UNTG ameaça convocar nova paralisação para exigir cumprimento do Memorando de 2016
Bissau, 21 Jul 17 (ANG)
– A União Nacional dos Trabalhadores da Guiné-Bissau (UNTG) admite
possibilidade de avançar para uma greve nos próximos dias 8 à 10 de Agosto,
para exigir o cumprimento do Memorando assinado com o governo em Dezembro de
2016, que inclui a aplicação de nova tabela salarial a partir do mês em curso.
Em declarações hoje à
ANG, o secretário-geral da UNTG, Estêvão Gomes Có disse que o Prê Aviso de
greve de três dias vai ser entregue ao governo na próxima semana, porque o
salário em vigor não dignifica os servidores de Estado e que a situação piorou com
a subida dos preços dos produtos da primeira necessidade, limitando a
capacidade de compra dos servidores do estado.
O sindicalista disse
que vai exigir o executivo o reajuste salarial, porque há condições para o
efeito, tendo em conta as recentes declarações do ministro das Finanças.
“ Lamentamos o
comunicado emitido pelo gabinete jurídico do Ministério da Função Pública, que alega a falta de instrumento jurídicos para o
efeito, conjugado com ausência do Programa de Governação e do Orçamento Geral
de Estado”, referiu.
Gomes Có defende um
salário mínimo igual para todos os
funcionários, alegando que alguns ganham bem e outros mal.
“Isso não pode ser. Por
exemplo, actualmente na função pública, um licenciado em engenheira agrónomo
ganha entre 40 a 50 mil francos, enquanto nos outros sectores com o mesmo grau académico,
a pessoa pode auferir cerca de 300 a 400 mil francos CFA”, criticou o líder
sindical.
O secretário geral da
UNTG solicita ao governo a reorganizar a
função pública, “porque o magro salário não chega para sustentar a família e
custos inerentes de assistência médica, pensão entre outros devido fragilidade
do sistema da segurança social na capacidade de atender as exigências dos
contribuintes, por má gestão dos fundos”.
Estêvão Có disse que
vão pedir ao governo o pagamento integral da dívida de 2003, a resolução
imediata da situação dos trabalhadores da empresa Guiné-Telecom e dos Correios,
com 92 meses dos salários em atraso e a definição das competências da Policia
de Trânsito e Guarda Nacional, no que tange a operação STOP feita de forma
arbitrária por parte das referidas instituições.
O sindicalista disse
que vai instar a criação de guichet único para pagamento das multas resultantes
da penalização de motoristas e sua harmonização, a conclusão do processo de
abolição de quebra-molas colocadas nas vias públicas ,a reposição dos sinais de trânsito e o pagamento
de nove meses de vencimento de 2012/2013.
ANG/LPG/ÂC/SG
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