India/Morte de cidadão de RDC provoca protestos de estudantes africanos
Bissau, 04 Ago 21 (ANG) - A
morte de um cidadão da República Democrática do Congo sob custódia da polícia
indiana, desencadeou protestos e confrontos com as forças da ordem na cidade de
Bengalore, situada no sul da Índia.
O congolês morto estaria,
segundo a polícia, na posse de estupefacientes.
Pelo menos seis cidadãos de países africanos ficaram
feridos na segunda-feira, 2 de Agosto de 2021, após um tumulto com as forças de
polícia, na cidade meridional indiana de Bengalore.
Segundo um responsável da polícia local, os confrontos
entre os africanos e os polícias, foram motivados por protestos contra a morte
em custódia de Joel Malu, um cidadão da República Democrática do Congo, detido
no dia 1 de Agosto sob a acusação de possuir comprimidos de êxtase
psicotrópicos, proibidos pela lei indiana.
De acordo com a mesma fonte, Malu, que era estudante,
faleceu depois de sofrer um ataque cardíaco.
Segundo ainda o mesmo responsável, Joel Malu foi
diagnosticado com Bradycárdia, um transtorno da função cardíaca. Malu morreu
após várias tentativas de reanimação (RCP), devido ao que poderia ser um ataque
cardíaco.
Depois da morte de Joel Malu, vários cidadãos de
países africanos, residentes em Bengalore, protestaram diante da esquadra
da polícia e confrontaram-se com os agentes.
Os manifestantes contestaram a alegada posse de
psicotrópicos por Malu, bem como a versão da polícia, segundo a qual o
cidadão da República Democrática do Congo, estudante na Índia, tinha morrido
com um ataque cardíaco.
Uma dezena de pessoas foram detidas na sequência do
protesto e de acordo com a polícia de Bengalore, uma investigação interna foi
encetada de forma a apurar as causas da morte do estudante congolês que,
segundo as autoridades policiais, estava ilegalmente no país, uma vez que
o seu passaporte e visto tinham caducados em 2017.
Cidadãos de países africanos, residentes na Índia, acusam
frequentemente a polícia de etno-racismo, falsas acusações de posse de droga,
assim como de permanente assédio. ANG/RFI
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