quinta-feira, 2 de junho de 2016

Crise política


UDEMU condena demissões de governos constitucionais do PAIGC

Bissau, 2 Jun 16-(ANG)- A União Democrática das Mulheres (UDEMU) condenou  as frequentes demissões  dos governos constitucionais do PAIGC e  criticou o Presidente da República “por alegados actos da ditadura e tirania  perpetrados contra o povo guineense”.

Em comunicado à imprensa, datado de 30 Maio,  à que a ANG teve hoje acesso, a organização feminina do PAIGC exigiu ao Presidente da República  o escrupuloso  cumprimento da Constituição  e do Acórdão  nº 1 / 2015 do Supremo Tribunal de Justiça sobre a inconstitucionalidade dos seus actos.

De acordo com o documento, tendo em conta a crise que  assola o país e considerando a situação da decadência política em que se encontra a Guiné-Bissau, causada pelo Presidente da República, a UDEMU qualifica o acto de grave violação dos direitos humanos.

"E como se não bastasse, os mesmos culminaram em flagrantes espancamentos por militares de militantes e simpatizantes do PAIGC, incluindo deputados da Nação, além de mulheres membros da UDEMU", refere a nota.

A UDEMU  qualifica o acto de abuso de poder por parte da Polícia Militar.

"Essa situação é inadmissível num Estado de Direito Democrático, onde o primado da Constituição da República deve ser respeitado" ,destaca a nota.

A UDEMU diz solidarizar-se com o líder  do PAIGC, Domingos Simões Pereira e o ex-Primeiro-ministro, Carlos Correia  e membros do Governo demitido, e elogiou a forma "sabia e transparente"  como os mesmos tem vindo a gerir a actual crise politica.

A  UDEMU apela à Comunidade Internacional para continuar a seguir de perto a evolução da crise política causada "pelos abusos" do Presidente da República, José Mário Vaz. 

ANG/PFC/JAM/SG

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