quinta-feira, 9 de julho de 2015

Saúde




DG da OOAS pede maior prevenção contra epidemias nos países membros

Bissau, 09 Jul 15 (ANG) - O Director-Geral da Organização Oeste Africana de Saúde (OOAS) exortou hoje as populações dos Estados membros a adoptarem medidas preventivas contra as epidemias, recomendadas pelas respectivas autoridades sanitárias.

Xavier Crespin discursava por ocasião da comemoração hoje, dia 9,  do 28º  aniversário desta organização sob o lema, “A Contribuição do Telefone Móvel na Gestão das Epidemias a Nível Comunitário”.

Crespin chamou a atenção das populações dos Estados membros e da Comunidade Internacional sobre a importância de utilização das Novas Tecnologias da Informação e Comunicação, em particular, o telefone móvel, na mobilização para a prevenção e a resposta às epidemias.

Este responsável acrescentou que, de acordo com um estudo realizado em 2013, a telefonia móvel permite levar múltiplos serviços, no domínio da saúde, às populações, das quais mais de 60 por cento vivem nas zonas rurais, onde mais 73 por cento possuem este instrumento de comunicação.

Por isso, Xavier Crespin apela aos países membros da OOAS para implementarem estratégias apropriadas, em matéria de comunicação, para facilitar a circulação de informações sanitárias, visando o melhoramento da saúde das pessoas, no espaço da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, CEDEAO.

Em relação aos constrangimentos, este responsável sanitário afirmou que, apesar de várias acções realizadas em prol da melhoria da saúde das populações da África de Oeste, a OOAS enfrenta “múltiplos desafios” nomeadamente, a fraqueza dos sistemas de saúde, as fortes taxas de mortalidades materna, neonatal e infanto-juvenil, a fraqueza da preparação e da resposta às situações de urgência, tais como as epidemias e a insuficiências de parcerias estratégicas de coordenação e avaliação.

E sobre a preparação e resposta às epidemias, Xavier Crespin disse que, nos últimos anos, milhares de pessoas, na África de Oeste, “continuam a ser atingidas pelas epidemias, tais como a  cólera, meningite,  rubéola,  ferve lassa,  febre-amarela,  e, desde Março de 2014, a epidemia do ébola”.

A morbidade e a mortalidade delas resultantes, segundo Crespin, “são muito importantes” e estariam ligadas “particularmente ao fraco envolvimento das comunidades, mas também e sobretudo à fragilidade dos sistemas de saúde e a insuficiência da comunicação para a adopção de comportamentos positivos”.

Por isso, o Director-geral da OOAS chama a atenção para a necessidade duma estratégia de comunicação “eficaz” que mobilize as comunidades à aderirem a luta contra as epidemias no espaço dos Estados membros.

Tendo a sua principal sede em Wagadogou, Burkina-Fasó, a Organização Oeste Africana de Saúde foi criada há 28 anos pelos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, como uma Agência Especializada sub-regional para oferecer o nível mais elevado de prestação de serviço de saúde às populações desse subcontinente.

ANG/QC/JAM/SG

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