Ex. director geral da Rádio Nacional
intenta acção judicial contra governo de Baciro Djá
Bissau,16
Jun 16(ANG) - O ex-diretor da Rádio Difusão Nacional (RDN) da Guiné-Bissau,
Muniro Conté, intentou uma ação judicial contra o novo Governo pedindo a anulação
da sua demissão, disse quarta-feira à Lusa o advogado Paulo Semedo.
Muniro Conté |
Segundo
o causídico, Muniro Conté considera-se "vítima de abuso de poder" por
parte de um "Governo inexistente", daí ter recorrido ao Supremo
Tribunal de Justiça (STJ) nas suas competências de Supremo Tribunal
Administrativo.
Um dia
depois de entrar em funções, no passado dia 03, o Governo liderado pelo
primeiro-ministro, Baciro Djá, exonerou os diretores da rádio (Muniro Conté) e
da televisão (Paula Melo).
Para o
advogado Paulo Semedo, do coletivo que representa Muniro Conté, a decisão
"é ilegal, por ser um ato inquinado, uma vez que foi praticado por um
Governo inconstitucional, logo inexistente", disse.
"A
própria nomeação do Baciro Djá constitui um ato inexistente por ser um ato
inconstitucional", afirmou Paulo Semedo, ao explicar a providência
cautelar intentada por Muniro Conté.
A ação
movida pelo ex-diretor da rádio é o mais recente desenvolvimento numa longa
crise política.
O
Presidente da República, José Mário Vaz, e o Partido Africano da Independência
da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), vencedor das eleições de 2014, estão em conflito
há cerca de um ano.
O chefe
de Estado já demitiu dois governos daquele partido e deu posse no início de
junho a um novo executivo, mas o PAIGC requereu no dia 03 de junho ao STJ que a
medida seja declarada inconstitucional.
Os
juízes do Supremo ainda não se pronunciaram sobre a matéria.
ANG/Lusa
ANG/Lusa
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