quinta-feira, 20 de julho de 2017

Tesouro Público


Estado gasta quatro mil milhões de francos cfa/mês em salários com funcionários

Bissau,20 Jul 17(ANG) - A Guiné-Bissau gasta mensalmente quatro mil milhões de francos cfa(seis milhões de euros) em pagamentos de salários aos cerca de 32.000 funcionários públicos existentes no país, disse quarta-feira  o ministro das Finanças, João Fadiá.

“Nós gastamos neste momento, por causa dos professores que subiram para cerca de 12 mil, 4,1 mil milhões de francos cfa”, afirmou o ministro  em declarações a Lusa.

O ministro explicou que “não está no horizonte aumentar salários, mas ajustar algumas disparidades entre algumas profissões e algumas situações pontuais”.

“Penso que por uma questão de justiça salarial deve haver uma certa renovação”, salientou.

Para isso, em janeiro o Governo criou uma comissão que está a estudar a tabela salarial.

“O que se pretende fazer é encontrar uma maior equidade e equilíbrio na tabela. Hoje há tabelas paralelas. Não estamos contra, mas é preciso ter em conta que todos prestam o mesmo serviço ao Estado”, disse, indicando que o trabalho ainda não está concluído.

Para o ministro João Fadiá, o Governo até podia ter “condições de pagar bons salários, mas o problema que se põe é o número de empregados que existem na Função Pública”.

“São cerca de 32.000 funcionários públicos, entre os quais 12.000 do setor da educação”, disse.
 
Sobre os denominados “funcionários fantasmas”, o ministro explicou que, por exemplo, já fez três tentativas e ainda não conseguiu ter a lista definitiva do número de funcionários afetos ao seu ministério, porque existem os “chamados efetivos, os contratados, noutras situações, irregulares, estagiários”.

“Era bom que de facto o setor empresarial pudesse ter outra dinâmica e dimensão e absorver a mão-de-obra que existe. O Estado sozinho não pode. Há pessoas aqui em regime de estagiário há 10 anos (sem auferirem qualquer rendimento)”, lamentou o ministro, sublinhando que não é uma situação fácil e cómoda.

Em janeiro, o Presidente  José Mário Vaz tinha pedido ao Governo “reformas urgentes” na Função Pública, afirmando que na atual situação todo o dinheiro arrecadado pelo Estado serve para o pagamento de salários.  
ANG/Lusa

Sem comentários:

Enviar um comentário