AMAE na iminência de sofrer um despejo
Bissau, 28 Jul 17 (ANG) - A Vice-presidente de Associação das Mulheres nas
Actividades Económicas (AMAE) revelou hoje que a organização poderá ficar sem a
sede principal devido a divida de renda no valor de 26 milhões.
Antónia Adama Djaló em declarações à ANG disse que é a Câmara de Comércio Industria,Agricultura
e Serviços quem paga o aluguer do edifício, no entanto não o fez ao ponto da soma atingir este valor.
“A dívida de 26 milhões se relaciona não só à ocupação do edifício pela
AMAE, mas também da Associação Nacional dos Agricultores da Guiné (ANAG), do
Gabinete de Estudos e Projectos e da Associação
Comercial da Guiné-Bissau”, especificou Adama Djaló.
Acrescentou que a AMAE pagava a sua renda desde início da sua criação em 1992
através de ajuda dos seus parceiros e que Câmara de Comércio também foi um dos
parceiros que tomou a responsabilidade de pagar a renda, mas que não tem vindo
a honrar nos últimos tempos.
“Agora que a Câmara de Comércio não está a altura de prosseguir com o
pagamento da renda, pedimos ao governo que nos apoie neste particular, uma vez que
trabalhamos para o bem da sociedade”, disse qualificando de vergonhoso eventual
acto de despejo da organização.
Sublinhou que o chefe do executivo já está informado sobre a situação e que teria prometido “fazer o que estiver ao
seu alcance”.
“O proprietário nos tinha dado três meses para deixar o edifício, mas como
até então não temos uma solução continuamos aqui. O prazo já terminou e estamos
na eminência de sofrer o despejo”, referiu a vice-presidente.
Entretanto, o secretário permanente
da AMAE disse que perspectivam enviar animadores às regiões de Gabú, Cacheu,
Quinara e Oio para orientarem as mulheres camponesas locais nas suas
actividades agrícola.
Duarte Mansoa disse que a perspectiva de enviar os amimadores para as
referidas regiões é o resultado de um acordo assinado com o Fundo das Nações
Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) que visa a melhoria de
produtividade agrícola.
“Esses animadores vão distribuir fundos doados para apoiar as mulheres
agricultoras e vão- lhes ensinar a forma de pagar as quotas para que possam ser
independentes nos seus trabalhos de dia-a-dia e obterem mais rendimento”,
explicou.
ANG/AALS/JAM/SG
Sem comentários:
Enviar um comentário