos e dirigiu um encontro com organizações sociais, líderes comunitários e religiosos. A educação e saúde também foram abordadas por Maria da Luz Guebuza: “a paz deve residir em cada um de nós e não depende somente do Governo. Depende de todos nós e urge assegurá-la a par da unidade nacional”. 
A primeira-dama incentivou os jovens “a apostar na educação e formação como instrumento para um emprego e uma vida estável” e pediu aos líderes comunitários que “apostem em campanhas de sensibilização para a prevenção de doenças como o cancro”.(Jornal de Angola)

Sem comentários:

Enviar um comentário