Ministério das Finanças/Sindicato exige desbloqueamento de salários de mais 700 funcionários
Bissau,09 Set 20(ANG) - Os trabalhadores do Ministério das Finanças exigiram na terça-feira ao ministro das Finanças, João Alage Mamadu Fadia o “desbloqueamento imediato” de salários de mais de 700 funcionários que estiveram em greve em Agosto.
Na sequência dessa exigência, os dois sindicatos (do ministério das Finanças e o do da Direção-geral do Tesouro e Contabilidade Pública) que representam os funcionários daquela instituição alertaram que se o ministro não desbloquear os salários dos funcionários, a greve nunca será suspensa.
A exigência dos sindicatos foi tornada
pública em conferência de imprensa , na qual o porta-voz dos dois sindicatos, Malam Home Indjai,
denunciou que o ministro das Finanças instaurou processos contra funcionários
e bloqueou salários de todos os trabalhadores que aderiram à greve, embora tenha
esclarecido que quando os salários estavam a ser processados só tinham
observado três dos trinta dias da paralisação.
Malam Home Indjai considerou
ser “ilegais e infundadas” as alegações do ministro para
bloquear os salários dos mais de 700 funcionários que aderiram à
greve “legalmente convocada pelos seus legítimos representantes “.
Chamou, por isso, atenção à ministra da
Função Pública, Trabalho, Emprego e Segurança Social, Maria Celina Vieira
Tavares, enquanto única instituição competente para gerir os problemas dos
recursos humanos, para intervir na
resolução dos problemas e de atos cometidos “de forma incompetente” pelo
ministro das Finanças.
O porta-voz acusou
João Alage Mamadu Fadia de ter feito uma requisição civil,
recorrendo a seus colegas reformados do banco Central dos Estados da
África Ocidental (BCEAO) e dos bancos comerciais, apesar de terem atingido a
idade de reforma (mais de 60 anos) para prestar serviço, em substituição dos
funcionários que, o ministro, “imbuído de má fé”, chamou de estagiários
e contratados como forma de intimidá-los porque aderiram à
paralisação.
Por outro lado Malam denunciou
que o ministro Fadia tem recorrido a um cidadão de Costa de Marfim
para “invadir” o sistema integrado de gestão dos recursos humanos da administração
pública e bloqueou os salários durante as duas vagas de greve “aderida
massivamente pelos trabalhadores”.
“Este cidadão da Costa de Marfim tem
firmado um contrato com o Ministério das Finanças e, em consequência, aufere um
salário de cinco milhões (5.000.000) de francos CFA, uma soma
superior ao salário do primeiro-ministro da Guiné-Bissau”, revelou.
O porta-voz apelou aos trabalhadores
efetivos, contratados e estagiários do ministério das Finanças a encararem a
luta de forma massiva para combater, com eficácia, as “ilegalidades e
arbitrariedades cometidas pelo ministro das Finanças,
João Alage Mamadu Fadia”.ANG/O
Democrata
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