CDS/PP questiona ministro da Cultura
sobre suspensão de emissões da RTP na Guiné-Bissau
Bissau,06
Jul 17(ANG) - O CDS/PP entregou quarta-feira no Parlamento um requerimento em
que questiona o ministro da Cultura português sobre as razões subjacentes à
decisão guineense de suspender as atividades e as emissões dos canais África da
RTP/RDP na Guiné-Bissau.
Quatro
deputados centristas - Vânia Dias da Silva, João Pinho de Almeida, Ana Rita
Bessa e Filipe Lobo d'Ávila -, levantaram outras tantas questões a Luís
Filipe Castro Mendes sobre se, de facto, confirma a receção de pelo menos
também quatro cartas enviadas pelo Governo guineense - setembro e outubro de
2016 e março e junho de 2017.
"É
verdade que o Governo português não deu resposta às mesmas, colocando assim em
risco as boas relações institucionais entre os dois países lusófonos, além de
pôr em perigo a emissão e o trabalho da RTP África e da Agência Lusa naquele
país? Se respondeu, em que datas o fez?", questionam também os quatro
deputados centristas.
Por
outro lado, perguntam ao ministro da Cultura se só a 07 de junho último,
"10 meses depois da primeira carta do Governo da Guiné-Bissau", enviou
à RTP uma proposta referente à revisão do protocolo.
Por
fim, o CDS/PP, oposição em Portugal, questiona Luís Filipe Castro Mendes sobre
que medidas foram já tomadas pelo ministro da Cultura para que
"restabelecer o normal funcionamento das emissões e assegurar o bom
relacionamento com as instituições da Guiné-Bissau".
O
ministro da Cultura português tem agora 30 dias para responder às questões.
A
30 de junho, o ministro da Comunicação Social guineense, Vítor Pereira,
anunciou a suspensão das emissões dos canais África da RTP e RDP e da atividade
da agência Lusa a partir das 00:00 de 01 deste mês, alegando a caducidade do
protocolo assinado a 31 de outubro de 1997.
Vítor
Pereira, porém, acabaria por excluir, no mesmo dia, a agência noticiosa
portuguesa da suspensão das atividades.
Já
a 01 deste mês, o ministro da Comunicação Social guineense convocou nova
conferência de imprensa, em que justificou que a decisão de suspensão das
atividades da rádio e televisão pública de Portugal no país "não é uma
questão política, mas apenas técnica".
ANG/Lusa
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