EUA admitem usar força militar contra a Coreia do Norte
Bissau, 07 Jul 17 (ANG) - O Presidente norte-americano avisou, quinta-feira, a Coreia do Norte de que está a
considerar “algumas coisas bem severas” em resposta ao lançamento sem
precedentes de um míssil com a capacidade de atingir os EUA.
Em visita à Polónia, antes de se deslocar à cimeira
do G20, que decorre este fim-de-semana em Hamburgo, na Alemanha, o Presidente
dos EUA apelou ainda a todos os países para confrontarem Pyongyang com o seu “comportamento muito, muito mau”,
de acordo com a agência Associated Press.
Donald Trump vai encontrar-se em Hamburgo com o seu
homólogo russo, Vladimir Putin, que se tem oposto ao reforço das sanções
económicas e a eventuais ações militares contra Pyongyang.
Nas primeiras declarações públicas desde que a
Coreia do Norte testou pela primeira vez um míssil balístico intercontinental,
Trump escusou-se a avançar quaisquer pormenores sobre que resposta pode ser
esperada por parte dos EUA, mas considerou o incidente como “uma ameaça”,
deixando claro que será “confrontada
com muita força”.
“É uma vergonha que eles estejam a comportar-se
desta maneira”, afirmou. “Estão a comportar-se de uma maneira muito, muito
perigosa, e alguma coisa tem que ser feita em relação a isso”, acrescentou o
chefe de Estado norte-americano, sem especificar.
Os EUA têm vindo a considerar um conjunto de novas
sanções, medidas económicas e outras, em resposta ao teste na passada
terça-feira do míssil intercontinental pela Coreia do Norte – avanço
tecnológico que Washington considera como um aumento significativo da ameaça
por parte de Pyongyang.
Na reunião de emergência do Conselho de Segurança
da ONU, realizada esta quarta-feira, Nikki Haley, embaixadora dos EUA nas
Nações Unidas, afirmou que, “se tiver de ser”, o país não exclui a
possibilidade de recorrer às suas
“forças militares consideráveis”, cita o semanário Expresso.
Outra alternativa será cortar os laços comerciais
com países que continuem a negociar com a Coreia do Norte em violação das
resoluções da ONU impostas ao país. “Iremos dar atenção a qualquer país que
opte por fazer negócios com este regime fora da lei”.
A China apelou a que sejam evitados os “discursos e
atos” suscetíveis de agravar as tensões na península coreana, em reação à
defesa por parte dos EUA e da França de novas sanções contra Pyongyang
propostas nas Nações Unidas.
“Apelamos a todas as partes a que deem prova de
contenção, evitando os discursos e atos suscetíveis de agravarem as tensões
e a trabalharem em conjunto para diminuírem as tensões”, declarou o porta-voz
do Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Geng Shuang, citado pela
agência France-Presse.
A China reiterou que critica claramente o
lançamento histórico do míssil intercontinental e apelou “firmemente à Coreia
do Norte para respeitar as resoluções da ONU”, mas recordou também que “a manutenção da paz e a estabilidade na
península serve os interesses comuns de todas as partes”, acrescentou o
porta-voz.
ANG/ZAP/ Lusa
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