quarta-feira, 12 de julho de 2017

Política



Grupo dos cinco partidos sem assento parlamentar pede demissão do governo e propõe alternativas à crise política

Bissau, 12 Jul 17 (ANG) - O grupo de cinco partidos políticos extra-parlamentar denominado “G5” pediu segunda-feira a demissão do governo liderado por Umaro Sissoco Embalo por alegadamente não reunir condições nem para garantir a boa gestão dos interesses públicos do país nem para assegurar eleições livres, justas e transparentes.
 
“Sendo afecto a uma das partes da crise e porque não consegue restabelecer a confiança entre os protagonistas, que o Acordo de Conacry (AC) preconiza, é imperioso a sua demissão como condição para discutir a viabilização de uma solução para a crise”, sustenta o grupo.

 A posição do G5 foi tornada pública em conferência de imprensa realizada em Bissau pelos seus membros - Aliança Socialista Guineense, o Movimento Democrático Guineense, Partido Africano para a Liberdade Organização e Progresso, Partido Social Democrata e Partido dos Trabalhadores.

Na voz de Silvestre Alves, presidente do Movimento Democrático Guineense (MDG),defende que, apesar dos pressupostos da boa aplicação do Acordo de Conacri “terem sido destruídos, deliberadamente, pelas partes, terá que ser com base nesse acordo, eventualmente refundado, que o país deverá  construir uma solução”, em função dos fins que ora se justificam, isto é, a preparação das eleições e regresso a  normalidade constitucional.

 Num documento de 22 pontos lido na conferência de imprensa o grupo defende ainda uma solução para crise fora do quadro partidário.

Nesse sentido, propõe a nomeação de um tecnocrata, livre de filiação partidária, ao cargo de Primeiro-ministro, com prerrogativas para construir um governo de sua confiança técnica, cuja independência política deverá merecer o reconhecimento do Presidente da República e das partes do Acordo de Conacry, e respeitar, unica e rigorosamente, as norma das carreiras administrativas,visto ser um gpoverno de gestão encarregado de preparara as eleições. 

Para a escolha de Primeiro-ministro, o grupo propõe ao Presidente da República e às partes do AC as seguintes  alternativas:

Na primeira, o chefe de estado apresentaria uma lista de três nomes aos partidos com assento parlamentar que tentariam chegar a um consenso. A segunda consistiria na apresentação de uma lista de cinco nomes pelo PRS e os 15, dos quais o PAIGC selecionaria um para apresentar ao Presidente da República. Se o PAIGC não escolher nenhum dos nomes , terão o PRS e os 15 que  apresentar a segunda lista de cinco nomes. 

Se o impasse prevalecer, será a vez de o PAIGC submeter ao PRS e os 15 a sua lista de cinco nomes para o mesmo efeito. Se continuar a não haver primeiro-ministro, a escolha volta de novo ao Presidente da República. ANG/AALS/JAM/SG

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