Grupo
dos cinco partidos sem assento parlamentar pede demissão do governo e propõe
alternativas à crise política
Bissau, 12 Jul 17 (ANG)
- O grupo de cinco partidos políticos extra-parlamentar denominado “G5” pediu segunda-feira
a demissão do governo liderado por Umaro Sissoco Embalo por alegadamente não reunir
condições nem para garantir a boa gestão dos interesses públicos do país nem
para assegurar eleições livres, justas e transparentes.
“Sendo afecto a uma
das partes da crise e porque não consegue restabelecer a confiança entre os
protagonistas, que o Acordo de Conacry (AC) preconiza, é imperioso a sua
demissão como condição para discutir a viabilização de uma solução para a crise”,
sustenta o grupo.
A posição do G5 foi tornada pública em
conferência de imprensa realizada em Bissau pelos seus membros - Aliança
Socialista Guineense, o Movimento Democrático Guineense, Partido Africano para
a Liberdade Organização e Progresso, Partido Social Democrata e Partido dos
Trabalhadores.
Na voz de Silvestre
Alves, presidente do Movimento Democrático Guineense (MDG),defende que, apesar
dos pressupostos da boa aplicação do Acordo de Conacri “terem sido destruídos, deliberadamente,
pelas partes, terá que ser com base nesse acordo, eventualmente refundado, que
o país deverá construir uma solução”, em
função dos fins que ora se justificam, isto é, a preparação das eleições e
regresso a normalidade constitucional.
Num documento de 22 pontos lido na conferência
de imprensa o grupo defende ainda uma solução para crise fora do quadro
partidário.
Nesse sentido, propõe
a nomeação de um tecnocrata, livre de filiação partidária, ao cargo de
Primeiro-ministro, com prerrogativas para construir um governo de sua confiança
técnica, cuja independência política deverá merecer o reconhecimento do
Presidente da República e das partes do Acordo de Conacry, e respeitar, unica e
rigorosamente, as norma das carreiras administrativas,visto ser um gpoverno de
gestão encarregado de preparara as eleições.
Para a escolha de Primeiro-ministro,
o grupo propõe ao Presidente da República e às partes do AC as seguintes alternativas:
Na primeira, o chefe
de estado apresentaria uma lista de três nomes aos partidos com assento
parlamentar que tentariam chegar a um consenso. A segunda consistiria na
apresentação de uma lista de cinco nomes pelo PRS e os 15, dos quais o PAIGC
selecionaria um para apresentar ao Presidente da República. Se o PAIGC não
escolher nenhum dos nomes , terão o PRS e os 15 que apresentar a segunda lista de cinco nomes.
Se
o impasse prevalecer, será a vez de o PAIGC submeter ao PRS e os 15 a sua lista
de cinco nomes para o mesmo efeito. Se continuar a não haver primeiro-ministro,
a escolha volta de novo ao Presidente da República. ANG/AALS/JAM/SG
Sem comentários:
Enviar um comentário