Economia/BOAD apela setor privado guineense apresentação de projetos para financiamento
Bissau,05 Out 21(ANG) - O vice-presidente do Banco de Desenvolvimento da África Ocidental (BOAD), o guineense Braima Luís Soares Cassamá, apelou segunda-feira ao setor privado da Guiné-Bissau a apresentação de projetos credíveis para financiamento pela instituição bancária.
“O setor privado guineense
não tem beneficiado dos financiamentos do BOAD, mas isso não é a culpa do
banco. O setor privado não tem apresentado projetos dignos desse nome que
merecessem uma atenção particular. Vou reunir-me com o ministro da Economia
para analisarmos, em conjunto, como promover o setor privado.Portanto, o setor
privado guineense pode concorrer com projetos claros para beneficiar do
financiamento do banco”, disse Cassamá.
O vice-presidente da
instituição falava após uma reunião com o ministro das Finanças, João Fadiá, na
qual os dois analisaram os dossiês da
Guiné-Bissau em execução e os projetos
ligados ao setor privado.
“O setor privado é o motor
do crescimento, porque é o setor privado que cria o emprego. Não é o Estado que
cria o emprego, mas são os empresários que criam o emprego. O Estado cria
condições necessárias para o funcionamento do setor privado”, referiu.
Cassamá revelou que o banco
iniciou a implementação, este ano, do seu novo plano estratégico para um
horizonte de cinco anos, que visa cinco domínios essenciais: agricultura,
segurança alimentar, educação, saúde e infraestruturas.
Questionado se o setor privado guineense pode concorrer
com os projetos ligados à agricultura, o responsável disse que o setor privado
pode organizar-se e concorrer com projetos em quaisquer dos cinco setores
definidos no plano estratégico, particularmente a nível de agricultura, tendo
lembrado que o banco já financiou em outros países projetos do género.
“O BOAD financiou 100
projetos do género noutros países. Financiou desde a produção, à
comercialização e até à exportação. É possível financiar projetos do setor
privado na Guiné-Bissau, mas temos de ter um setor privado que é previsível e
que esteja bem organizado, ambicioso e que não tenha medo de ir à procura dos
fundos”, contou.
Por seu turno, o ministro
das Finanças, João Aladje Mamadu
Fadia disse que, ao nível do Governo, tem havido uma boa
colaboração e cooperação, como também tem beneficiado suficiente de apoios ou
projetos do BOAD.
Após a indicação da
Guiné-Bissau, o Conselho de Administração do BOAD nomeou Braima Luís Soares
Cassamá para o cargo de vice-presidente da instituição financeira em junho
deste ano.
O banco de desenvolvimento
multilateral foi criado em 1973 para servir as nações da África Ocidental com
sede em Lomé (Togo).
O BOAD conta com oito
países-membros: Benin, Burkina Faso, Guiné-Bissau, Costa do Marfim, Mali,
Níger, Senegal e Togo.ANG/Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário