ACOBES
recomenda consumo moderado de produtos congelados no país
Bissau,
16 Jun 16 (ANG) – A Associação de Consumidores e Bens da Guiné-Bissau (ACOBES),
recomendou aos guineenses em geral para um consumo moderado de produtos
congelados no país.
Bambo Sanhá |
Em
entrevista concedida hoje à ANG o Secretário geral da ACOBES Bambo Sanha
lamenta a inexistência no país de condições para a verificação da qualidade de produtos
importados de diferentes países e continentes.
"Então,
sendo assim todo o cuidado é pouco, porque as embalagens dos produtos são renovadas
e a olho nu é difícil saber se estão ou não fora do prazo”, disse Bambo Sanha.
Por isso, o Secretário-geral da ACOBES disse
que deve haver um controlo rigoroso por parte das autoridades nacionais na
certificação de qualidade dos produtos e se estão em condições para consumo
humano antes da sua comercialização nos mercados.
Afirmou
que, 80 por cento das doenças existentes no país provêm dos produtos que a
população consome, a começar pela má qualidade de óleo alimentar, acrescentando
por isso que o povo guineense deve reduzir o consumo destes produtos de “origem
duvidosa”.
“Antes
da sua importação o interessado deve ter autorização dos serviços de
veterinária, indicando-lhe se o país da origem dos produtos depara ou não com
problemas de doenças aviaria", aconselhou.
Aquele
responsável afirmou que, no caso da Guiné-Bissau os referidos produtos são
importados sem saber se os países de origem têm ou não problemas da doença
aviaria, por isso apelou a colaboração entre as instituições que actuam neste domínio.
Bambo
Sanha disse que para reduzir o consumo destes produtos é preciso que o mercado
seja abastecido suficientemente com pescado. Adiantou que há muito tempo que as
mulheres falam de falta de peixe no mercado e isso é uma tristeza e lamentável,
uma vez que são recursos do povo, mas não estão em seu benefício porque o
"Estado vende tudo para o estrangeiro".
O
Secretário-geral da ACOBES sublinhou que a muito que se fala da segurança alimentar,
frisando que isso significa que temos que comer em grande quantidade e em
qualidade e deve ser nesta base que as autoridades devem adoptar estratégias de
abastecer o mercado nacional com o pescado para que consumidores possam comprar
peixe a um preço acessível.
Bambo
Sanha recomendou ao governo no sentido da recuperação de talhos de venda de
peixes e carnes para evitar o elevado número de intermediários que contribuem
no elevado preço dos produtos no mercado para o consumidor final.
"A
criação de condições para transporte de carne do Matadouro para os mercados,
acabar com abate clandestina e melhorar condições higiénicas nos mercados, em
particular no mercado de Bandim, devem ser a prioridade imediata do
governo", exortou.
Bambo
Sanha falou do aumento de preço de alguns produtos no mercado, neste caso de
açúcar, que passou de 23 mil francos para 27 mil por saco de 50 quilograma por
alegação do seu escassez e sem que haja aumento da taxa de impostos.
Disse
que o assunto é do conhecimento das autoridades e em particular do Ministério
do Comércio.
ANG/LPG/ÂC
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