sexta-feira, 24 de junho de 2016

Caju


Presidente da ANCA aponta industrialização como solução para a pobreza

Bissau, 24 Jun 16 (ANG) – O Presidente da Agência Nacional de Caju (ANCA-GB), Henrique Mendes defendeu quinta-feira a industrialização do caju como o melhor meio para o combate a pobreza nos países produtores da castanha como a Guiné-Bissau.

“A Africa não pode continuar a ser grande produtor e exportador de matérias – primas quando se encontra em extrema pobreza e com falta de emprego”, disse em entrevista exclusiva a ANG.

Mendes acrescentou que é esse o desafio que se coloca aos responsáveis políticos e técnicos que trabalham nas instituições relacionados ao sector e muito particularmente ao Ministério do Artesanato e Industria, entidade governamental responsável
pela política de transformação.

O Presidente da ANCA-GB sustentou que exportar a matéria-prima para ser transformada em outros países, como faz a Guiné-Bissau, é enriquecer esses países em detrimento do pais produtor. 

“É criar postos de trabalho, é gerar ganhos que podia e devia ser nosso”, rematou.

Falando da presente campanha de comercialização da castanha de caju, o responsável máximo da ANCA, começou por dizer que teve um ligeiro atraso devido ao fator climático que teve repercussão nos ciclos de produção não só no país, mas a nível da Africa de Oeste.

Confirmou haver uma ligeira diminuição de produção em relação ao ano passado devido as situações acima referidas, salientando contudo que ainda é cedo para fazer a contagens da queda.

Henrique apontou as condições do Porto de Bissau, como o fator que condiciona a saída mais rápida da castanha para o exterior, porque, segundo as suas palavras, o cais só consegue receber dois barcos.
“Quer dizer que não consegue satisfazer a procura, e essa situação prejudica os empresários que veem os seus produtos correr o risco de perda de qualidade.

Henrique Mendes considerou contudo que a exportação está a correr de uma forma normal, “porque houve algumas melhorias que foram feitas ao nível de Porto de Bissau, sobretudo no que tem a ver com o parque de contentores”. 

ANG/MSC/JAM/SG

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