terça-feira, 19 de março de 2019

Política


"José Mário Vaz não trabalhou para garantir o bom das instituições” , diz Fernando Jorge  d'Almada

Bissau, 19 mar 19 (ANG) - O chefe de Divisão dos Assuntos Sociais na Direcção dos Assuntos Humanitários e Sociais da CEDEAO, igualmente candidato às primárias no Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC), disse que o José Mário Vaz não pautou pela responsabilidade que incumbe ao Presidente da República, de garantir o bom funcionamento das instituições.

imagem de Arquivo
Em entrevista conjunta à ANG e ao Jornal Nô Pintcha, Fernando Jorge d'Almada acrescentou que o chefe do Estado não soube granjear, em seu proveito e evidentemente em prol do povo da Guiné-Bissau, a esperança depositada na sua pessoa como Presidente de Republica.

Por isso, o aconselha a seguir o exemplo do ex-Presidente francês, François Hollande, que não tinha condições de ir para as eleições presidenciais de 2016, na França, e renunciou a ser candidato para renovar o seu mandato e “ficou na história como presidente de um único mandato, mas com dignidade”.

"E por tudo isto, penso que o actual chefe de Estado não deve pensar em renovar o seu mandato como Presidente da República. Acho que ele próprio criou condições para não ter condições de ir diante do povo para pedir que seja, de novo, eleito Presidente da República,", disse Fernando Jorge d'Almada.

Perguntado se irá concorrer as presidenciais como independente caso perca as primárias no PAIGC, afirmou que não pode haver situações para uma candidatura independente da sua parte. Vai apoiar o candidato que o partido escolher, alegando a obrigação de respeitar a regra do jogo e a disciplina partidária.

"Sou suficientemente maduro na política para democraticamente aceitar o vencedor e trabalhar com ele, com vista a sua eleição nas presidenciais", frisou.

Por outro lado, disse que não participou nas primárias do PAIGC em 2014 porque não reunia condições primordiais, ou seja, não tinha a autorização do presidente da instituição onde trabalha para poder fazer política.

Disse ainda que se for eleito ao cargo do Presidente da República, vai pautar pela paz, estabilidade e desenvolvimento da Guiné-Bissau, porque sem estes elementos não haverá pessoas que queiram investir no país.

Promete uma revolução das modalidades, para disciplinar as pessoas, fazendo com que as pessoas trabalhem mais ganhando mais.

Fernando Jorge prometeu igualmente, combater sem tréguas à corrupção que gangrena a sociedade e ao mesmo tempo combaterá os que considera de  “políticos sem escrúpulos” que diz constituir a maioria.

"Devemos ter a visão do desenvolvimento e pensar na construção do nosso país. Criar infraestruturas sociais e económicos tais como hospitais, escolas e habitações, estradas e pontes. Tomaremos um pacote de medidas que vão valorizar o homem guineense, o trabalhador, o funcionário, os jovens recém-formados e assim, gradualmente, vamos imprimir mudanças em todas as esferas da vida social e nacional”, garantiu o político.

ANG/DMG/LPG/SG

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