Ministro
do Interior exonera responsável da Policia do Sector
Bissau, 19 Jul 17
(ANG) – O Ministro do Estado e do Interior, ordenou hoje a demissão do
responsável da polícia de Mansaba, por “não ter seguido as orientações
superiores” ao permitir que um grupo de jovens tenha ameaçado com arma de fogo
e catanas a caravana do PAIGC que se deslocou ao sector no último fim de
semana.
Num encontro com as estruturas superiores da Policia de Segurança
do Estado, da Ordem Publica e da Guarda Nacional, Botche Cande, visivelmente
irritado, ameaçou aplicar as mesmas medidas contra os responsáveis policiais
locais caso situações desta natureza se repita em qualquer canto do território
nacional.
O primeiro-sargento,
Odair Madeira, Chefe de Operação no sector, ao ser convidado a recapitular os
acontecimentos, explicou que a polícia teria sido alertada sobre algo, quando o
grupo de jovens, alegadamente apoiantes dos “15”, incendiou pneus tentando
impedir os elementos da Direcção do PAIGC de terem acesso a mesquita local,
pelo que agiram tendo capturado e levado para a esquadra os implicados. Disse
que depois de ouvirem as explicações destes, soltaram-nos.
No entanto, durante a sua explanação, o
primeiro-sargento não falou de ameaças de armas e de catanas de que a juventude
era portadora na altura.
“Portanto, podemos
concluir que a polícia no local foi incapaz de cumprir com as orientações
emanada superiormente, que era de garantir segurança a comitiva do PAIGC, uma
vez que este partido havia endereçado um pedido neste sentido ao Ministério do
Interior”, explicou o governante que acusa a polícia de Mansaba de ocultar
deliberadamente as informações sobre as armas exibidas pelos manifestantes.
Acrescentou que
durante o confronto entre os dois campos, alguém do grupo oposto a Direcção dos
Libertadores tentou disparar uma arma de fogo, no que foi impedido devido a
pronta intervenção de agentes de segurança.
Aliás, acusou ainda a
policia de ter sido passivo ante os incêndios de pneus e arremesso de catanas
contra elementos do PAIGC e sem que no entanto tenha constado isso no relatório
policial.
Botche Candé justificou
que, por este motivo, os responsáveis locais não merecem continuar no posto e
ordenou ao secretário de Estado a proceder a imediata mudança na estrutura de
Mansoa.
Candé apelou aos
agentes a serem isentas na sua actuação e a proporcionarem segurança a qualquer
instituição ou cidadão que dela necessitar, uma vez que, acima de tudo, estão
ao serviço do Estado da Guiné-Bissau e não de A ou B.
ANG/JAM/SG
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