Buba/Saúde
Autoridades sanitárias
registam cada vez mais casos de Paludismo
Buba, 22 Jul 15 (ANG) - A nova médica e Directora do Centro
de Saúde, Arafam Mané “Ndjamba” em Buba, disse a ANG que o paludismo “está a
aumentar consideravelmente” na zona, onde em cada cerca de 40 consultas
externas, vinte são diagnosticadas como o paludismo.
Em declarações ao repórter de ANG, Venceslândia Ferreira
explica que as razões deste crescimento rápido nos últimos meses, tem que ver
com a presente época chuvosa que, em consequência, favorece ao crescimento de capins,
maior situação de águas estagnadas, de lixeiras perto das casas, condições que
favorecem a multiplicação de mosquitos causadores da doença.
De acordo com esta responsável sanitária, a tendência é para o
aumento de casos de Paludismo, devido as “próprias” características deste
período, ou seja, a medida que a chuva vai aumentando, vai-se criando as
condições para a reprodução de mais mosquitos.
Como medidas preventivas, esta técnica sénior local aconselha
as populações a limparem as suas residências, evitar água parada, retirar as
latas e os pneus velhos próximos das casas, uso de camisas com mangas compridas
no período da tarde, usos de repelentes, de redes nas janelas e,
“principalmente”, de tendas impregnadas, para evitar as picadas dos mosquitos.
Falando dos sintomas desta doença endémica no país,
Venceslância pede a qualquer indivíduo residente neste concelho, que sinta dor
de cabeça, a febre que varia até 39 graus centígrados (sobretudo no período da
tarde), dores articulares e musculares e até, algum vómito e diarreia, à se
dirigirem ao hospital, porque, segundo disse, há recursos humanos e medicamentos
“suficientes” para o seu tratamento.
O Novo Centro de Saúde de Buba, criado em Julho de 2011,
funciona actualmente com apenas uma médica de medicina geral e tem capacidade para
internar 25 pacientes.
Recentemente, o governo, através do Ministério de Saúde,
oficializou um Despacho que torna gratuito o diagnóstico e o tratamento de
casos do paludismo precoce, a nível do país.
De acordo
com os últimos dados internacionais sobre esta epidemia, cerca de 40 por cento da
população mundial, sobretudo nos países pobres como a Guiné-Bissau, correm o
risco de contrair esta doença.
Em entrevista à ANG, no passado mês de Maio, o Coordenador do Programa de luta
Contra o Paludismo, Paulo Djata afirmou que o numero de casos de paludismo reduziu
no país nos últimos anos.
Conforme
Djata, até 2013 registaram-se mais de um milhão de casos de paludismo na
Guiné-Bissau, mas em 2014 o número baixou para cerca de 100 mil casos.
Sem comentários:
Enviar um comentário