APGB perspectiva dragagem ainda este
ano do Porto de Bissau
Bissau, 30 Out. 13 (ANG) - A dragagem do Porto de Bissau, a
compra de “tractores portuários” e a assistência social aos trabalhadores são
as prioridades da Empresa Pública Administração dos Portos da Guiné-Bissau
(APGB) durante este período de transição.
A promessa é do seu Director-geral, em entrevista exclusiva
esta quarta-feira à Agência de Noticias da Guiné-ANG.
De acordo com Félix Nandungue, para a limpeza do Porto de
Bissau a APGB aguarda somente o desbloqueamento, por parte de Banco Oeste
Africano (BOAD), do” Fundo para Área Portuária” no valor de cerca de sete
biliões de Francos cfa.
“No entanto, o seu desbloqueamento está ser difícil, porque a
empresa portuguesa TERTIL que, outrora geria os portos continua a exigir a sua
indemnização por alegada rescisão do contrato antes do fim do período previsto
da gestão. Por isso, está a dificultar este processo”, acusou Nandungue para acrescentar
que a dragagem é urgente não só para permitir a vinda de navios de grande porte
à Bissau como também para acabar com as dificuldades de atracagem que os navios
normais que vêm ao país enfrentam.
Caso contrário, segundo este responsável, o porto de Bissau
que esta “cheia” de lama e de algumas sucatas poderá vir, dentro de quatro
anos, a não conseguir receber embarcações que nele conseguem hoje atracar.
Relativamente aos equipamentos, o Director-geral da APGB adiantou
que está em curso um processo de negociação com os bancos comerciais no país no
sentido de conceder um crédito à APGB para adquirir cinco “tractores
portuários” para o transporte dos contentores.
A APGB, no seu
entender, não deve continuar a pagar diariamente o aluguer de camiões às
empresas privadas, porque estes pagamentos constituem um “enorme fardo” a uma
empresa pública cujas receitas “baixaram na ordem de 43 por cento
comparativamente há dois ou três anos”.
Ainda sobre o plano das acções, Félix Nandungue disse que a
direcção da empresa está a negociar com a empresa de construção ASCON com vista
a conclusão da pavimentação do parque do porto.
No que tange a questão dos trabalhadores, o DG da APEGB
promete continuar a garantir um salário regular à 25 de cada mês, o pagamento do
13º mês, em Dezembro deste ano, a assistência médica e medicamentosa.
Nandungue promete ainda diligenciar para o pagamento da
dívida da APGB para com a Segurança Social, visando a obtenção de apoios desta
instituição como no passado.
Abordado sobre a alegada intenção do governo de transição de
privatizar a APGB, Félix Nandungue disse que compete aos órgãos políticos do
país tomar tal decisão, mas recomenda que se tenha em conta os direitos de mais
de 600 funcionários desta empresa.
Félix Nandungue pediu “desculpas aos operadores económicos
pelas perturbações que tiveram lugar no passado na APGB” e exortou-os a
acreditarem num serviço de qualidade nesta empresa pública que disse ser “viável”.
Director-geral da Administração dos Portos da Guiné-Bissau EP
há dois meses, Nandungue substituiu no cargo Augusto Cabi.
ANG/QC /SG
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