terça-feira, 5 de outubro de 2021

Saúde Pública/Presidente do SINETSA exige  a organização do Sistema Nacional de Saúde  

Bissau 05 Out 21 (ANG) - O Presidente do Sindicato Nacional dos Enfermeiros ,Técnicos de Saúde e Afins(SINETSA) acusou  hoje o governo de falta de vontade para  melhorar  o sistema nacional de saúde.

 Ioio João Correia que falava na conferência de imprensa semanal sustentou a acusação com afirmações segundo as quais o executivo gasta milhões em viagens, que poderiam servir para comprar equipamentos sanitários e capacitar os profissionais para o melhor desempenho das suas funções.

 “A situação de saúde guineense está tão mal que nem os técnicos da área confiam no sistema. Se tivéssemos condições iamos tratar no exterior tal como fazem os sucessivos governantes durante anos”, disse.

Aquele responsável sindical disse que os governantes e o povo em geral , parecem estar mais preocupados com os “serviços minímos” nos hospitais e centros de saúde e que ninguém questiona as mortes de crianças e mulheres grávidas e das pessoas que estão a morrer de outras potologias, mais  que as que morrem por Covid-19.

“A greve já está a decorrer há quase um ano na área de saúde. Isso  demonstrar que os serviços mínimos tanto falado representa  uma gota dentro do oceano da saúde pública guineense”, referiu.

Ioio João Correia questionou se vale a pena continuar  com hospitais nas regiões sem meios de diagnósticos, que são elementos de base, exemplificando  que, se as mulheres querem fazer ecografia têm que deslocar à Bissau onde muitas das vezes não são atendidas.

Afirmou que o sistema de saúde não pode continuar a funcionar tal como tem estado a funcionar, com falta de aparelhos que “custam pouco valor”, em relação à casas dos governantes.

Ioio disse que os profissionais de saúde trabalham sem condições minímas e com grande risco de contaminação e que, em muitos casos, as pessoas infectadas ficam abandonadas à sua sorte.

“E com tudo isso, as pessoas devem continuar a morrer de boca calada sem reclamar os seus direitos só porque juraram salvar vidas” ,referiu.

João Correia revelou que, no passado dia 20 de Setermbro foram chamados no Palácio do Governo para um encontro e que o Governo prometera que, na mesma semana,  ia aprovar a Carreira Médica e todos os documentos que os profissionais de saúde estão a exigir.

Disse que  já passaram duas semanas sem que o executivo se digne a honrar  o seu compromisso.

“Temos colegas com mais de  um ano sem salário, os novos ingressos com nove meses sem receber e neste momento estão a ameaçar parar de trabalhar“,alertou .

Disse que estão a exigir  o pagamento de salários, subsidios de vela e de isolamento, aprovação dos documentos que regulam o sector  entre os quais a carreira, regulamento e código de ética tidos como pontos mais fortes.
ANG/MSC/ÂC//SG

 

 

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